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  2. Geral
  3. Não é ilegal, mas é ético?

Não é ilegal, mas é ético?

  • Eduguimara
    87 mensagens MD
    avatar
    Eduguimara19/07/24 10:45
    Eduguimara » 19/07/24 10:45

    Pessoa jurídica colocando preços abusivos e jogos mofados a venda: :angry: "Safados, ladrões!", "Vários posts na lucropedia reclamando", "Vamos à guerra e juntar todo mundo contra eles!", "Eu preciso deste jogo e me mandam uma dessas!"
    Pessoa física colocando preços abusivos: :angel: "Compra quem quer", "bem vindo ao capitalismo, socialista de iphone", "Ninguém vai morrer, é só um jogo. Não é essencial."

    9
  • Nero1990
    56 mensagens MD
    avatar
    Nero199019/07/24 12:12
    Nero1990 » 19/07/24 12:12

    Doidera::
    Ovatsug Rednal::
    pablogbo::Sobre BG ser um item supérfluo, acho que cabe, para aquela parcela significativa da comunidade, cujo o hobby está mais atrelado a compra e ao colecionismo (onde eu mesmo, por vzs me enquadro, pois tenho jogos comprados há muito tempo, que ainda não foram para mesa e ainda assim sigo comprando jogos novos), porém para quem tem como hobby jogar, a questão preço x superficialidade do consumo, adentra na questão de acesso à cultura e lazer (que pelo conteúdo de vários comentários, imagino que não seja uma questão relevante para muitos aqui).
    É uma questão complexa, cheia de conflitos de interesse, marcada profundamente por ideologia e moralidade e ética.

    A questão é que quem tem como hobby jogar pode ter uns 20 jogos, que sendo sincero já é mais que suficiente pra jogar por anos e anos. Se a pessoa jogar dois jogos uma vez por semana, em um ano ela terá jogado apenas 5x cada jogo.
    Ou seja, pra quem quer se divertir, não dá nem tempo de cansar. 
    Lembrando q de novo criticam os valores altos, mas não percebem q os flops e valores baixos também são consequências da oferta/demanda. 
    Entao não tem desculpa de forma nenhuma pra culpar capitalismo pela vontade do ser humano de querer mais e mais desnecessariamente.
    E sim, jogos são supérfluos, assim como filmes, séries, etc. Ninguém morre ou fica doente por que não viu uma série, não leu uma história ou não comprou um jogo. 
    Óbvio que são escapes importantes, que até ajudam a manter uma saúde mental. Mas de novo, todas essas coisas citadas tem pra todos os níveis financeiros e são disponiveis a qualquer pessoa. Mesmo alguém com renda muito baixa consegue no mínimo um baralho, ou tabuleiro de damas/xadrez. Mas obviamente todos aqui conseguem comprar um jogo de 100 reais.

    Com certeza, concordo totalmente!

    Só observando e me divertindo com os “socialistas” de iPhone aqui da Ludopedia atacando o capitalismo neste tópico…

    A hipocrisia deixou um grande abraço a todos!

    Pois é... Estamos falando de um hobby onde papelão e plástico mais parecem barras de ouro, e os caras vem meter essa.

    Acho que estão esquecendo a parte do colecionismo, sempre tem aquele produto que é mais procurado ou aquele que é mais raro.
    Esses naturalmente terão preços mais elevados, é assim que as coisas são, estamos no planeta terra ou em Narnia ? Não da para ter tudo nessa vida.
    Eu queria muito o jogo do Geraldo de Rivia, mas estão pedindo uma moto por ele, paciência, o máximo que posso fazer é tentar negociar.
    Não tem certo ou errado, o jogo é da pessoa e ela cobra o quanto quiser por ele, é muito simples. 
    Não existem regras ou normas. 
    Percebo que muita coisa aqui se torna uma verdadeira tempestade em um copo d'água.
    Foi a mesma coisa na questão da calango mofos e também com o Apex.

    Esse ultimo foi naturalmente resolvido, o preço estava alto, não venderam e reduziram. Ponto final, como 2+2=4. 
    Não interessa qual foi a motivação, foi resolvido o problema.
    Calango a mesma coisa, ninguém é estupido de gastar um salario em um jogo, receber ele mofado e deixar por isso mesmo.
    Ou ela muda a postura ou vai ficar no preju, são coisas que se resolvem, mas quando coloquei dessa forma o pessoal achou um absurdo.

    2
  • fabiomoon007
    235 mensagens MD
    avatar
    fabiomoon00719/07/24 13:09
    fabiomoon007 » 19/07/24 13:09

    Eduguimara::Pessoa jurídica colocando preços abusivos e jogos mofados a venda: :angry: "Safados, ladrões!", "Vários posts na lucropedia reclamando", "Vamos à guerra e juntar todo mundo contra eles!", "Eu preciso deste jogo e me mandam uma dessas!"
    Pessoa física colocando preços abusivos: :angel: "Compra quem quer", "bem vindo ao capitalismo, socialista de iphone", "Ninguém vai morrer, é só um jogo. Não é essencial."

    Aprende aqui como se faz um belo resumo, ChatGPT...

    4
  • rodrigocaruso
    608 mensagens MD
    avatar
    rodrigocaruso19/07/24 14:23
    rodrigocaruso » 19/07/24 14:23

    tharik::Sim totalmente Ético até pq é um risco de comprar o jogo flopar e o valor despencar então muito justo 

    Oferecer riscos valida? Não entendi o caminho onde risco valida moral. Não fui capaz de acompanhar essa lógica.

    É arriscado furtar ou roubar, é arriscado dirigir alcoolizado ou a 200km/h em vias escolares.

    2
  • rodrigocaruso
    608 mensagens MD
    avatar
    rodrigocaruso19/07/24 14:25
    rodrigocaruso » 19/07/24 14:25

    Doidera::
    fabriciobnu::A lei da oferta x demanda é algo natural. O preço é uma informação muito forte. É totalmente normal o preço aumentar em casos de escassez somada a procura alta. Isso inclusive garante que o produto fique mais tempo a venda. Esse "vendedor" só terá sucesso caso o produto esteja totalmente escasso e ainda com demanda, caso contrário, ele contará com concorrência e automaticamente deverá respeitar o preço que o mercado aceitar caso queira vender seu jogo. Veja que o inverso também acontece, jogos que vem caros no seu lançamento e em pouco tempo, devido a falta de demanda, o preço acaba caindo muito. Já vimos jogos que cairam quase 70% do preço de lançamento. Nesse caso seria ético e moral comprar com tanto desconto?

    Excelente colocação, parece que só é antiético ou i(a)moral quando há aumento no preço da venda, na diminuição, que diminui a margem do vendedor, não há falta de ética, somente o aproveitamento de uma boa oportunidade...

    Monopólio é super jogar o jogo corretamente

    0
  • rodrigocaruso
    608 mensagens MD
    avatar
    rodrigocaruso19/07/24 14:33
    rodrigocaruso » 19/07/24 14:33

    Doidera::
    Fillip::Isso também acontece com card games (Pokémon TCG, Magic, etc), e com tudo que for colecionável. É um tipo de investimento de oferta e demanda. É triste saber que eu nunca vou tem uma Black Lótus, pois quem comprou na época pagou barato, e hoje essa carta vale milhares de dólares. Mas, infelizmente, é assim que funciona o mercado capitalista.

    FELIZMENTE é assim que funciona o mercado capitalista!

    Quem não gosta, pode virar socialista e dividir tudo seu com os outros.

    Não digo que é o seu caso, mas falo para quem reclama do capitalismo.


    Esse comentário do meio para conseguir estar errado precisa consertar muito, rs.

    3
  • rodrigocaruso
    608 mensagens MD
    avatar
    rodrigocaruso19/07/24 14:38
    rodrigocaruso » 19/07/24 14:38

    pablogbo::
    Ovatsug Rednal::
    pablogbo::Sobre BG ser um item supérfluo, acho que cabe, para aquela parcela significativa da comunidade, cujo o hobby está mais atrelado a compra e ao colecionismo (onde eu mesmo, por vzs me enquadro, pois tenho jogos comprados há muito tempo, que ainda não foram para mesa e ainda assim sigo comprando jogos novos), porém para quem tem como hobby jogar, a questão preço x superficialidade do consumo, adentra na questão de acesso à cultura e lazer (que pelo conteúdo de vários comentários, imagino que não seja uma questão relevante para muitos aqui).
    É uma questão complexa, cheia de conflitos de interesse, marcada profundamente por ideologia e moralidade e ética.

    A questão é que quem tem como hobby jogar pode ter uns 20 jogos, que sendo sincero já é mais que suficiente pra jogar por anos e anos. Se a pessoa jogar dois jogos uma vez por semana, em um ano ela terá jogado apenas 5x cada jogo.
    Ou seja, pra quem quer se divertir, não dá nem tempo de cansar. 
    Lembrando q de novo criticam os valores altos, mas não percebem q os flops e valores baixos também são consequências da oferta/demanda. 
    Entao não tem desculpa de forma nenhuma pra culpar capitalismo pela vontade do ser humano de querer mais e mais desnecessariamente.
    E sim, jogos são supérfluos, assim como filmes, séries, etc. Ninguém morre ou fica doente por que não viu uma série, não leu uma história ou não comprou um jogo. 
    Óbvio que são escapes importantes, que até ajudam a manter uma saúde mental. Mas de novo, todas essas coisas citadas tem pra todos os níveis financeiros e são disponiveis a qualquer pessoa. Mesmo alguém com renda muito baixa consegue no mínimo um baralho, ou tabuleiro de damas/xadrez. Mas obviamente todos aqui conseguem comprar um jogo de 100 reais.

    Pois é. O debate é ideológico, ético e moral justamente por esses pontos. As restrições são determinadas por quem? Por quais critérios? Por quais motivações? Há justiça nisso?
    É justo que, "Fulanos Xs" determinem direta ou indiretamente, (digo "fulanos x" pq o tal mercado não é uma divindade ou uma abstração, ele é a expressão dos atos de pessoas), que João só possa escolher jogar baralho ou damas enquanto José pode jogar qualquer outra coisa?
    Eu sei que "as coisas são assim", mas deveriam?
    Respostas para essas questões são ideológicas, morais e éticas.
    Sobre democratização de acesso à cultura e lazer, ainda que o exemplo a seguir, não seja o melhor, (até pq as políticas nessa área são relativamente recentes e pouco abrangentes), não há um julgamento de valor ou quantidade quando se fala em democratização de acesso a cultura e lazer: Cumprindo-se os requisitos a meia entrada vale tanto para o novo filme do Deadpool, quanto para "Anatomia de uma queda" ou uma reexibição de "American Pie", para um show Anita ou a exibição de uma orquestra... Democratizar não é determinar que João jogue baralho e damas enquanto José joga baralho, damas, Apex (é esse o novo titulo super caro do mercado nacional?), Gloomhaven... e então está tudo bem pq todos *podem jogar*.
    Eu sei que aqui o debate migrou para o idealismo, mas é mirando nele que melhoramos (devagarinho) a nossa realidade.

    Sobre a lógica do: ninguém morre ou ficar doente, por não ter comprado um jogo "x" ou não ter assistido a série "y", ela também vale para *ninguém morre por não comer carne ou chocolate*. É justo restringir esses acessos só pq a pessoa não vai morrer ou ficar doente na falta deles? Quem determina? Quais os critérios?
    Ok, aqui eu forcei um tanto, a final jogos de tabuleiro não ocupam o mesmo lugar social que carne e chocolate, mas a ideia era debater que não é pq a falta de "X" não aflija diretamente uma moléstia, que essa falta de "x" não seja importante.
    A precificação de jogos indisponíveis por PF, no mercado de usados, certamente não é a coisa mais importante e provavelmente não deixará ninguém doente, mas ainda assim é absolutamente válido debatê-la. Aliás, não raro, são as coisas mais sem importância na vida, que despertam nossas paixões e nos levam ao debate.


    Agora respondendo bem superficialmente a questão do tópico, eu acho que os tais preços são ético e moralmente reprováveis e entendo que tal prática ocorre pq as pessoas físicas não se entendem como minimamente responsáveis por um problema estrutural.
    Uma pena que essa lógica de não responsabilidade extrapole o nosso mercado de usados e domine o sistema financeiro. Que possibilite colapsos econômicos ou desastres ambientais ocorram, sem haver pessoas culpadas. Notícia-se "os bancos do vale do silício quebraram a economia, a Chevron destruiu mananciais"... Como se não fossem os donos dessas empresas os responsáveis...



    Em tempo o capitalismo também não é uma divindade, abstração ou fenômeno natural intrínseco aos seres humanos. Ele também é uma expressão dos atos dos indivíduos e por isso mesmo *deve* ser profundamente debatido e criticado, até pq em alguma medida o capitalismo é justamente a expressão humana "de querer mais e mais desnecessariamente".

    Lógico que não, humanos de 250 mil anos atrás tinham empregos, alguns herdavam lascas e criavam os empreendimentos para os outros poderem trabalhar, ganharem lascas e se alimentarem.
    Eu vi nos flintstones. Capitalismo é intríseco no humano, nunca existiu cidade-estado, feudalismo, mercantilismo, eles plantam evidências para testar a fé das pessoas no capitalismo.

    1
  • CaueGouveia
    63 mensagens MD
    avatar
    CaueGouveia21/07/24 15:32
    CaueGouveia » 21/07/24 15:32

    pablogbo::
    Sobre democratização de acesso à cultura e lazer, ainda que o exemplo a seguir, não seja o melhor, (até pq as políticas nessa área são relativamente recentes e pouco abrangentes), não há um julgamento de valor ou quantidade quando se fala em democratização de acesso a cultura e lazer: Cumprindo-se os requisitos a meia entrada vale tanto para o novo filme do Deadpool, quanto para "Anatomia de uma queda" ou uma reexibição de "American Pie", para um show Anita ou a exibição de uma orquestra... Democratizar não é determinar que João jogue baralho e damas enquanto José joga baralho, damas, Apex (é esse o novo titulo super caro do mercado nacional?), Gloomhaven... e então está tudo bem pq todos *podem jogar*.
    Eu sei que aqui o debate migrou para o idealismo, mas é mirando nele que melhoramos (devagarinho) a nossa realidade.

    (...)

    Em tempo o capitalismo também não é uma divindade, abstração ou fenômeno natural intrínseco aos seres humanos. Ele também é uma expressão dos atos dos indivíduos e por isso mesmo *deve* ser profundamente debatido e criticado, até pq em alguma medida o capitalismo é justamente a expressão humana "de querer mais e mais desnecessariamente".

    A fala toda do Pablo me contempla completamente, mas destaco esses trechinhos.
    E pra todo mundo falando que o "Capitalismo é o melhor que temos", tem um pixo no centro de São Paulo escrito "O capitalismo só é bom pra quem já almoçou hoje".
    Acho bom não perdermos essa perspectiva 
    Que esse sistema também gera morte, miséria e adoecimento de uns, para benefício de outros. Enquanto vende a imagem de que a humanidade toda está se beneficiando disso.
    E tem também o cartaz pra visita do Papa a Cuba em 1998 que diz: "Nessa noite, 200 milhões de crianças vão dormir na rua. Nenhuma delas é cubana" 
    Todo sistema político vai ter suas contradições e toda pessoa que defende esse ou aquele espectro político também vai ter suas contradições. Mas vamos lembrar que existem muuuuuitas noções do que é avanço social.
    --
    E achar que falar de "socialista de iPhone" é expor uma contradição, ou dizer "quem quiser saia por aí dividindo suas coisas" é uma jeito de "praticar" uma oposição ao capitalismo, é muito raso.
    A pessoa que quer criticar ou mudar o sistema político não tem que se isolar e viver como um hermitão, pra aí sim poder dizer que é "raiz".
    Quem está inserido no sistema que use as ferramentas disponíveis nesse sistema pra critica-lo.
    (E praticar a ação individual de partilha pode ser um caminho pra resultados locais, mas não afeta o macro)
    Muito mais grave pra mim é a contradição apontado pelo Iuri Buscario, quando lembrou dos mega empresários que pedem por estado mínimo, indo chorar isenções pro Estado quando quebram, depois de destruírem ecossistemas e explorarem trabalhadores, danos que não são reversíveis só jogando dinheiro no problema.

    9
  • Ovatsug Rednal
    1538 mensagens MD
    avatar
    Ovatsug Rednal22/07/24 00:37
    Ovatsug Rednal » 22/07/24 00:37

    CaueGouveia::
    pablogbo::
    Sobre democratização de acesso à cultura e lazer, ainda que o exemplo a seguir, não seja o melhor, (até pq as políticas nessa área são relativamente recentes e pouco abrangentes), não há um julgamento de valor ou quantidade quando se fala em democratização de acesso a cultura e lazer: Cumprindo-se os requisitos a meia entrada vale tanto para o novo filme do Deadpool, quanto para "Anatomia de uma queda" ou uma reexibição de "American Pie", para um show Anita ou a exibição de uma orquestra... Democratizar não é determinar que João jogue baralho e damas enquanto José joga baralho, damas, Apex (é esse o novo titulo super caro do mercado nacional?), Gloomhaven... e então está tudo bem pq todos *podem jogar*.
    Eu sei que aqui o debate migrou para o idealismo, mas é mirando nele que melhoramos (devagarinho) a nossa realidade.

    (...)

    Em tempo o capitalismo também não é uma divindade, abstração ou fenômeno natural intrínseco aos seres humanos. Ele também é uma expressão dos atos dos indivíduos e por isso mesmo *deve* ser profundamente debatido e criticado, até pq em alguma medida o capitalismo é justamente a expressão humana "de querer mais e mais desnecessariamente".

    A fala toda do Pablo me contempla completamente, mas destaco esses trechinhos.
    E pra todo mundo falando que o "Capitalismo é o melhor que temos", tem um pixo no centro de São Paulo escrito "O capitalismo só é bom pra quem já almoçou hoje".
    Acho bom não perdermos essa perspectiva 
    Que esse sistema também gera morte, miséria e adoecimento de uns, para benefício de outros. Enquanto vende a imagem de que a humanidade toda está se beneficiando disso.
    E tem também o cartaz pra visita do Papa a Cuba em 1998 que diz: "Nessa noite, 200 milhões de crianças vão dormir na rua. Nenhuma delas é cubana" 
    Todo sistema político vai ter suas contradições e toda pessoa que defende esse ou aquele espectro político também vai ter suas contradições. Mas vamos lembrar que existem muuuuuitas noções do que é avanço social.
    --
    E achar que falar de "socialista de iPhone" é expor uma contradição, ou dizer "quem quiser saia por aí dividindo suas coisas" é uma jeito de "praticar" uma oposição ao capitalismo, é muito raso.
    A pessoa que quer criticar ou mudar o sistema político não tem que se isolar e viver como um hermitão, pra aí sim poder dizer que é "raiz".
    Quem está inserido no sistema que use as ferramentas disponíveis nesse sistema pra critica-lo.
    (E praticar a ação individual de partilha pode ser um caminho pra resultados locais, mas não afeta o macro)
    Muito mais grave pra mim é a contradição apontado pelo Iuri Buscario, quando lembrou dos mega empresários que pedem por estado mínimo, indo chorar isenções pro Estado quando quebram, depois de destruírem ecossistemas e explorarem trabalhadores, danos que não são reversíveis só jogando dinheiro no problema.

    Nossa. Suas fontes de ataque ao capitalismo são um pixo no meio de SP e uma frase de um governo ditador q engana as pessoas e deixa todo mundo em situação de miséria kkkkkk nem vou argumentar em cima disso. 

    3
  • Doidera
    1000 mensagens MD
    avatar
    Doidera23/07/24 12:23
    Doidera » 23/07/24 12:23

    CaueGouveia::
    pablogbo::
    Sobre democratização de acesso à cultura e lazer, ainda que o exemplo a seguir, não seja o melhor, (até pq as políticas nessa área são relativamente recentes e pouco abrangentes), não há um julgamento de valor ou quantidade quando se fala em democratização de acesso a cultura e lazer: Cumprindo-se os requisitos a meia entrada vale tanto para o novo filme do Deadpool, quanto para "Anatomia de uma queda" ou uma reexibição de "American Pie", para um show Anita ou a exibição de uma orquestra... Democratizar não é determinar que João jogue baralho e damas enquanto José joga baralho, damas, Apex (é esse o novo titulo super caro do mercado nacional?), Gloomhaven... e então está tudo bem pq todos *podem jogar*.
    Eu sei que aqui o debate migrou para o idealismo, mas é mirando nele que melhoramos (devagarinho) a nossa realidade.

    (...)

    Em tempo o capitalismo também não é uma divindade, abstração ou fenômeno natural intrínseco aos seres humanos. Ele também é uma expressão dos atos dos indivíduos e por isso mesmo *deve* ser profundamente debatido e criticado, até pq em alguma medida o capitalismo é justamente a expressão humana "de querer mais e mais desnecessariamente".

    A fala toda do Pablo me contempla completamente, mas destaco esses trechinhos.
    E pra todo mundo falando que o "Capitalismo é o melhor que temos", tem um pixo no centro de São Paulo escrito "O capitalismo só é bom pra quem já almoçou hoje".
    Acho bom não perdermos essa perspectiva 
    Que esse sistema também gera morte, miséria e adoecimento de uns, para benefício de outros. Enquanto vende a imagem de que a humanidade toda está se beneficiando disso.
    E tem também o cartaz pra visita do Papa a Cuba em 1998 que diz: "Nessa noite, 200 milhões de crianças vão dormir na rua. Nenhuma delas é cubana" 
    Todo sistema político vai ter suas contradições e toda pessoa que defende esse ou aquele espectro político também vai ter suas contradições. Mas vamos lembrar que existem muuuuuitas noções do que é avanço social.
    --
    E achar que falar de "socialista de iPhone" é expor uma contradição, ou dizer "quem quiser saia por aí dividindo suas coisas" é uma jeito de "praticar" uma oposição ao capitalismo, é muito raso.
    A pessoa que quer criticar ou mudar o sistema político não tem que se isolar e viver como um hermitão, pra aí sim poder dizer que é "raiz".
    Quem está inserido no sistema que use as ferramentas disponíveis nesse sistema pra critica-lo.
    (E praticar a ação individual de partilha pode ser um caminho pra resultados locais, mas não afeta o macro)
    Muito mais grave pra mim é a contradição apontado pelo Iuri Buscario, quando lembrou dos mega empresários que pedem por estado mínimo, indo chorar isenções pro Estado quando quebram, depois de destruírem ecossistemas e explorarem trabalhadores, danos que não são reversíveis só jogando dinheiro no problema.

    Lhe convido a ir morar em Cuba e montar sua coleção a preços socialistas nas diversas lojas que com certeza existem naquela pujante economia.

    País admirável para onde todos querem ir e de onde ninguém quer sair, menos os mentirosos que fugiram e agora difamam tamanha prosperidade em países muito menos atraentes, como os Estados Unidos.

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