professor::Considero um áspera demais pouco as críticas dos 3 últimos comentários. Acho que temo aqui uma crise de nomenclatura, ou de definir o que é ou não clássico. Pra mim Carcassone é um clássico assim como Ticket to Ride (apesar de não gostar muito deste último). Os jogos citados: dominó, xadrez são jogos antigos. Inclusive o xadrez que jogamos hoje é bem diferente daquele originalmente criado.

Na verdade considero, no caso dos boardgames, o termo Clássico para os jogos que transcendem o tempo e são tomados como referência para novos jogos.  Ou seja que servem como modelo.  É uma definição bem ampla, mas enquadram quase todos estes que foram falados desde o Xadrez até o Ticket to Ride.

Complementando.  Na minha opinião, existe uma diferença (embora tênue) entre jogo clássico e jogo obsoleto.

Assim, boa parte desses, principalmente os top 3, são tematicos e na epoca era ser um passatempo para a criançada, a questão da sorte, pode-se dizer que é por algo cultural de se associar jogos à sorte, tudo isso faz eles não serem mais interessantes, contudo não pode deixar de ver a importância histórica desses jogos que popularizaram a ideia de juntar amigos e família para se divertir juntos, que é algo que a sociedade em geral hoje deveria voltar a fazer, sair do smartphone/pc e sentar com amigos e família. 

Organizo há mais de dois anos o Encontro de Jogos Além do Muro aqui em Jundiaí, pois jogava demais na infância os clássicos da Grow e da Estrela, citados acima, e quando conheci os Jogos Modernos, minha cabeça explodiu. Realmente, existe uma diferença entre Clássico e Obsoleto, e muitos jogos ditos por clássicos podem se tornar obsoletos pois a dedicação em seu design talvez não fosse a mesma que se tem hoje. Citando outros dos comentários desse tópico, sobre o lendário "6,6,6" que salvou a Dudinka da destruição deixar saudade. Sobre isso só posso dizer que hoje temos jogos com mais estratégias e possibilidades sem deixar de ter aquela pitada de sorte que pode virar o jogo (e tornar a vida dos heavy gamers mais infeliz hehe). Ou seja, existe exceção em todos os casos.

Porém, vejo que também tem diferença entre Clássico e Nostálgico. Se o Clássico é algo que eu joguei quando pequeno, talvez ele não seja Clássico pra todo mundo. Talvez seja só nostálgico. E percebi isso fazendo uma pesquisa para um pequeno post na página do nosso grupo (que pode ser conferido no link http://goo.gl/EFevpH), quando descobri que Jogos Modernos não são necessariamente aqueles que vieram depois do Catan, descobri que o Spiel des Jahres é bem velho e que a Grow já lançava títulos premiados por ele antes de eu saber o que era Tabuleiro de verdade e que, no fim das contas, se pensarmos que Catan é de 1995, nós Brasileiros é que estamos atrasados em conhecer Jogos de Tabuleiro "Modernos".

No mais, ótimo tópico. E escolher virar Magnata é fácil. Difícil é conseguir.

Não tenho absolutamente nada contra jogos baseados em sorte.
Tem horas q o único propósito é se divertir sem compromisso, daí o War e Talisman acabam indo pra mesa.

Esses jogos só tem validade para aqueles que não conhecem os jogos de tabuleiro modernos. São jogos que prejudicam a visão das pessoas sobre os jogos.
Não jogo mais War, Banco Imobiliário e similares. Temos muitos outros jogos melhores para apresentar aos novos jogadores.

BrunoDavi:: Citando outros dos comentários desse tópico, sobre o lendário "6,6,6" que salvou a Dudinka da destruição deixar saudade. Sobre isso só posso dizer que hoje temos jogos com mais estratégias e possibilidades sem deixar de ter aquela pitada de sorte que pode virar o jogo (e tornar a vida dos heavy gamers mais infeliz hehe). Ou seja, existe exceção em todos os casos.

Graças a Deus e aos "pensadores" de jogos temos coisas mais elaboradas!!! :-)

Mas...

Comecei a "jogar" war com meus familiares lá pelos 5 ou 6 anos de idade. Meus pais e tios jogavam bastante e eu ficava ali moscando em volta pedindo para jogar um dado aqui, outro ali. Lembro de minha tia mais nova se esforçando para me ensinar as regras enquanto eu tinha 8 anos mais ou menos. Depois consegui participar de uma partida e aí não parei mais. Porém minha cabeça de criança e adolescente ainda não tinham a malícia do jogo e me lembro bem do papel dos dados nas minhas jogadas. Eles me diziam que eu poderia vencer. Mesmo sem uma "estratégia" elaborada o mítico 666 nos dados me proporcionou ótimos momentos.

Muitos acham frustrante a "sopa caótica" dos dados, mas para mim naquele momento funcionou perfeitamente como uma "balança" louca que as vezes me favorecia em momentos muito inusitados. Essa "balança" louca é sempre interessante de se ver, pois geralmente é a alegria de alguém não teria condições de ganhar apenas na estratégia. 

Aí observo duas situações diferentes:

1) Jogador A não desenvolveu ainda uma estratégia que lhe permita sobrepujar a estratégia dos seus adversários. O jogo de dados lhe proporciona a vitória mítica (mesmo que seja resistir a um ataque e não perder aquele território). As vezes pode lhe proporcionar alguma chance de ganhar o jogo (de War, estamos especificamente no War).

2) Jogador B sabe que com o que tem agora será impossível atingir seu novo objetivo (após o jogador A ter eliminado por acidente os Exércitos que eram seu objetivo inicial) de Conquistar 24 Malditos Territórios. Daí o indivíduo pensa. Minha única chance nesse jogo é dominar a Oceania na totalidade e depois vir fazendo a limpa (considerando que isso realmente pode acontecer). Daí o cara vai e arrisca tudo ali. Conquista a totalidade com apenas um exército em cada ilhota. Em seguida é atacado por alguém da Asia e resiste ali com uma sequência mítica de 6 5 6 6 5 6. Isso proporciona uma virada no jogo para esse jogador. 

A Sorte extremamente presente/influente no War só não é divertida para quem se considera vítima dela. Diversão e histórias de jogo inesquecíveis. Por isso, pra mim é um Clássico.

Obsoleto para uns, Clássico para outros, Jogado pela Totalidade de Brasileiros e Divertido para a Maioria (da Asia porque ela não precisa da totalidade para dar o bônus de exércitos).

Muahahahahahahaha.

Abraços. 

Rillian::Muitos acham frustrante a "sopa caótica" dos dados, mas para mim naquele momento funcionou perfeitamente como uma "balança" louca que as vezes me favorecia em momentos muito inusitados. Essa "balança" louca é sempre interessante de se ver, pois geralmente é a alegria de alguém não teria condições de ganhar apenas na estratégia. 

O caso é que existem excelentes jogos modernos para crianças de 8 anos, bem mais interessantes e divertidos que o War, posso te garantir isso.

Eu não tenho nada contra jogos com alto fator sorte, contanto que o jogo seja pensado para isso. Em um jogo de 10 a 30 minutos de duração ninguém ficará chateado de perder porque deu muito azar (o mítico 1,1,1, já que estamos comparando com War). O complicado é você passar 2 horas (ou mais) elaborando estratégias e ver todo o seu jogo ir por água abaixo porque de repente você começou a só rolar 1 nos dados...

É exatamente por isso que os jogos modernos são tão melhores que esses "clássicos" citados... Eles tem a preocupação de equilibrar esse fator sorte para funcionar bem de acordo com o estilo e duração dos jogos.

Groo

Groo::

Rillian::Muitos acham frustrante a "sopa caótica" dos dados, mas para mim naquele momento funcionou perfeitamente como uma "balança" louca que as vezes me favorecia em momentos muito inusitados. Essa "balança" louca é sempre interessante de se ver, pois geralmente é a alegria de alguém não teria condições de ganhar apenas na estratégia. 

O caso é que existem excelentes jogos modernos para crianças de 8 anos, bem mais interessantes e divertidos que o War, posso te garantir isso.

Eu não tenho nada contra jogos com alto fator sorte, contanto que o jogo seja pensado para isso. Em um jogo de 10 a 30 minutos de duração ninguém ficará chateado de perder porque deu muito azar (o mítico 1,1,1, já que estamos comparando com War). O complicado é você passar 2 horas (ou mais) elaborando estratégias e ver todo o seu jogo ir por água abaixo porque de repente você começou a só rolar 1 nos dados...

É exatamente por isso que os jogos modernos são tão melhores que esses "clássicos" citados... Eles tem a preocupação de equilibrar esse fator sorte para funcionar bem de acordo com o estilo e duração dos jogos.

Groo

Uia, com certeza Groo.

Rs, acho que você foi generoso ao dizer que a pessoa levou apenas 02 horas para tentar se colocar numa posição estratégica de ganhar. Inclusive hoje vejo que poucas crianças terão a paciência de passar cinco ou seis horas jogando Banco Imobiliário, War ou etc. Com certeza o celular vai tomar (sem devolução) a atenção delas muito antes dos primeiros 40 minutos. Acredito que muitos aqui passaram horas em uma partida assim porque não tinham outra coisa. Rs, E sim o mítico 1 1 1 sempre foi cruel. 

Hoje para mim o War é pura nostalgia, como alguém citou antes por aí. Memórias agradáveis.

Os board games dentro da família com certeza serão tradição mantida, hehe e meus filhos com certeza não precisarão jogar War e Banco... agora o jogo preferido dos meus familiares é o Carcassone. 

Kkkkkkkkkkkkkkkk.

Abraços.

Foram bons nos tempos deles... Fizeram sua parte, mas tudo evolui e melhora, e os jogos de tabuleiro também evoluíram e melhoraram... Acho que o fato de eles continuarem sempre ocupando grande espaço nas lojas de brinquedos (aqui no Brasil) acaba atrapalhando um pouco. Mas nada que já não esteja sendo contornado, mesmo que lentamente!

Rhapsody:: Não tenho absolutamente nada contra jogos baseados em sorte.
Tem horas q o único propósito é se divertir sem compromisso, daí o War e Talisman acabam indo pra mesa.

Bom, mas pra se divertir sem compromisso temos milhares de opções hoje em dia, MUITO divertidas e sem compromisso, e que não necessariamente levará 3, 4, 5 horas e irá excluir alguns jogadores por 3, 4, 5 horas... Acho que o War ir pra mesa hoje em dia com um grupo que tenha uma coleção boa de modernos é bem estranho...