Antes de apresentar a resenha, gostaria de indicar um comercial para criar uma primeira impressão jogo. São 30 segundos...
Sinopse do Jogo:
Bugs in The Kitchen é um jogo infantil, que mistura um pouco de ação e destreza com lógica, e traz uma novidade muito interessante ao universo analógico... um mini robô chamado “Nano HEXBUG”. A proposta é muito simples: uma barata esta a solta na cozinha e precisamos trazê-la para nossa armadilha e pegá-la. Curiosamente usamos talheres para induzir o inseto ao destino desejado, ao longo de uma partida de tempo real, onde cada jogador disputa para ver quem pega a barata primeiro.
Lançado em 2013 pela Ravensburger, Bugs in The Kitchen é um jogo bastante inovador e original, que faz sucesso com os pequenos. Porém, não ache que é diversão exclusiva para a gurizada, porque em festas e eventos, a mesa dele é disputada e as risadas são garantidas. Comportando de 2 a 4 jogadores, as partidas são bem ágeis, durando de 15 a 20 minutinhos.
Mecânicas:
- Rolagem de dados;
- Configuração de rotas.
Componentes:
Bugs in The Kitchen é aquele tipo de jogo com poucos componentes e setup praticamente instantâneo, já que o próprio insert é usado como tabuleiro para as partidas. A caixa é bem larga e comprida, mas com baixa altura. Para fins de comparação, as suas medidas são mesmas do Tikal, Java ou Torres. Em suma, péssima para se alocar na estante. Mas o jogo vale a pena.
Antes da primeira partida, devemos fixar todos os suportes para os talheres no fundo da caixa e sobrepor o tabuleiro que simula o chão da cozinha.
Logo em seguida, devemos consultar o manual para encaixar corretamente os talheres disponíveis no jogo: colheres, garfos e facas. É uma configuração bem simples e rápida. Como os componentes são bons, as peças se encaixam facilmente e emitem “cliques”, que indicam o objetivo alcançado.
Em cada canto do tabuleiro, se encontram as “armadilhas” do jogadores. Todas elas possuem um “porta” que deve ficar fechada, caso a mesa não esteja completa, ou seja, menos de 4 jogadores.
Bugs se dá por rolagem de dados e o dado de madeira que acompanha o jogo, possui como faces: 1 colher, 1 faca, 1 garfo e 3 interrogações, que indicam os coringas do jogo. Com isto temos 50% de chance de poder usar qualquer talher após a rolagem de dados. Existe sorte, mas ela não chega a ser tão influente assim.
A grande estrela deste jogo é sem dúvidas, a pequena barata. Sendo um mini-robô eletrônico, alimentado a bateria, ela se move loucamente pelo tabuleiro, mudando de rota a todo tempo, reagindo aos obstáculos e fazendo um grande estardalhaço.
Por fim, no jogo temos um conjunto de tokens para marcar quantas vezes cada jogador conseguiu capturar a barata.
Síntese do Jogo:
Bugs in The Kitchen é um jogo muito simples e acessível, com poucas regras. O objetivo aqui é priorizar completamente a diversão e jogabilidade. Como são várias capturas durante a partida, o manual sugere algumas configurações iniciais diferentes para o labirinto, que devem ser alternadas. Isto evita algumas jogadas repetitivas ou scriptadas.
Escolhe-se o primeiro jogador, liga-se a barata e a colocamos no centro do tabuleiro. A partida já pode começar.
Em seguida, iniciando no primeiro jogador e seguindo o sentido horário, cada um, na sua vez, lança o dado e pode girar um talher do tipo obtido 90 graus, em qualquer sentido.
Cada vez que o jogador conseguir levar a barata até a sua armadilha, seja por mérito ou por sorte, ele recebe um token de barata. Um novo setup é feito e partida recomeça.
No momento em que algum dos jogadores conseguir seu quinto token, a partida termina imediatamente e ele é o vencedor.
Avaliação:
Bugs in The Kitchen é um jogo bastante simples e infantil, que agrada a todos, permitindo reunir de pequenos aos grandes à mesa, sem sacrificar a diversão de ninguém. Partidas rápidas, setup semi-instantâneo e muita animação fazem dele uma boa opção para coleções que tenham uma preocupação com a diversidade.
A duração das partidas é curta, de 15 a 25 minutos, e o vencedor logo aparece. Entretanto, a diversão neste jogo está fortemente ligada a esta breve duração. Certamente uma partida muito longa aqui, pela falta de variação e maiores desafios, quebraria consideravelmente a alegria do jogo. Fique atento então... podem acontecer casos de jogadores que ficam enrolando, esperando que a barata chegue ao ponto desejado para alterar o labirinto. Só que o movimento dela é aleatório, e pode demorar para isto ocorrer.
Caso identifique este tipo de jogador a mesa, sugiro pequenos ajustes visando manter a partida agradável. Um opção simples seria combinar de antemão que o vencedor seja aquele que conseguir 3 tokens ao invés de 5. Outra forma, talvez mais divertida de policiar tais situações, seria combinar que, quando o grupo julgar a jogada demorada demais, iniciassem uma contagem regressiva de 5 segundos em voz alta, para o camarada perder a jogada. A pressão ainda aumenta a diversão e interação dos jogadores.
Infelizmente o Bugs in The Kitchen é um jogo difícil de conseguir, já que não está disponível no mercado brasileiro e nem norte americano. Isto mesmo, não é possível encontrá-lo nem em grandes lojas como Coolstufinc ou Miniature Market. Entretanto, é bem comum de conseguir nas lojas online europeias, como Philibert ou Milan Spielle. Por ser um jogo totalmente independente de idioma, nada impede de comprar uma cópia europeia. Somente atente para os diversos nomes dele: La Cucaracha (Espanhol), Kakerlakak (Alemão), ou ainda Panic Cafard (Francês).
Muito boa a resenha, fiquei com vontade de comprar para jogar com a família (principalmente com os sobrinhos).
Caso identifique este tipo de jogador a mesa, sugiro pequenos ajustes visando manter a partida agradável. Um opção simples seria combinar de antemão que o vencedor seja aquele que conseguir 3 tokens ao invés de 5. Outra forma, talvez mais divertida de policiar tais situações, seria combinar que, quando o grupo julgar a jogada demorada demais, iniciassem uma contagem regressiva de 5 segundos em voz alta, para o camarada perder a jogada. A pressão ainda aumenta a diversão e interação dos jogadores.
Para este caso, eu sugeriria uma ampulheta para cada rodada.
esdras::Excelente resenha, como sempre, parabéns!! Daqui a pouco aparece um home made com uma barata de verdade kkkkk
Hehehe.... Não duvido nada. O pior você não sabe... mesmo vendo que a "barata" é um brinquedo de plástico e acompanhando a todo instante os demais jogadores a pegarem para ligar/desligar, vira e mexe alguém fica com nojo do robozinho. Rsrsrsr. Nota-se que pessoa fica ansiosa quando a barata vem em direção a sua mão... já vi rolar até gritinho quando ela muda a direção e esbarra na mão. Kkkkkkk.
Alves de Lima::Muito boa a resenha, fiquei com vontade de comprar para jogar com a família (principalmente com os sobrinhos).
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Para este caso, eu sugeriria uma ampulheta para cada rodada.
Valeu pelo feedback e consideração. Sobre a ampulheta, acho uma ótima idéia. Com certeza é uma ótima sugestão é vale a pena experimentar. Particularmente, não sugeri ela porque meu grupo tem algumas dificuldades com ampulhetas. Toda hora o pessoal imerge nas ações e jogadas, e acaba esquecendo de acionar ela. No fim vira mais um tormento que uma solução. Rsrsrsrs. Mas acredito ser uma característica local... nossa mesmo. Muito obrigado pelo complemento.
Rodrigo, só por curiosidade, em 1981 (um ano após o lançamento do pac man) foi lançado um video game estilo arcade cujo personagem era uma joaninha que se livrava de outros insetos através de gates bem parecidos com os do Bugs in the Kitchen, o nome era Lady Bug e ao ver o vídeo das crianças jogando viajei legal no tempo!!!
Luiz Trevelin::Rodrigo, só por curiosidade, em 1981 (um ano após o lançamento do pac man) foi lançado um video game estilo arcade cujo personagem era uma joaninha que se livrava de outros insetos através de gates bem parecidos com os do Bugs in the Kitchen, o nome era Lady Bug e ao ver o vídeo das crianças jogando viajei legal no tempo!!!
Parabéns pelo review!
Hehe... cara tem semelhanças fortes e indiscutíveis aqui. Excelente apontamento! Agora, que puxou do fundo do baú, tenho que concordar... Huahuahua. Muito obrigado pela informação e participação. E valeu pelo incentivo.