RenanVio::
Pode ser, tem muitos problemas de logística e depois da pandemia, o Brasil que não é muita prioridade, foi preterido em várias situações. Mesmo assim, não é questão de acreditar ou não, mas sim de cobrar da editora, pelo menos uma posição. No meu caso particular, não tenho interesse em importar o livro, e sou beeem paciente quanto a adquirir jogos. Mas nesse caso específico, acho que a editora que se propõe a ser uma empresa de alto padrão, trazendo jogos de luxo, deveria pelo menos ter uma posição da situação atual deste jogo. Quando anunciaram fizeram uma festa, mas se tiver dado errado, cadê a posição?
Enfim, é só uma cobrança como consumidor nenhuma crença. rs
Um abraço.
Caro
RenanVio
Rapaz, você está coberto de razão, e é exatamente assim que o mercado nacional de board games deveria funcionar, se fosse um mercado sério. O problema é que as editoras nacionais de jogos são tudo menos sérias. Basta ver o que a Conclave fez com o The Witcher Old World. A empresa fez o financiamento coletivo, conseguiu uma fortuna (2.229% daquilo que precisava), divulgou os arquivos para os apoiadores ajudarem na revisão e coisa e tal.
Tudo ia bem, mas os apoiadores de outros países começaram a receber suas cópias, e a Conclave nada. A coisa começou a ficar feia, e com quase dois anos de atraso, a Conclave veio com uma conversa fiada de que a culpa pelo atraso foi da fábrica chinesa que mudou o formato dos arquivos e a paleta das cores, no meio do processo de produção do jogo. As pessoas mandaram e-mail para a editora gringa, dona do jogo, e que estava à frente da tiragem mundial, e a resposta é que não houve nada disso, e que foi a Conclave que não cumpriu os prazos, e inclusive atrasou a produção do jogos para os outros países. Como não dava para esperar, o jogo foi rodado e entregue para os gringos, enquanto a Conclave nem tinha ainda enviado os artigos em português. Para piorar, quase três anos depois, finalmente a Conclave começou a entregar o jogo para os apoiadores e, pasme, nem mesmo os erros que os apoiadores tinham apontado três anos atrás foram corrigidos. O resultado final é que as pessoas pagaram um preço caríssimo pelo jogo, esperaram três anos e receberam um board game cagado de cima a baixo.
A própria Mosaico anunciou com toda a ponta e circunstância o lançamento do Campeões de Midgard, colocou no site que ele estava em fase de produção e essa era a resposta padrão para quem entrasse em contato. Hoje, esse jogo nem consta mais no site da editora, e única novidade que é quando chega o final do ano e a ficha do jogo aqui no Ludopedia é atualizada para constar como anunciado para o ano seguinte. E isso para não falar de outra grande editora, líder de mercado, que costuma lançar tantos jogos lacrados e mofados que as pessoas já nem se espantam mais.
Portanto, esperar satisfações por jogos anunciados e não lançados, bem como algum respeito por parte das editoras nacionais de jogos, pelo menos para mim, infelizmente, não faz o menor sentido.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio