Trabalho como revisor final numa editora de material didático e nunca deixei passar nenhum erro.
Esse é justamente o propósito do meu cargo, inclusive.
Colegas já foram desligados por erros muito menos grotescos que esses que as editoras de tabuleiro cometem.
O que me leva a crer que esse setor sequer é profissionalizado nessas editoras (ou extremamente mal profissionalizado).
Quantos livros vocês consomem com esse tipo de erro editorial? Isso não é lugar-comum não, é só no bizarro mundo do mercado de boardgames brasileiros.
Suponho que justamente apostando numa postura leniente da comunidade. Para que gastar dinheiro e esforço profissionalizando o setor de revisão editorial se o mercado consumidor vai naturalizar quaisquer erros editoriais, por mais bizarros que sejam?
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Se nossa editora deixa passar um erro crasso desses, em um material que vai para milhares de alunos/famílias...
Imediatamente tem centenas de ligações com cobranças e exigindo saber que condição excepcional causou o erro, o que vai ser feito para corrigir e o que vai ser feito para que não haja chance de algo do tipo acontecer novamente.
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Fora dessa bolha, da comunidade de boardgames, acredite se quiser, quem paga uma quantia exorbitante por um material exige uma qualidade irretocável.
E é por isso, inclusive, que eu não deixo passar nenhum erro nas minhas revisões.
Porque teriam consequências. Consequências sérias.
Não é todo ramo que tem um mercado consumidor pusilânime não.