fabiomoon007::

iuribuscacio::
No mais eu concordo totalmente que o hobby já desceu ladeira abaixo faz tempo, principalmente em relação ao nível de exigência de qualidade dos produtos, por parte da comunidade boardgamer. Nesse quesito, eu acho que nós não conseguimos atingir um meio termo saudável, porque no início do hobby por estas bandas, a comunidade exigia meeples de "madeira de lei", cartas da grossura de um cartão de crédito e uma precisão de nanômetros no alinhamento, mas agora até jogo mofado e com tradução no nível kindergarten do CCAA a comunidade está topando e levantado as mãos aos céus em agradecimento.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio 
 

Engraçado vc falar isso do meeple de madeira de lei pq se a gente pegar o El Grande, por exemplo, ele tem componentes mega simples.
Não tem nada rebuscado e é um baita jogo até hoje  - eu acho.
Mesmo com a reestilização ele ainda é um jogo relativamente simples do ponto de vista visual.
Vc que está nesse calabouço desse hobby há bastante tempo, consegue lembrar em que momento a chave virou e os jogos passaram a ficar gourmetizados?

 
A pergunta não foi pra mim, mas estou no hobby desde 2008 e, na minha percepção, foi a ascenção dos KS com versões "retail" e "premium" que impulsionaram essa onda. Antes, "chique" mesmo era ter dado personalizado do Arkham Horror (2nd ed) original da FFG.

viniciusjf::Nossa obrigação é ter discernimento, e quanto mais a gente tenta fugir dela e se aliena no outro esperando que ele nos dê uma resposta, mais caro é o preço.

Claro que entendo a discussão quanto à ética dos influenciadores, mas em termos reais, se debater na discussão entre certo e errado não resolve o problema.

Senti um certo Lacanismo de fundo nessa resposta...errei?

piogovieira::

christian1985::
Também prefiro os gameplays, mas já me enganei com eles também. Claro, nesse caso a culpa foi minha, pois parecia que o jogo era realmente uma coisa (devido à suposta empolagação do player apresentando na hora) e na hora que botei na mesa... mé.

Por isso sempre que um jogo me desperta algum interesse eu procuro um gameplay dele, eu vejo e depois chamo o pessoal da mesa pra ver também, geralmente só investimos quando é aceito pela maioria.
Um exemplo disso é o Taco gato, quando vi em um vídeo aleatório me pareceu extremamente bobo, mostrei pro pessoal e se cagaram de rir da gameplay, como era barato eu comprei e a grata surpresa é a diversão que ele proporciona, principalmente com o pessoal um pouco alcoolizado já kkkkkkkk.
E já aconteceu o contrário também de no video o pessoal super empolgado com Scout e eu o pessoal aqui ficar no "mé".

Eu tenho um agravante aí. Como jogo exclusivamente solo, não tenho essa terceira opinião pra me socorrer das cagadas. Vou dar um exemplo: comprei o Orla exterior por causa de DOIS gameplays do one stop coop shop (um incluindo a expansão)

Comprei o jogo base: mé

Pensei: deve ser a expansão que está faltando! (gênio)

Comprei a expansão: joguei uma vez. joguei duas vezes. Na terceira botei tudo a venda. E olha que eu quase comprei as naves impressas em 3D por que achei que "tava faltando imersão".

Não, estava faltando jogo mesmo (desculpa Corey)

Outra postagem... POLÊMICA...?!
Pensando de forma bem egoísta, um mundo sem influenciadores provavelmente faria pouca diferença para mim... ok, talvez indiretamente isso afetasse a quantidade e a qualidade de jogos que chegam até mim, mas honestamente eu não estou tão deslumbrado assim ao ponto de ligar muito para isso. Estou satisfeito jogando Azul pela 1.342.568.981a vez... E como de modo geral também não ligo para o conteúdo gerado pelos influenciadores, na prática eu acredito que minha vida continuaria como está.
Agora, não dá para negar a relevância que eles tem, especialmente para quem não foi tão "absorvido" assim pelo hobby!
Outro dia fui jogar com alguns conhecidos e eles estavam super empolgados para colocar na mesa o Coup. Isso mesmo que você leu! Sem querer desmerecer (muito), mas o Coup é um jogo que joguei bastante... há 10 anos atrás!... com o qual tive algumas péssimas experiências e do qual acabei pegando um certo... ranço.
Tudo isso porque um deles viu algum vídeo na internet promovendo esse produto e achou super divertido.
Numa situação dessas devo bancar o chato do rolê ou me submeter calado a mais uma sessão de tortura? Pois é, como "lutar" contra algo assim?
A gente esquece que o hobby é antes de tudo social e que a mensagem enviada muitas vezes não é direcionada a nós. A sua dor e seus desejos podem não ser os mesmos do outro... enfim... esse é um exemplo de como os influenciadores afetaram negativamente a minha vida! Me colocaram numa enrascada, mesmo sem querer querendo rsrs 
Como essa, tenho diversas outras anedotas e é justamente por isso que não costumo levar muito em consideração o que dizem os tais influenciadores.
Já para as editoras deve ser ótimo não precisar investir em promoção e divulgação dos produtos. E isso se estende ao desenvolvimento de novos títulos também, processo que muitas vezes é arcado pelo próprio Designer em nome de um risco que a editora não quer correr.

Todo esse papo me lembra algo sobre servidão voluntária... mas essa é outra história.

fantafanta::
Todo esse papo me lembra algo sobre servidão voluntária... mas essa é outra história.

Eu lembro de uma imagem muito específica sempre que penso em influenciadores, não só aqui no hobby, mas na internet em geral:

fabiomoon007::

christian1985::

Danielmw98::Acho que depende de como você utiliza e seleciona o conteúdo. Quando eu me interesso por um jogo, acho interessante ver os unboxings para ver como são os componentes e a organização deles na caixa. Há vezes que eu achei que iria gostar de um jogo pelas regras, mas ao ver um gameplay, concluí que não seria interessante para meu grupo. Tem jogo que estava na dúvida se iria agradar, e o gameplay animou e meu grupo curtiu. Acompanho uns 6 canais no Youtube, e quando vejo um jogo que todos comentaram bastante e reviews positivas, eu vou pesquisar mais a fundo sobre ele (como por exemplo o Harmonies, que minha esposa adorou, e não teria conhecido se não seguisse nenhum canal). Então conhecendo os gostos e o estilo dos criadores de conteúdo, acho que há benefícios em seguir eles, para mim fariam alguma falta sim.

Problema de resenhas é que tem tanto gato sendo vendido por lebre por aí que eu simplesmente não consigo mais confiar em nenhuma. Quantas vezes você já não ouviu o seguinte bordão: "Esse jogo é maravilhoso, sensacional, um espetáculo, e você pode adquirí-lo na loja X usando meu cupom limitadíssimo de 3% de desconto INFLU3OFF pra garantir a sua cópia!" ?

E na semana seguinte o influencer tá vendendo uma cópia aqui na Ludopedia...rsrsrsrs

Isso é... de... lascar!...

Quantas vezes eu já não caí no conto do vigário?!?
Mas também acho que boa parte disso é culpa minha... precisamos amadurecer e começar a entender o que serve para nós e e o que não serve. E isso é pra vida. É um processo de aprendizado mesmo.

Logo qdo entrei no hobby eu segui Instagram de vários e vários influencers de BG. 

Chegou uma hora que vi que vale a pena mesmo seguir só um ou outro e as editoras. O conteúdo é tudo igual mesmo. 

Parei de seguir um monte de outros. Principalmente os adultos infantilizados que fazem unboxing com cara de espanto forçada. (oh oh com boquinha aberta). São os piores.

Aprendi que logo qdo lança um jogo fazem o seguinte: falam que é um jogão, mt top muito 10 e tal. Rasgam elogios. 

Passou 6 meses pra mais aí falam numa live de poucos views que o jogo não vale etc. Isso os que falam né. O resto fica quietinho e vende aqui mesmo na ludopedia. 

Rapaz,

Realmente, parte considerável dos vídeos que se tem servem apenas para aumentar FOMO, fazem uso de expressões, alguns ficam evidentes que estão sendo forçadas, a fim de incitar uma vontade de ter um jogo que nem sequer vai ter mesa porque não corresponde ao seu perfil ou ao perfil da sua mesa.

Mas existe um lado que não há como negar, principalmente para pessoas como eu que mora em uma cidade sem locais para experimentar os jogos: a possibilidade de ver os componentes, de entender as regras e de ver como seria uma partida de um jogo, auxilia na decisão de comprar o jogo. Como eu não tenho como testar o jogo antes (excetuando os que possuem sua versão no BGA), gosto de ver as opiniões de pessoas, haja vista que podem perceber pontos negativos que outros não perceberam. Entretanto, cabe a mim avaliar o jogo e ver se realmente vale a pena ou não. 

Algo que serve para avaliar se eu realmente queria o jogo ou não é basicamente o tempo, a maioria das vezes eu não posso comprar assim quando vejo um jogo que eu gostei da ideia, das mecânicas. Então, se depois de uns meses, eu não tenho mais vontade de tê-lo, entendo isso como uma vontade de colecionismo e não de realmente aproveitar o jogo. 

fantafanta::Outra postagem... POLÊMICA...!
Pensando de forma bem egoísta, um mundo sem influenciadores provavelmente faria pouca diferença para mim... ok, talvez indiretamente isso afetasse a quantidade e a qualidade de jogos que chegam até mim, mas honestamente eu não estou tão deslumbrado assim ao ponto de ligar muito para isso. Estou satisfeito jogando Azul pela 1.342.568.981a vez... E como de modo geral também não ligo para o conteúdo gerado pelos influenciadores, na prática eu acredito que minha vida continuaria como está.
Agora, não dá para negar a relevância que eles tem, especialmente para quem não foi tão "absorvido" assim pelo hobby!
Outro dia fui jogar com alguns conhecidos e eles estavam super empolgados para colocar na mesa o Coup. Isso mesmo que você leu! Sem querer desmerecer (muito), mas o Coup é um jogo que joguei bastante... há 10 anos atrás!... com o qual tive algumas péssimas experiências e do qual acabei pegando um certo... ranço.
Tudo isso porque um deles viu algum vídeo na internet promovendo esse produto e achou super divertido.
Numa situação dessas devo bancar o chato do rolê ou me submeter calado a mais uma sessão de tortura? Pois é, como "lutar" contra algo assim?
A gente esquece que o hobby é antes de tudo social e que a mensagem enviada muitas vezes não é direcionada a nós. A sua dor e seus desejos podem não ser os mesmos do outro... enfim... esse é um exemplo de como os influenciadores afetaram negativamente a minha vida! Me colocaram numa enrascada, mesmo sem querer querendo rsrs 
Como essa, tenho diversas outras anedotas e é justamente por isso que não costumo levar muito em consideração o que dizem os tais influenciadores.
Já para as editoras deve ser ótimo não precisar investir em promoção e divulgação dos produtos. E isso se estende ao desenvolvimento de novos títulos também, processo que muitas vezes é arcado pelo próprio Designer em nome de um risco que a editora não quer correr.

Todo esse papo me lembra algo sobre servidão voluntária... mas essa é outra história.

Zero polêmica pq a intenção da postagem não foi detonar os influencers, mas sim ressaltar como a indústria depende deles...

Se os influencers acabarem ninguém mais joga nada. Ninguém no hobby lê manual mais, é tudo aprendendo jogo por vídeo.