Acho que esse problema levantado só afeta as pessoas onde o hobby (ou problema) é comprar e não jogar.

Sinceramente, não vejo problema. Acredito que respondi a mesma coisa num tópico que era "jogar o mesmo jogo muitas vezes ou jogar sempre jogos novos"

Tem tantos relatos bacanas do pessoal do Djows jogando quase sempre os mesmos jogos e as experiências são sempre bacanas e diferentes. É um exemplo. 

Para mim esse é o ápice do hobby de jogar: ter uma galera que está sempre ali, não precisar explicar muitas regras, se concentrar apenas em fazer a melhor estratégia ou ter a melhor resposta para algo tático no momento.

Outro exemplo, tirando o Yokohama 2ªed da Galápagos Spoiler Fest de hoje, e talvez nem isso, nada que anunciaram me interessa.

Resumindo, vai do interesse da pessoa. Se o interesse é a compra compulsiva, sim, a pessoa tem um pequeno problema. Se for jogar, acho que não.

Raio::Para mim esse é o ápice do hobby de jogar: ter uma galera que está sempre ali, não precisar explicar muitas regras, se concentrar apenas em fazer a melhor estratégia ou ter a melhor resposta para algo tático no momento.

E eu já acho que é exatamente essa a parte mais difícil: ter uma galera que está sempre ali. Se você tem, fica beeeem mais fácil fechar a coleção. Se não tem, o lançamento no hype fica bem mais atrativo.

Uma coisa que vale a pena ser dita: quando eu comecei a minha coleção, há mais de uma década atrás, praticamente não existia no Brasil casas de aluguel de jogos. Essa é uma ótima opção para desfrutar dos lançamentos sem ter que comprometer tanto do orçamento e sem ter que se preocupar com espaço para os jogos ou com a preservação dos mesmos (pois eu acabei comprando um desumidificador que fica ligado 24 horas praticamente...).

Ignorando o clickbait no título, acho que o colecionismo é um problema se isso for um problema para a pessoa. 

Acho que um problema pouco abordado é a incessante busca pelo novo.  Não há um momento no hobby que eu olhe para o que eu construí e pense "estou satisfeito".

R DKS::

Raio::Para mim esse é o ápice do hobby de jogar: ter uma galera que está sempre ali, não precisar explicar muitas regras, se concentrar apenas em fazer a melhor estratégia ou ter a melhor resposta para algo tático no momento.

E eu já acho que é exatamente essa a parte mais difícil: ter uma galera que está sempre ali. Se você tem, fica beeeem mais fácil fechar a coleção. Se não tem, o lançamento no hype fica bem mais atrativo.

Então, eu entendo que é difícil encontrar uma galera. Até UMA pessoa para jogar fica difícil, ainda mais em cidades pequenas ou muito pequenas.
Mas mesmo assim, se você encontrar uma única pessoa ou até duas, não precisa necessariamente comprar jogos e mais jogos para curtir.
Quando eu era criança tinha apenas Banco Imobiliário, War Júnior e Detetive e não enjoava. Dominó joguei muito em quatro pessoas comendo doritos e fandangos e tomando coca cola... E lá se vão mais de 20 anos...
Da sim para se contentar e explorar bastante um jogo sem sucumbir tanto ao hype. Talvez exija um pouco mais de tempo para uns do que para outros, mas dá sim. 

Raio::
Da sim para se contentar e explorar bastante um jogo sem sucumbir tanto ao hype. Talvez exija um pouco mais de tempo para uns do que para outros, mas dá sim. 

Eu acho que independe de tempo. Eu estou no hobby há uns quinze anos, já passei por fases de "não vou comprar mais nada, o que eu tenho já está bom" e de repente me vi renovando a coleção e comprando vários jogos do "hype". Não é uma questão de sucumbir, é uma questão de adequação à personalidade e ao estilo de vida.

Eu moro em São Paulo, numa cidade grande em que eu estou cercado de pessoas o tempo todo, mas não tenho mais contato com "amigos de infância" ou algo que o valha, e não tenho grupo fixo e nem conheço pessoas que estão interessadas em formar um. Meus familiares no geral não se interessam pelos jogos. Quando eu jogo (além do raro casual com a família) é com pessoas que são do hobby em eventos do hobby, e é aí que o jogo do hype faz mais sucesso do que o jogo que está na coleção há dez anos, e basta ir a uma convenção ou colar num encontro para constatar que isso é verdade - e esse é o meu ponto.

Cansei de ir a eventos e ficar admirando as pilhas enormes de jogos que a galera trouxe e ninguém vai jogar - nem naquele encontro, nem no próximo, e nem no próximo.

R DKS::
Eu acho que independe de tempo. Eu estou no hobby há uns quinze anos, já passei por fases de "não vou comprar mais nada, o que eu tenho já está bom" e de repente me vi renovando a coleção e comprando vários jogos do "hype". Não é uma questão de sucumbir, é uma questão de adequação à personalidade e ao estilo de vida.

Eu acho que a fase "não vou comprar mais nada" é uma utopia inatingível. Acho que uma fase madura é aquela em que você não liga para os lançamentos, mas tem uma listinha de desejos bem específica, muito bem estudada e filtrada, e que eventualmente um ou outro lançamento pode ser dessa listinha e você vai comprar, bem de vez em quando.
Diferente do frenesi de comprar tudo o que lançam pelo medo do FOMO.

Muita gente gasta duzentos reais em bares, todo final de semana. E acham um absurdo gastar duzentos num jogo.

Eu vejo um movimento grande em problematizar o gastar dinheiro com jogo, e acho q isso desvia o foco do real problema, q pra mim é o gastar irresponsavelmente.

Não vejo ninguém fazendo conta do quanto já gastou com cinema, ou com futebol, por exemplo.

Como vc está gastando seus recursos? Dinheiro e, principalmente, tempo.

Está gastando bem, gerando bom momentos? 

Então aproveite, sem culpa.

R DKS::

Raio::
Da sim para se contentar e explorar bastante um jogo sem sucumbir tanto ao hype. Talvez exija um pouco mais de tempo para uns do que para outros, mas dá sim. 

Eu acho que independe de tempo. Eu estou no hobby há uns quinze anos, já passei por fases de "não vou comprar mais nada, o que eu tenho já está bom" e de repente me vi renovando a coleção e comprando vários jogos do "hype". Não é uma questão de sucumbir, é uma questão de adequação à personalidade e ao estilo de vida.

Eu moro em São Paulo, numa cidade grande em que eu estou cercado de pessoas o tempo todo, mas não tenho mais contato com "amigos de infância" ou algo que o valha, e não tenho grupo fixo e nem conheço pessoas que estão interessadas em formar um. Meus familiares no geral não se interessam pelos jogos. Quando eu jogo (além do raro casual com a família) é com pessoas que são do hobby em eventos do hobby, e é aí que o jogo do hype faz mais sucesso do que o jogo que está na coleção há dez anos, e basta ir a uma convenção ou colar num encontro para constatar que isso é verdade - e esse é o meu ponto.

Cansei de ir a eventos e ficar admirando as pilhas enormes de jogos que a galera trouxe e ninguém vai jogar - nem naquele encontro, nem no próximo, e nem no próximo.

Ah amigo, acredito que apenas temos experiências diferentes. Eu estou nessa dos jogos modernos tem oito anos e sempre em todas as cidades que eu estive criei meus grupos. 
Não jogo com amigos de infância, de faculdade ou algo do tipo. Sempre procurei o pessoal por aqui, daí fui conhecendo, conversando, combinando.
Eventos de bgs eu fui em uns dois e nenhum de grande ou média expressão. Sempre pequenos, organizados por uma loja ou grupo de jogadores. E mantenho contato com quase todos até hoje.
Enfim, pra mim deu certo.

Raio::

R DKS::

Raio::
Da sim para se contentar e explorar bastante um jogo sem sucumbir tanto ao hype. Talvez exija um pouco mais de tempo para uns do que para outros, mas dá sim. 

Eu acho que independe de tempo. Eu estou no hobby há uns quinze anos, já passei por fases de "não vou comprar mais nada, o que eu tenho já está bom" e de repente me vi renovando a coleção e comprando vários jogos do "hype". Não é uma questão de sucumbir, é uma questão de adequação à personalidade e ao estilo de vida.

Eu moro em São Paulo, numa cidade grande em que eu estou cercado de pessoas o tempo todo, mas não tenho mais contato com "amigos de infância" ou algo que o valha, e não tenho grupo fixo e nem conheço pessoas que estão interessadas em formar um. Meus familiares no geral não se interessam pelos jogos. Quando eu jogo (além do raro casual com a família) é com pessoas que são do hobby em eventos do hobby, e é aí que o jogo do hype faz mais sucesso do que o jogo que está na coleção há dez anos, e basta ir a uma convenção ou colar num encontro para constatar que isso é verdade - e esse é o meu ponto.

Cansei de ir a eventos e ficar admirando as pilhas enormes de jogos que a galera trouxe e ninguém vai jogar - nem naquele encontro, nem no próximo, e nem no próximo.

Ah amigo, acredito que apenas temos experiências diferentes. Eu estou nessa dos jogos modernos tem oito anos e sempre em todas as cidades que eu estive criei meus grupos. 
Não jogo com amigos de infância, de faculdade ou algo do tipo. Sempre procurei o pessoal por aqui, daí fui conhecendo, conversando, combinando.
Eventos de bgs eu fui em uns dois e nenhum de grande ou média expressão. Sempre pequenos, organizados por uma loja ou grupo de jogadores. E mantenho contato com quase todos até hoje.
Enfim, pra mim deu certo.

Esse ponto é importante,  embora cíclico: quem a gente vai jogar não são os irmãos,  amigos de infância,  faculdade etc.  Normalmente são outras pessoas diferentes que gostam de jogar. 
Tem que ter esse desprendimento social digamos assim.