Aphador::Esse tópico é surreal. Temos aqui todos os tipos de jogadores, dos que defendem o mofo até os que defendem o caos! kkkkk
Quero deixar minha contribuição sobre o assunto. Considerando que este não é um problema recente, que já vem de anos na verdade, fica evidente que as empresas brasileiras de boardgames não tem qualquer receio nem se sentem intimidadas por queixas no Reclame Aqui ou mesmo no PROCON. O que penso que resolve de verdade é algo que vi poucas pessoas aqui comentando. Já adianto que o que vou dizer a seguir é a minha opinião que só serve pra mim mesmo. Só vou relatar algo que eu faria, não estou instigando ninguém ao litígio.
Se eu comprei um jogo, veio com mofo ou avariado, eu pedi a troca e o novo chegou da mesma maneira, com mofo/avariado e nessa brincadeira se passaram 30 dias, por exemplo, eu iria certamente processar a empresa. Entraria com ação no juizado especial cível da minha comarca pedindo a troca do produto por um novo, intacto, ou a devolução do meu dinheiro, devidamente corrigido e além disso sempre pediria indenização por danos morais sofridos. Mesmo que a empresa seja condenada a me indenizar em um valor "baixo", como 2 ou 3 mil reais, se a quantidade de compradores entrando com ação fosse significativa, afetaria a maneira como a empresa enxerga a questão. Afinal de contas, uma coisa é a empresa ter devoluções e ficar no 0/0 vendendo com desconto, outra coisa é a empresa começar a perder dinheiro. Mesmo uma empresa de boardgames não é movida por amor ao hobby, é movida por lucro. Se a margem de lucro começar a cair, a empresa tende a mudar.
Novamente, isso é apenas a minha opinião que só serve pra mim mesmo.
Outra coisa. Vi algumas pessoas comentando que para a empresa não compensaria ou seria custoso demais a logística de conferir e reembalar os produtos devolvidos, que seria mais provável eles descartarem. Na verdade, quem já teve alguma experiência com fábricas, indústrias etc., sabe que é comum as empresas terem um setor específico para lidar com esse processo de RMA (Return Material Authorization) e que esse setor tem uma equipe, como uma pequena linha de produção, especifica para esse trabalho de revisar os produtos, trocar os componentes necessários e reembalar para vender como novo ou até mesmo devolver ao mesmo cliente como se novo fosse. Não estou dizendo que a Galápagos ou qualquer outra empresa de boardgame aqui tem essa metodologia, não conheço por dentro, só estou dizendo que não é algo tão impensável assim.
Só um adendo sobre as distribuidoras de jogos, como a Galápagos e outras: elas não são fábricas ou indústrias. São somente importadoras e distribuidoras. Em alguns casos de jogos nacionais é possível que eles tenham como fazer esse processo de reembalar, o que eu ainda acho improvável.
Eu chuto que é uma situação não tão fácil de resolver, porque, ME PARECE, apenas os jogos importados sofrem de mofo, o que parece um vício do processo, talvez até alfandegário. A empresa em questão, se não me engano, é a única do segmento que faz desalfandegamento e estocagem em SC, então pode ter suas questões.
Já jogos produzidos no Brasil, mesmo deles, parecem não apresentar mofo de forma corriqueira (só ver os jogos que têm dados de "Fabricados pela Copag da Amazônia").
Imagino que seja complexa a resolução e duvido muito que a empresa não esteja se mexendo para resolver.
Sobre a forma de buscar seus direitos eu não comentei pois cada sabe a melhor forma para si, desde o que incomoda até o nível de trabalho que quer ter para resolver suas situações.