Entendendo que a moral se confunde com a ética e que ambas as reflexões tratam de convenções sociais, a resposta é simples:
Sim.
A situação proposta não é amoral pois não está apartada da realidade. Ao contrário, ela pressupõe justamente a existência de algum acordo ou posicionamento a respeito do caso, como revela o seu questionamento. A dúvida está em compreender se há oposição ou consenso em relação a essas convenções já estabelecidas.
Também não é imoral, simplesmente porque não se opõe ao conjunto de normas e costumes estabelecidos. Então... na realidade esse é um pressuposto básico do sistema: realizar capital, vender para poder comprar e vice-versa.
No entanto, se no fundo você queria apenas organizar uma espécie de juri popular, vou deixar aqui a minha impressão particular sobre o caso em si.
Dentro do pouco que entendo, não vejo que essa prática seja financeiramente sustentável a longo prazo. É algo é muito ocasional, com muito risco envolvido. Se não fosse assim, as editoras simplesmente aumentariam (ainda mais) o preço de venda dos jogos e tudo bem, venderiam horrores. Eu não compro jogos que julgo não estarem de acordo com o seu valor de uso e muito menos que estejam além do meu poder de compra, pois a minha intenção com eles é apenas usufruir de um momento divertido em família. E também não realizo esse tipo de venda, já que não tenho paciência para especular em torno do valor de troca dos produtos. Mas compreendo que façam isso, já que, literalmente, são essas as regras do jogo...