Creio eu que vá do bom senso.

Seguindo uma linha de raciocínio, alcança o marco o jogador que cumprir "x" quesito primeiro, ou seja, se o jogador alcançou o marco e esqueceu, conforme manual, ele foi o primeiro jogador a cumprir aquele quesito, portanto é ele quem tem o direto de ficar com o token do marco.

Acho de uma grosseira tremenda outro jogador pegar o token de marco, alegando que o outro esqueceu, sinceramente...

Nunca joguei esse, mas vou dar minha opinião baseado apenas no que foi descrito:

Entendo que isso depende do nível competitivo que os jogadores esperam. E querendo ou não, isso será definido pelo jogador mais competitivo da mesa que, no caso, é o que se recusou a ceder o marco para o primeiro que o alcançou. E nenhum dos dois está errado. Errado está o jogo em não definir regras claras para isso. Quanto mais bem desenvolvido um jogo de tabuleiro é, menos brechas interpretativas ele dará.

E se esse jogador que alcançou o marco primeiro só se lembrasse do marco três turnos depois, quando outro reivindicasse o marco? Iria voltar a jogada? Qual é o limite? A partir de que momento o jogador 'papou mosca' ou não? Em um jogo de tabuleiro (analógico) a clareza dessa informação é muito importante.

Por outro lado, se é para jogar nesse nível de competitividade, para as próximas partidas eu já definiria rapidinho alguma regra.

Algo semelhante ocorre no jogo Uno quando alguém esquece de falar "Uno" ao ficar com apenas uma carta na mão (não me recordo se isso é regra oficial, mas de qualquer forma o raciocínio permanece).

Aqui nós sempre jogamos que o erro humano faz parte do jogo.
Isso evita que três turno depois você lembra de algo e quer voltar. Não é justo com os outros jogadores que se concentraram e prestaram a atenção no jogo. O "comeu mosca" faz parte do jogo.
A nossa regra é assim, quando você diz "passei" seu turno acabou completamente e não pode mais voltar, agora é a vez do outro jogador. Se esqueceu de algo, então, só lamento e fica de aprendizado para a próxima partida.
Temos algumas exceções, por exemplo, de quando você tinha que pegar a sua renda no final do seu turno e acabou esquecendo. Isso seria automático e não dependeria de uma decisão sua, assim nesses casos permitimos voltar. Mas, no caso que você citou, pegar o marco, que é algo que depende da escolha e jogada e pode fazer alguém perder ou ganhar o jogo, nesse caso não volta mais depois que passou o turno.

Em uma partida de CATAN, vocês permitiriam que um jogador vencesse a partida tendo o tile de rota mais longa apenas porque ninguém notou que a rota foi interrompida por uma aldeia?

Em uma partida de xadrez, como vocês lidariam com um movimento de peão que os jogadores não viram que deixou o rei em cheque no turno anterior?

O manual é bem claro até onde eu vi. O marco é atingido quando um jogador cumpre o seu objetivo. Se um jogador esqueceu de marcar os pontos os outros deveriam apontar o esquecimento ao invés de utilizar o "comeu mosca". Em uma implementação digital do jogo é muito provável que não exista nenhum botão para conquistar o marco, sendo uma atribuição automática quando o objetivo for conquistado.

arthurtakel::A nossa regra é assim, quando você diz "passei" seu turno acabou completamente e não pode mais voltar, agora é a vez do outro jogador. Se esqueceu de algo, então, só lamento e fica de aprendizado para a próxima partida.

Eu concordo bastante com isso, mas nesse caso específico a ação é mais do jogo do que do jogador. O marco é do jogador que atinge primeiro.

Edlomax::Errado está o jogo em não definir regras claras para isso. Quanto mais bem desenvolvido um jogo de tabuleiro é, menos brechas interpretativas ele dará.

O manual define a regra, ela só não foi seguida pelos jogadores. Não existe ação de reivindicação ou conquista, o marco é do jogador que atinge primeiro os requisitos.

Marcos: Cada Marco vale 4 PVs. Marcos são obtidos durante a partida, assim que um jogador cumprir seus requisitos.
Fonte: manual do jogo - grifo proposital

carlosrocca::Em uma partida de CATAN, vocês permitiriam que um jogador vencesse a partida tendo o tile de rota mais longa apenas porque ninguém notou que a rota foi interrompida por uma aldeia?

Em uma partida de xadrez, como vocês lidariam com um movimento de peão que os jogadores não viram que deixou o rei em cheque no turno anterior?

O manual é bem claro até onde eu vi. O marco é atingido quando um jogador cumpre o seu objetivo. Se um jogador esqueceu de marcar os pontos os outros deveriam apontar o esquecimento ao invés de utilizar o "comeu mosca". Em uma implementação digital do jogo é muito provável que não exista nenhum botão para conquistar o marco, sendo uma atribuição automática quando o objetivo for conquistado.

arthurtakel::A nossa regra é assim, quando você diz "passei" seu turno acabou completamente e não pode mais voltar, agora é a vez do outro jogador. Se esqueceu de algo, então, só lamento e fica de aprendizado para a próxima partida.

Eu concordo bastante com isso, mas nesse caso específico a ação é mais do jogo do que do jogador. O marco é do jogador que atinge primeiro.

Edlomax::Errado está o jogo em não definir regras claras para isso. Quanto mais bem desenvolvido um jogo de tabuleiro é, menos brechas interpretativas ele dará.

O manual define a regra, ela só não foi seguida pelos jogadores. Não existe ação de reivindicação ou conquista, o marco é do jogador que atinge primeiro os requisitos.

Marcos: Cada Marco vale 4 PVs. Marcos são obtidos durante a partida, assim que um jogador cumprir seus requisitos.
Fonte: manual do jogo - grifo proposital

Não lembro como é a regra do TFM de dados, mas no original você tem que usar uma ação para patrocinar e reivindicar os marcos. Agora se a regra diz que isso é automático, ou seja, atingiu tal condição recebe sem gastar ação, então, entendo que sim pode voltar para dar o marco para o jogador que primeiro conquistou.

arthurtakel::Não lembro como é a regra do TFM de dados, mas no original você tem que usar uma ação para patrocinar e reivindicar os marcos. Agora se a regra diz que isso é automático, ou seja, atingiu tal condição recebe sem gastar ação, então, entendo que sim pode voltar para dar o marco para o jogador que primeiro conquistou.

Exato, acho que por compartilharem a ideia de Marcos entre o TfM original e o jogo de dados que ocorreu essa confusão. Marcos no jogo grande precisa gastar ação e pagar, enquanto a ideia do jogo de dados está em uma conquista similar ao caminho mais longo ou a cavalaria do CATAN, que foi a forma que eu usei para exemplificar no início do meu comentário.

carlosrocca::Em uma implementação digital do jogo é muito provável que não exista nenhum botão para conquistar o marco, sendo uma atribuição automática quando o objetivo for conquistado.

Esse "é muito provável" mostra mais uma vez como essa é uma questão relativa. Isso aí também dependeria do nível de competitividade que se pretendia com a implementação digital. O jogo também poderia ser desenvolvido de forma a permitir o vacilo, e ele também não estaria errado.

É uma questão de escolha/convenção.

Recentemente, jogando Catan em seis jogadores, um jogador papou mosca e não percebeu que já tinha feito 10 pontos. O jogador seguinte roubou a maior estrada de um outro jogador e venceu. Para quem você daria a vitória?

Demos a vitória para quem à reivindicou primeiro. No caso, o último jogador que bateu. E vida que segue.

Edlomax::

carlosrocca::Em uma implementação digital do jogo é muito provável que não exista nenhum botão para conquistar o marco, sendo uma atribuição automática quando o objetivo for conquistado.

Esse "é muito provável" mostra mais uma vez como essa é uma questão relativa. Isso aí também dependeria do nível de competitividade que se pretendia com a implementação digital. O jogo também poderia ser desenvolvido de forma a permitir o vacilo, e ele também não estaria errado.

É uma questão de escolha/convenção.

É muito provável porque as regras são muito similares à condição de vitória do CATAN, mas não dá para ter certeza de como o desenvolvedor vai abordar o assunto.

Edlomax:: Recentemente, jogando Catan em seis jogadores, um jogador papou mosca e não percebeu que já tinha feito 10 pontos. O jogador seguinte roubou a maior estrada de um outro jogador e venceu. Para quem você daria a vitória?

Demos a vitória para quem à reivindicou primeiro. No caso, o último jogador que bateu. E vida que segue.

Eu usei a comparação com CATAN justamente pela versão digital. Não existe possibilidade de continuar jogando se um jogador já tem 10 pontos porque a vitória é automática. E funciona assim em todos os jogos de tabuleiro que eu já joguei online.

Pontos de Vitória
O primeiro jogador a possuir 10 pontos de vitória quando chega o seu turno (ou completá-los durante o seu turno) ganha o jogo.
Fonte - manual do CATAN

E se um jogador esquece de ganhar o jogo no seu turno?

Victory Conditions - What if someone has reached the required number of victory points for a win but is unaware of it? Did this player win anyway?
Yes. The game ends as soon as a player has reached the required number of victory points on his turn. If he’s unaware of it, you should tell him, because you can’t take an already gained victory away from him.
www.catan.com/faq/basegame

Mas não dá para ter uma house rule?

According to standard rules, the game is won as soon as a player has reached 10 victory points, regardless if he notes or mentions it. Nothing can deprive him of his victory.

Then there is the tournament rule: In (German) tournament rules it is said that a player must also claim victory in order to win. If he does not claim victory on his turn, he has to wait until it is his turn again. In the meantime, another player could claim victory, the player could also fall below 10 victory points and the game would continue.
This is not a nice situation in a tournament, but it happenend and will happen again.
Note that this is a tournament rule only and not part of the original rules.
You may however decide to use it in your playing group as well, but this is not my business.

My business is the official answer according to the standard rules: 10 victory points reached (even with hidden victory points), the game is won.

Sebastian Rapp / Kosmos
boardgamegeek.com/thread/808573

Na minha opinião pessoal as regras são bem claras em todos os pontos, e a discussão passou a ter um foco maior em ética nos jogos de tabuleiro do que no que o manual está dizendo. Dar a vitória de CATAN para o jogador que reivindicou a vitória primeiro enquanto o outro já tinha 10 pontos vai contra a regra do jogo, mas existem torneios que funcionam desta forma. Se a regra de torneio se adapta melhor para o seu grupo e todos os jogadores ficam satisfeitos com a jogatina não tem nada de errado nisso, e o conceito de CATAN pode ser aplicado para outros jogos também.

Mas reiterando o questionamento original do tópico: O marco é de quem atinge os critérios primeiro. Se um jogador percebeu que o outro não pegou e correu para pegar, talvez seja necessário explicar melhor as regras para ele, e aí entra a questão de "sentir" como o grupo funciona. Entre jogadores que curtem jogos mais pesados não vejo problemas em seguir o manual à risca. Entre jogadores mais casuais que eventualmente "comem mosca" talvez uma house rule de quem o marco é de quem reivindica primeiro possa até ser a solução para possíveis brigas e desentendimentos na mesa.