Deixo aqui registrado, um pouco tardiamente, o que já pude escrever a você, caro Rodrigo Deus: valeu pelos textos todos esses anos!
Em alguns períodos consumi bem menos, mas sempre achei a mídia escrita mais interessante do que as demais para análises; pena ser um formato cada vez menos apreciado em tempos de "TikTok", "Shorts" e imediatismo da comunicação instantânea.
Alguns dos seus textos dos quais lembro da leitura em algum momento por aqui foram:
"A educação e os jogos de tabuleiro", "Cinco motivos divinos para começar a jogar agora", "Jogos grátis para imprimir e jogar", "Iniciativas divinas em tempos de coronavírus", "No fim, apenas 10 jogos de tabuleiro representam a humanidade" e "O divino escritor de Belém do Pará que publicou um jogo sozinho" (escritor e designer que conheci por causa daquele jogo de tabuleiro, antes de conhecer sua obra literária, e hoje é um amigo querido, que também já conversou comigo sobre os imensos desafios de seguir com a mídia escrita atualmente).
Me incluo, com pesar, na parte do público que muitas vezes lê e não comenta na publicação (seja por 'falta de tempo', de "habilidade" ou apenas de foco); e procuro sempre 'curtir', favoritar ou compartilhar de alguma forma.
Em grupos do hobby, eventualmente volta o questionamento sobre a cidade não ter uma luderia/tabuleiria, 'pois é algo tão legal e interessante!'. A cidade na qual morava há alguns anos já teve três espaços desses simultaneamente não há tanto tempo. Alguns que acompanharam essa fase costumam responder citando motivos (pandemia de covid-19, que 'fechou' a última quando estava indo bem; jogadores casuais não sustentam um ponto; jogadores frequentes costumam ter suas coleções e jogam mais em suas casas do que nesses lugares; por ser um negócio no qual as mesas ficam ocupadas por bastante tempo, não há rotatividade como em um bar/restaurante, então os lanches precisam ser um pouco mais caros para manter; entre outros pontos); mas alguns de nós que lamentamos o encerramento das atividades desses locais também são os que tinham pouco tempo para prestigiar e ir com mais frequência, infelizmente.
Já vi isso acontecer, acompanhado de certa tristeza e sentimento de nostalgia, com: o cinema de rua da minha cidade natal, que eu tanto frequentei na adolescência e início da fase adulta; livrarias e lojas de discos/CDs/DVDs, nas quais passava horas olhando e lendo as capas nas estantes ou prateleiras até decidir qual livro, CD ou DVD compraria com a pouca grana que tinha; e, mais recentemente, com a última loja de jogos de tabuleiro da região, que, assim como outras, provavelmente não conseguiu competir com marketplaces e cópias piratas muito mais baratas dos jogos, apesar de todo o excelente atendimento, ótimo acervo e bons preços praticados.
Mas é isso... as coisas mudam... algumas evoluem e outras apenas mudam... Tentamos nos adaptar da melhor forma (com projetos complementares, entretenimento e atividades de lazer acaba sendo mais simples do que com outras áreas mais "críticas" e delicadas das nossas vidas).
Grandessíssimo abraço, meu caro!!
Obrigado e sucesso nos seus divinos projetos. 