Um dos problemas dessa política de exclusividade é a redução da competição (ouvi dizer que apenas 6 lojas se enquadram no padrão diamante), e por consequência um aumento de preço.
Porém, o preço que foi divulgado não está ruim, não.

O preço cheio do jogo base está R$ 720,00. Para um  jogo de US$120,00 até que está bom.

Mesmo assim, não acredito que essa prática seja benéfica para o mercado de forma geral. Nunca é bom reduzir a competitividade.

Concordo demais com o posicionamento.
Ouço muito falarem em popularização do hobby, mas só vejo lançamentos a preços exorbitantes (exceção feita à papergames), dessa forma fica parecendo que a popularização é dirigida à patotinha de classe média que pode pagar um salário mínimo em um jogo.

jvictorla::Concordo demais com o posicionamento.
Ouço muito falarem em popularização do hobby, mas só vejo lançamentos a preços exorbitantes (exceção feita à papergames), dessa forma fica parecendo que a popularização é dirigida à patotinha de classe média que pode pagar um salário mínimo em um jogo.

Nada contra alguns comentários aí, mas já estamos normalizando jogos de papel, papelão, tinta, um pouquinho (bem pouquinho mesmo) de plástico e madeira por valores acima dos 700 reais. 

Considerando que há uns poucos anos (menos de 5) um jogo acima de 400 já gerava um desconforto geral, é bizarro demais isso. Agora 400 reais virou preço de black friday.

Inflação? Conta outra.

Um exemplo: comprei esses dias o big box do escape. Paguei 485 numa loja externa (frete grátis). Preço "normal": 725. Uma caixa enorme e cheia de conteúdo (tudo o que já foi lançado pro jogo e um insert pra organizar tudo bonitinho).

Já a edição "nova" da devir: apenas o base, sem insert, tudo jogado dentro da caixa como se não valesse nada (tem unboxing no youtube pra provar). Tem lugar vendendo a 550 reais.


Algo de errado não está certo.

Ou será que a loja não tira nenhum lucro vendendo com quase 300 reais de desconto?

Em primeiro lugar a turma que se diz defensora do pequeno lojista, tem que olhar para o histórico de compra e ver se tá realmente comprando no pequeno lojista. Discurso muito bonito, mas a gente sabe que na prática o comprador vai aonde tem as melhores condições. E spoiler, o pequeno no geral não tem essa possibilidade, pois não compra em escala. Qual o motivo das lojas abrirem pré-venda e no lançamento o jogo já fica um pouco mais barato? Aquela loja conseguiu vender uma quantidade que possibilitou pedir mais e pagar mais barato. 

Meu segundo ponto é que na nossa sociedade é assim. Quem tem dinheiro tem mais influência, querem mudar isso tem que mudar a infraestrutura da sociedade. Mas vocês não estão preparados para essa conversa. 

Isso é uma prática antiga de quase todas as editoras, esses parceiros diamante, já tem vantagens comerciais sobre os demais. Pagam mais barato, recebem antes. E um muito grande (a loja do Sr Cabeça de Ovo) que diz quanto vai pagar. E eles são tão grandes que eles fazem isso para todos os produtos que são vendidos lá. Se tem promoção na loja é porque a editora autorizou. Conversem com o seu lojista pequeno ele vai confirmar. Se é verdade que vocês tem esse lojista pequeno. 

Apesar de ter o poder de decisão, o consumidor é a parte mais fraca dessa relação. Tanto que muitos aqui estão indignados, mas não negam que tem planos em adquirir esse jogo e até mesmo futuros jogos. Nós nos colocamos nessa posição de refém, só que esse cativeiro é virtual. 

Espero que fiquem bem e cuidado com o fígado. 

christian1985::

jvictorla::Concordo demais com o posicionamento.
Ouço muito falarem em popularização do hobby, mas só vejo lançamentos a preços exorbitantes (exceção feita à papergames), dessa forma fica parecendo que a popularização é dirigida à patotinha de classe média que pode pagar um salário mínimo em um jogo.

Nada contra alguns comentários aí, mas já estamos normalizando jogos de papel, papelão, tinta, um pouquinho (bem pouquinho mesmo) de plástico e madeira por valores acima dos 700 reais. 

Considerando que há uns poucos anos (menos de 5) um jogo acima de 400 já gerava um desconforto geral, é bizarro demais isso. Agora 400 reais virou preço de black friday.

Inflação? Conta outra.

Exatamente.

joaoclaudio::Em primeiro lugar a turma que se diz defensora do pequeno lojista, tem que olhar para o histórico de compra e ver se tá realmente comprando no pequeno lojista. Discurso muito bonito, mas a gente sabe que na prática o comprador vai aonde tem as melhores condições. E spoiler, o pequeno no geral não tem essa possibilidade, pois não compra em escala. Qual o motivo das lojas abrirem pré-venda e no lançamento o jogo já fica um pouco mais barato? Aquela loja conseguiu vender uma quantidade que possibilitou pedir mais e pagar mais barato. 

Meu segundo ponto é que na nossa sociedade é assim. Quem tem dinheiro tem mais influência, querem mudar isso tem que mudar a infraestrutura da sociedade. Mas vocês não estão preparados para essa conversa. 

Isso é uma prática antiga de quase todas as editoras, esses parceiros diamante, já tem vantagens comerciais sobre os demais. Pagam mais barato, recebem antes. E um muito grande (a loja do Sr Cabeça de Ovo) que diz quanto vai pagar. E eles são tão grandes que eles fazem isso para todos os produtos que são vendidos lá. Se tem promoção na loja é porque a editora autorizou. Conversem com o seu lojista pequeno ele vai confirmar. Se é verdade que vocês tem esse lojista pequeno. 

Apesar de ter o poder de decisão, o consumidor é a parte mais fraca dessa relação. Tanto que muitos aqui estão indignados, mas não negam que tem planos em adquirir esse jogo e até mesmo futuros jogos. Nós nos colocamos nessa posição de refém, só que esse cativeiro é virtual. 

Espero que fiquem bem e cuidado com o fígado. 

Como eu disse em um comentário anterior: o importante para empresas, pequenas ou grandes, é a relação CMg = RMg. Se for preciso cortar tradução de jogo em português (mesmo bem estabelecido) para sei lá quantos milhões de pessoas apenas para que essa equação fique a mais próxima possível da igualdade, ótimo, corta custo. É assim que funciona e ninguém tá nem aí pra experiência do consumidor, a "imersão que o jogo vai trazer na sua jogatina" e toda aquele sales pitch que já estamos cansados de ouvir.

Ou vai dizer que antigamente (sim, sou saudosista) a gente ficava preocupado se tal experiência tinha "imersão", "realismo"? 

Hoje não tem uma alma viva que não se refira a um jogo sem utilizar esse tipo de adjetivo. Mudaram até a forma como nos relacionamos com as coisas sem que percebamos. Mas é tudo para nossa "melhor experiência".

christian1985::

jvictorla::Concordo demais com o posicionamento.
Ouço muito falarem em popularização do hobby, mas só vejo lançamentos a preços exorbitantes (exceção feita à papergames), dessa forma fica parecendo que a popularização é dirigida à patotinha de classe média que pode pagar um salário mínimo em um jogo.

Nada contra alguns comentários aí, mas já estamos normalizando jogos de papel, papelão, tinta, um pouquinho (bem pouquinho mesmo) de plástico e madeira por valores acima dos 700 reais. 

Considerando que há uns poucos anos (menos de 5) um jogo acima de 400 já gerava um desconforto geral, é bizarro demais isso. Agora 400 reais virou preço de black friday.

Inflação? Conta outra.

Um exemplo: comprei esses dias o big box do escape. Paguei 485 numa loja externa (frete grátis). Preço "normal": 725. Uma caixa enorme e cheia de conteúdo (tudo o que já foi lançado pro jogo e um insert pra organizar tudo bonitinho).

Já a edição "nova" da devir: apenas o base, sem insert, tudo jogado dentro da caixa como se não valesse nada (tem unboxing no youtube pra provar). Tem lugar vendendo a 550 reais.


Algo de errado não está certo.

Ou será que a loja não tira nenhum lucro vendendo com quase 300 reais de desconto?

A única coisa errada é que o número de copias disponibilizadas foi maior que a demanda. E isso acontece pois as editoras tem uma tiragem mínima para o produto ser viável e eles tem uma ideia muito boa de quanto vai vender. 
Essa vai existir e as cópias anteriores já deram o lucro. Se olhar em loja gringa também tem essas promoções. E outra, espaço em estoque também custa dinheiro, mesmo se o jogo mofar.  

Na minha opinião de bosta, errado é no tamanho do nosso mercado, editora ter loja e competir com os lojistas. A editora que define as unidades que vão estar disponíveis nas lojas e os preços. Eles tem mais flexibilidade de oferecer condições vantajosas para o consumidor. E se o lojista não gostar, ele não tem a alternativa de comprar o mesmo prdouto de outro fornecedor. Se a editora tem uma loja, deveria ser o local mais caro de todos. 

christian1985::

joaoclaudio::Em primeiro lugar a turma que se diz defensora do pequeno lojista, tem que olhar para o histórico de compra e ver se tá realmente comprando no pequeno lojista. Discurso muito bonito, mas a gente sabe que na prática o comprador vai aonde tem as melhores condições. E spoiler, o pequeno no geral não tem essa possibilidade, pois não compra em escala. Qual o motivo das lojas abrirem pré-venda e no lançamento o jogo já fica um pouco mais barato? Aquela loja conseguiu vender uma quantidade que possibilitou pedir mais e pagar mais barato. 

Meu segundo ponto é que na nossa sociedade é assim. Quem tem dinheiro tem mais influência, querem mudar isso tem que mudar a infraestrutura da sociedade. Mas vocês não estão preparados para essa conversa. 

Isso é uma prática antiga de quase todas as editoras, esses parceiros diamante, já tem vantagens comerciais sobre os demais. Pagam mais barato, recebem antes. E um muito grande (a loja do Sr Cabeça de Ovo) que diz quanto vai pagar. E eles são tão grandes que eles fazem isso para todos os produtos que são vendidos lá. Se tem promoção na loja é porque a editora autorizou. Conversem com o seu lojista pequeno ele vai confirmar. Se é verdade que vocês tem esse lojista pequeno. 

Apesar de ter o poder de decisão, o consumidor é a parte mais fraca dessa relação. Tanto que muitos aqui estão indignados, mas não negam que tem planos em adquirir esse jogo e até mesmo futuros jogos. Nós nos colocamos nessa posição de refém, só que esse cativeiro é virtual. 

Espero que fiquem bem e cuidado com o fígado. 

Como eu disse em um comentário anterior: o importante para empresas, pequenas ou grandes, é a relação CMg = RMg. Se for preciso cortar tradução de jogo em português (mesmo bem estabelecido) para sei lá quantos milhões de pessoas apenas para que essa equação fique a mais próxima possível da igualdade, ótimo, corta custo. É assim que funciona e ninguém tá nem aí pra experiência do consumidor, a "imersão que o jogo vai trazer na sua jogatina" e toda aquele sales pitch que já estamos cansados de ouvir.

Ou vai dizer que antigamente (sim, sou saudosista) a gente ficava preocupado se tal experiência tinha "imersão", "realismo"? 

Hoje não tem uma alma viva que não se refira a um jogo sem utilizar esse tipo de adjetivo. Mudaram até a forma como nos relacionamos com as coisas sem que percebamos. Mas é tudo para nossa "melhor experiência".

Preocupação com imersão é coisa de ameritrasher  
Mas a verdade é que o público reclama dos preços, que tem coisa demais, porém vai comprar. E vai comprar no financiamento coletivo ou pré-venda, pois tem medo de ficar sem o jogo. Isso já é algo estabelecido. 
E antigamente as pessoas ficavam felizes de ver o jogo que elas gostavam reaparecer no mercado depois de 10 anos esgotado. Hoje em dia se não saiu deluxe, e tá fazendo sucesso, na próxima vez que rodarem o jogo vai ser deluxe

joaoclaudio::Em primeiro lugar a turma que se diz defensora do pequeno lojista, tem que olhar para o histórico de compra e ver se tá realmente comprando no pequeno lojista. Discurso muito bonito, mas a gente sabe que na prática o comprador vai aonde tem as melhores condições. E spoiler, o pequeno no geral não tem essa possibilidade, pois não compra em escala. Qual o motivo das lojas abrirem pré-venda e no lançamento o jogo já fica um pouco mais barato? Aquela loja conseguiu vender uma quantidade que possibilitou pedir mais e pagar mais barato. 

Meu segundo ponto é que na nossa sociedade é assim. Quem tem dinheiro tem mais influência, querem mudar isso tem que mudar a infraestrutura da sociedade. Mas vocês não estão preparados para essa conversa. 

Isso é uma prática antiga de quase todas as editoras, esses parceiros diamante, já tem vantagens comerciais sobre os demais. Pagam mais barato, recebem antes. E um muito grande (a loja do Sr Cabeça de Ovo) que diz quanto vai pagar. E eles são tão grandes que eles fazem isso para todos os produtos que são vendidos lá. Se tem promoção na loja é porque a editora autorizou. Conversem com o seu lojista pequeno ele vai confirmar. Se é verdade que vocês tem esse lojista pequeno. 

Apesar de ter o poder de decisão, o consumidor é a parte mais fraca dessa relação. Tanto que muitos aqui estão indignados, mas não negam que tem planos em adquirir esse jogo e até mesmo futuros jogos. Nós nos colocamos nessa posição de refém, só que esse cativeiro é virtual. 

Espero que fiquem bem e cuidado com o fígado. 

Acredito que a maioria das pessoas que não moram numa capital e tem uma loja de bg/cardgames em sua cidade consome produto diretamente delas, pporque é onde vc acaba conhecendo amis gente para poder jogar, e a aproximação com o lojista te ajuda a conseguir bons descontos e etc. Ao menos essa é a realidade que eu vejo aqui na minha cidade e nas cidades vizinhas (sou do interior de sp).

Hardmans::Temos uma loja pequena em Cuiabá-MT. Aqui o Hobby ainda não é tão difundido como em outros lugares. Praticamente tiramos leite de pedra pra conseguir vender jogos. É completamente impossível chegar a concorrer com essas lojas grandes que tem palco em grandes centros. Jamais chegaremos ao nível diamante e estamos sendo extremamente prejudicados por essa nova politica da Galápagos. É uma editora que claramente não se importa com as lojas pequenas pois não faz nem cócegas no orçamento deles.     

Amigo, segundo alguns aqui é assim mesmo, manda quem tem dinheiro e a sociedade capitalista é a culpada. Reclamar num forum voltado para o hobby e seus consumidores, tentar discutir e refletir sobre as politicas e decisões que podem moldar o futuro do hobby só se vc comprovar que tem loja. Cadê o cnpj pra eu saber se vc pode falar alguma coisa? Todos temos que nos conformar. Entenda...
(Contem ironia)