R DKS::O pior de tudo é que a Galápagos simplesmente não se importa.
O meu Barrage veio com mofo, entrei em contato com a Galápagos, enviei e-mail mostrando o jogo e o lacre (pois estava ao lado da caixa) e eles me responderam uma vez para pedir a NF; eu então enviei outro email perguntando se era mesmo necessário porque eu não a estava achando e, de lá para cá, não me responderam nenhum e-mail mais.
Até enviei email dizendo que eu estava disposto a pagar por reposição de peça, e nem assim eles me responderam.
Eles simplesmente não estão nem aí, afinal, eles são os maiores no ramo e tem gente que até paga para ver o que eles estão trazendo, então...
goitron::R DKS:::O pior de tudo é que a Galápagos simplesmente não se importa.
Youtuber passa pano e a comunidade defende. Eles tem toda razão de continuar mandando jogo com mofo. De fato, deveriam começar a pedir diploma de biologia e teste micológico antes de repor peças mofadas.
Eu fiquei com esse texto
https://ludopedia.com.br/topico/76790/ate-quando-alguem-aguenta-apanhar-sem-revidar
do usuário iuribuscacio na cabeça, porque é absolutamente perfeito.
Caros
R DKS e
goitron
Meus camaradas é bem por aí.
Existem países em que as coisas são feitas para funcionar, e países onde as coisas são feitas para não funcionar. Em países que não são sérios se cria a dificuldade, para poder se vender a facilidade. Um exemplo disso são os nossos departamentos de trânsito. Você precisa fazer fazer vistoria do seu veículo todos os anos. Quem faz o controle das datas de agendamento da vistoria é um funcionário do departamento de trânsito. Assim, se você quiser por sua própria conta fazer o agendamento, só vai conseguir vaga para daqui a meses, porque aquele funcionário vai manipular os sistema para te impedir de ocupar a vaga mais próxima. Agora se você estiver dispostos a pagar ao despachante, que vai rachar a grana com o funcionário, dependendo do dinheiro você marca a da vistoria para anteontem, e recebe o documento em casa no dia seguinte. sem nem tirar o carro da garagem.
Eu namorei um tempinho com uma menina suíça e conversando sobre corrupção ela me falou uma coisa que me deixou boquiaberto. Ela me disse que nós brasileiros achamos que sabemos muito sobre corrupção, mas nós não sabemos nada, e nem somos tão bons nisso. Eu perguntei porque e ela me respondeu. Na Suíça também existe corrupção e contratos superfaturados. O país não é mais um paraíso fiscal como antes, mas durante décadas eles guardaram fortunas roubadas dos judeus pelos nazistas e fortunas ainda maiores conseguidas com o tráfico de drogas e de ditadores de republiquetas do terceiro mundo.
Prosseguindo, ela me disse o seguinte, como a justiça suíça funciona e muito bem, e se você é pego, você realmente vai preso, os corruptos se esforçam para prestar um serviço ou construir uma obra da melhor forma possível. A comparação fica mais ou menos assim, no Brasil uma empreiteira cobra 10 milhões para construir um viaduto que só custaria 500 mil, e não contente com isso, e para render ainda mais, a empreiteira gasta apenas 100 mil na obra. O resultado é que o viaduto fica uma porcaria e poucos meses depois está todo mundo reclamando, aparece na TV, e as autoridades acabam investigando. Normalmente não dá em nada, mas isso gera um desgaste enorme e grandes despesas com advogados. E como é na Suíça? Lá a empreiteira não cobra 10 milhões, mas sim 20 milhões e ela não gasta 500 mil para fazer um viaduto normal, mas sim um milhão para fazer o melhor viaduto que o dinheiro pode comprar. Com isso as pessoas ficam tão satisfeitas, que ninguém nem se lembra de investigar se houve superfaturamento ou não. Na Alemanha também não é diferente, e quem quiser ter uma ideia, basta pesquisar o escândalo envolvendo a Volkswagen e testes forjados de carros ecológicos nos EUA.
E é essa a nossa realidade. Vivemos em um país onde as instituições não funcionam. Se você for filho de um deputado ou de um juiz, entrar em um banco com um amigo, para pedir um empréstimo e a gerente dizer que o computador indicou que o seu CPF está com restrição, e logo em seguida se desculpar e dizer que foi um erro de digitação, você aciona o banco judicialmente, devido a esse insulto gravíssimo à sua honra, e ganha uma reparação de danos morais igual ao empréstimo que você ia fazer. Agora se você é um operário, que precisa entrar no banco, mas fica preso na porta giratória e o segurança te obriga a ficar de cueca para entrar, você processa o banco por danos, perde a causa, porque o juiz vai decidir que isso é um problema menor e um incômodo da vida moderna, que o banco agiu corretamente para preservar a segurança de quem estava lá dentro, e fique feliz se ainda não tiver de ainda pagar alguma coisa para o banco. E esses casos aconteceram na vida real!!!!
Então o que fazer? Para ser sincero, praticamente nada.
Traduzindo para o mercado nacional de jogos, em um cenário desses, editoras como a Galápagos não tem o que temer, porque a única arma que os consumidores têm para exercer alguma pressão e exigir mudanças, que é não comprar jogos da editora enquanto ela não melhorar a qualidade dos serviços e dos produtos, essa arma os consumidores se recusam a usar.
Eu vejo muitas pessoas reclamando aqui e dizendo que receberam jogos mofados da Galápagos. Mas se você perguntar se a pessoa devolveu o jogo, ela provavelmente vai dizer que não e preferiu ficar com ele e fazer o tratamento com Sanol, porque o jogo era o que ela mais queria na vida, que era uma referência em alocação de trabalhadores, e ela não poderia abdicar dele. Basta perguntar aí, quantas pessoas interessadas no Heat ou no Food Chain Magnate, os queridinhos do momento, estão dispostos desistir deles caso os jogos venham mofados, e eu digo abdicar mesmo, e não esperar baixar o preço ou comprar na "promofão".
Assim sendo, as coisas não vão mudar, nem melhorar, enquanto a comunidade boardgamer não estiver comprometida e disposta a fazer sacrifícios, para que as coisas melhorem.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio