Ótima análise!
Eu entendi a cor dos dados da mesma forma que você! Para mim fez mais sentido dessa forma.
Eu realmente curti demais a proposta de explorar uma parte da nossa cultura que é meio esquecida. Inclusive que conversa muito com a história da minha família, que é do Pará. E, principalmente, eu adorei a mecânica, a ideia por detrás da captura dos dados como se fosse um Resta Um em um sítio arqueológico! Achei muito divertido!
Mas nem tudo são flores.
Eu joguei 6 partidas. Foi o jogo que mais joguei em novembro, se me recordo bem, e rapidamente ele se "esgotou" para mim...
Digo isso com um certo pesar... A verdade é que eu achei ele um tiquinho repetitivo. Tipo, eu gostaria muito que a reforma dos vasos quebrados necessitasse de uma variedade de combinações de dados maior ou tivesse mais assimetria entre os jogadores. Senti que uma vez que se compreende como manipular os dados, a gente fica só refazendo as mesmas ações. Parte da exposição também poderia ocorrer posteriormente, como se fossem objetivos de fim de jogo, e sendo feita com os vazos já restaurados.
Sei lá... são só algumas ideias que tive e que talvez fizessem até mais sentido temáticamente.
Mas não estou com isso de forma alguma desmerecendo o trabalho do Designer. Ele fez as suas escolhas e eu respeito muito o trabalho realizado! O jogo realmente é bem bom! Um abstrato de respeito.
Só que eu fiquei com aquele gostinho agridoce de que poderia ter ousado mais...
Ah, e para não esquecer, também achei sensacional a ideia do tabuleiro ser a própria caixa do jogo! Porém eu achei a caixa meio mole, frágil mesmo... e o fecho magnético (da minha pelo menos) não travava direito. O detalhe do adesivo preto é irrelevante para mim. rs Nem lembrava que ele existia.
Enfim... Trouxe esses pontos mais "negativos" para a discussão, mas quero reiterar que gostei mesmo do jogo!