KaijuJogos::Pontos positivos: 
- Rejogabilidade alta (por ter poucas rodadas todo jogo você vai querer jogar diferente e as cartas que possui, muda tambem a forma de se jogar em cada rodada)
Gostei do
Zapotec, mas gostaria de aproveitar a "deixa" para comentar esse aspecto específico. Não sei se concordo com essa afirmativa que há uma rejogabilidade alta aqui. Entendo ser um jogo com uma grande variedade de cartas e tiles, mas na minha humilde opinião, variedade não implica necessariamente rejogabilidade. Os tiles por exemplo, são muitos, mas são basicamente as combinações possíveis de áreas diferentes do tabuleiro, cores e recursos. No final das contas, me parece que fazem a mesma coisa, sem muita variedade estrutural/estratégica a cada nova partida. Ao final de 4 partidas, percebi pouquíssima variância nas estratégias dos jogadores, pois a cada jogada o que mudava, ao pegar um tile, era, no final das contas, ganhar um ou outro recurso diferente. Recursos esses equivalentes em "poder" e importância no jogo.
Sensação semelhante aconteceu quando joguei
Bitoku. Apesar da quantidade gigantesca de tiles nesse jogo, a impressão que eu tive era que, no final das contas, escolher pegar um ou outro tile mudava muito pouco o desenrolar da partida.
Posso estar errado? Lógico! Quem sou eu para cravar o famigerado "Jogo desbalanceado!", tendo jogado apenas quatro partidas? No caso do Bitoku, inclusive, foi uma partida só... Mas estou me referindo à sensação que tive, baseado na boa experiência que já tenho em jogos de tabuleiro.
Agora dou o exemplo do exato oposto:
Teotihuacan: City of Gods. Pra mim, o Tchutchucão é uma aula de rejogabilidade. Cada tile existente dá os mais diversos recursos, vantagens e poderes totalmente diferentes, relacionados a diversos aspectos do jogo. E estando todos eles espalhados pelo tabuleiro, podendo ser obtidos de maneiras bem diferentes, a meu ver transforma o jogo quase em um quebra-cabeça de forma à maximar a pontuação, "combando-os" da maneira mais eficiente (e divertida) possível. Os tiles muitas vezes são desbalanceados? Sim, mas e daí? Cabe a cada jogador ser então capaz de chegar lá antes dos outros. Ou então "transformar" aquele tile, que é fraco em um determinado uso, forte para outra estratégia que ele desenhou.
Por último, trago um exemplo curioso:
As Ruínas Perdidas de Arnak. Esse jogo poderia ser um típico exemplo como Zapotec ou Bitoku, onde os locais do tabuleiro são basicamente combinações aleatórias de recursos inclusive bastante equilibrados e equivalentes, se vc seguir uma certa
regra de "peso" de cada recurso. Mas tem uma coisa que quebra, e muito, essa simples aleatoriedade e, a meu ver, torna Arnak uma aula de rejogabilidade: as cartas.
Cada carta pode afetar de forma totalmente diferente diversos aspectos do jogo. E como, no fundo, ele é um board "card driven", as cartas (com o perdão do trocadilho) "dão as cartas", tornando esse jogo, também, um incrível quebra-cabeças a ser resolvido a cada nova partida.
Por isso tudo, apesar de ter gostado de Zapotec, principalmente o seu peso leve-médio, tornando uma boa porta de entrada para euros um pouco mais pesados, não consigo vê-lo como algo que me faça ter interesse em jogar muitas partidas.