arthurtakel::
Nossa, que decepção.
Fico pensando o que acontece, quando se compra jogos no tiendamia, miniature market, etc, que vem de países frios os jogos importados não vem mofados. Mas, quando se compra daqui do Brasil isso ocorre com frequência.
Será que os gringos tem uma tecnologia de armazenamento superior?
clebercastilho::
Nossa, que decepção.
Fico pensando o que acontece, quando se compra jogos no tiendamia, miniature market, etc, que vem de países frios os jogos importados não vem mofados. Mas, quando se compra daqui do Brasil isso ocorre com frequência.
Será que os gringos tem uma tecnologia de armazenamento superior?
Posso estar falando besteira. Mas entendo que se o jogo está lacrado, o mofo já estava dentro. A não ser que o plástico protetor estivesse violado, não há como os esporos, nem umidade entrarem. Sendo assim, o problema parece estar na produção e como a CMON centraliza a produção mundial, independente da localidade, há chances do mofo.
Caros
arthurtakel e
clebercastilho
Minha família é ascendência italiana, e além disso tenho primos e primas casados com francesas e alemães, um dos meus melhores amigos é brasileiro filho de espanhol, e eu já visitei os quatro países, entre outra nações europeias algumas vezes. E do que vi, e conheço, eu acredito que o problema é outro.
Sinceramente, eu não consigo nem conceber, uma empresa de jogos alemã vender um jogo novo, lacrado e mofado, e muito menos ainda um alemão comprar um jogo assim e ao invés de trocar ou pedir o dinheiro de volta, ele mesmo resolver com Sanol. E na França não é muito diferente. Nesses países isso não acontece, simplesmente porque as empresas sabem que, se elas cometerem esse equívoco, a reputação delas e a sua imagem junto ao público consumidor ficará muito danificada, e isso impacta diretamente no seu desempenho em vendas. Mas, mesmo que a empresa resolva "meter a louca" e vender assim mesmo, ela sabe que a coisa não vai terminar bem para ela.
Como eu disse antes é inimaginável um alemão, que não se conforma que um trem saia um minuto atrasado, e reclama disso, se sujeite a comprar um jogo novo e ele não vir em condições normais. E mesmo na hipótese remotíssima disso acontecer e a empresa não resolver, ele recorre ao judiciário, que lá funciona, e não fica no prejuízo.
Não precisa ir longe, diversas pessoas aqui no Ludopedia importam jogos frequentemente, e para ser sincero, não me recordo de algum relato do tipo, "importei o jogo e ele chegou mofado". O que se vê é, "meu jogo veio faltando uma pecinha, ou se extraviou nos Correios e a editora gringa mandou outra cópia". Isso porque, na Europa as empresas sabem o quanto vale uma boa reputação, muito diferentemente do que ocorre no "patropi". E olha que o jogo importado sai da editora ou da loja, em outro continente, viaja de navio, passa dias e até semanas atravessando um oceano (umidade para todo o lado), passa uma temporada no porto até a alfândega liberar, alguns rodam bastante no labirinto dos Correios, e depois chega sem mofo algum na casa do comprador. Já o jogo da Galápagos não passa por nada disso, ele sai do estoque da editora logo após a venda, vai para distribuidora, passa pelos Correios, e chega na casa do comprador, mofado como se tivesse passado uma década com a caixa aberta na mesinha da varanda de uma casa de praia à beira mar.
E mesmo quando o jogo circula internamente dentro da Europa, ou nos EUA, você quase não escuta falar de algum problema de mofo. Se você escrever "mold + BGG" no Google, quase todos os resultados se referem a pessoas com problema de um jogo, comprado anos atrás, ter mofado em casa. Isso acho que põe por terra essa ideia de que o jogo já chega mofado para a Galápagos, que só distribui o jogo lacrado. Se fosse assim não haveria como explicar duas coisas: primeiro, porque isso só acontece com a Galápagos e não com editoras e lojas gringas, e segundo porque que isso ocorre em um número tão elevado de vezes com a Galápagos, o que desafia qualquer explicação.
Não me entendam mal, eu não sofro de complexo de vira-lata, adoro o nosso país e seu povo, mas isso também não me faz cego a uma verdade evidente. Os outros povos, especialmente os europeus são mais conscientes dos seus deveres e dos seus direitos. Nós brasileiros não somos assim. Nós nos achamos muito malandros e vivemos arrumando atestado médico para faltar ao serviço ou desculpas para chegar atrasado. E ao mesmo tempo somos inacreditavelmente complacentes e tolerantes quando usurpam nossos direitos, através de verdadeiros absurdos que nos são impostos. A Galápagos só consegue vender jogos mofados, porque as pessoas compram jogos mofados. As empresas gringas (lojas e editoras) não vendem jogos mofados, porque as pessoas na Europa não compram jogos mofados. Simples assim.
Por fim, e eu desejo sinceramente que uma enorme quantidade de pessoas leia isso que eu estou escrevendo, mas eu acho que já passou da hora de nós enquanto consumidores começarmos a mudar nossa atitude e a nos valorizarmos mais. Enquanto isso não ocorrer, tópicos como esse vão se repetir indefinidamente.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio