Ontem foi dia de colocar o Paths of Glory na mesa. 

Como de praxe,  jogamos o modo introdutório, que inicia em agosto de 1914 e corresponde à fase de mobilização na Grande Guerra. 

Conceito do jogo

A premissa é até simples: você inicia com 8 cartas de estratégia na mão, joga uma carta, é a vez do adversário. Isso ocorre seis  vezes, então ocorrem algumas verificações, e repete o mesmo fluxo.

Estas cartas podem ser usadas de diversos modos: como evento, pontos de operação, reimplementação estratégica e reforços.  No mapa há apenas 2 tipos de unidades (exércitos e corpos) e alguns tipos de terrenos, fortes e portos, que na maioria das vezes afetam apenas o combate e não a movimentação.

O objetivo das Potências Centrais (Alemanha e Império Austro-Húngaro) é chegar aos 14 pontos, ou mais, ao final do terceiro turno. Já os Aliados (Reino Unido, França, Rússia, Sérvia, Montenegro) querem que o marcador de pontos de vitória esteja em 10 ou menos pontos. Caso a partida termine entre 11 a 13 pontos, é considerado empatada.

Caso as Potência Centrais atinjam 20 pontos, vencem imediatamente na verificação do status de guerra. O mesmo ocorre com os aliados, mas com o marcados de pontos de vitória em "zero" pontos.

Gameplay

Fui pelo lado das Potências Centrais,  comandando os exércitos e corpos da Alemanha  e do Império Áustro-Húngaro. Meu adversário foi com os Aliados, controlando a França,  Rússia, Reino Unido, Bélgica, Sérvia e Montenegro.

Foi tudo muito sofrido. No primeiro turno os exércitos e unidades alemães e franceses se digladiaram nos limites próximos a Bélgica.

Os franceses souberam usar bem os ataques em flanco, em compensação  as potências centrais não foram muito eficientes em tentar emular a tática militar.

Do outro lado do mapa, de vez em quando ocorria algum embate entre a Rússia e o Império Áustro-húngaro, fruto de ofensivas obrigatórias para demonstrar a fidelidade destes países - a coisa estava pegando realmente entre os alemães, franceses e belgas.

Conforme o fim da partida se aproximava,  a preocupação em controlar territórios importantes que garantissem a vitória para um dos lados aumentava. O Reino Unido move alguns corpos que estava no Oriente Próximo (um pouco entediados já que o Império Turco-Otomano estava neutro no conflito) em direção à França. 

Franceses, belgas e britânicos movem agilmente seus corpos controlando territórios importantes em solo estrangeiro. Os alemães procuram desesperadamente cortar os suprimentos dos corpos aliados, contudo estão presos nas trincheiras juntamente com outros exércitos e corpos franceses.

Fim do terceiro turno, o  jogador aliado tinha os 10pv necessários para vencer a partida,  mas cordialmente optou por propor paz e desfrutar (lamentar) as memórias da Guerra. 

Considerações finais

Paths of glory continua crescendo de conceito a cada partida. Não vou mentir que é fácil. 

Não é,  tivemos muita dúvidas em algumas regras,  as vezes conseguimos esclarecer somente após a partida. 

Mas me parece claro que o modo introdutório não é o jogo de verdade, já que acabamos não avançando no comprometimento com o conflito,  ou seja,  não acionamos eventos e não temos acesso a novas cartas de estratégia. 

Por se tratar do modo introdutório,  acredito que alguns eventos que poderiam  ter aberto um pouco mais o conflito,  acabaram não ocorrendo. Por exemplo,  os fortes russos  permaneceram inacessíveis às potências centrais e de um modo geral os exércitos não aprenderam a fazer novas trincheiras. 

Estamos ansiosos para jogar o modo padrão e quem sabe um dia,  a campanha. 

Observação: Um detalhe interessante,  que não sei se é verdade: Guerra do Anel (Segunda Edição) supostamente foi inspirado em Paths of Glory, principalmente no aspecto de nações que iniciam neutras no conflito mas ao longo do tempo tem que demonstrar sua lealdade e participar da disputa.