Ficha do Jogo:
The Bridges of Shangri-La é um abstrato de expansão territorial e expedições, desenvolvido por Leo Colovini, onde os jogadores assumem o papel de líderes de uma tribo de certa cor, que buscam ocupar a cidade abandonada de Shangri-La. As principais mecânicas aqui são o controle/influência de área, assim como alocação de peças.
Leo Colovini é um autor de jogos bem interessantes, mas que curiosamente não criaram muita hype. Ele desenvolveu jogo como Inkognito, Clans, Justinian e até um jogo base da franquia Carcassonne, o The Discovery. Recentemente houve a primeira menção de trazer um jogo do autor ao Brasil, o Odyssey: Wrath of Poseidon, baseda no clássico Batalha Naval.
Sinopse do Jogo:
Os jogadores recebem uma pilha de tokens de vários ícones diferentes, todos de uma mesma cor, para representar seus mestres e aprendizes durante a partida.
Existe uma batalha violenta em busca do domínio das aldeias (ou vilas) vazias, e os jogadores devem preencher rapidamente essas aldeias com os seus mestres, representados pelos tokens. Paralelamente, também devem criar aprendizes, colocando um segundo token sobre um mestre da sua cor e depois migrá-los para combater em aldeias vizinhas. O coração deste jogo está em saber escolher o momento certo de cada ação... quando devemos multiplicar e quando devemos expandir.
Em cada turno, o jogador escolhe uma das três ações seguintes:
- Coloque um token de mestre: Coloque 1 mestre do seu abastecimento, para um correspondente símbolo desocupado em uma vila onde já existe, pelo menos, 1 mestre da sua cor.
- Recrutar novos aprendizes: Coloque até 2 tokens de seu abastecimento no topo de 2 mestres correspondentes do mesmo cor. Tokens em cima de mestres são sempre aprendizes. Um mestre pode nunca mais ter mais do que um aprendiz, em qualquer momento.
- Viagem dos aprendizes: Escolha um caminho ininterrupto pelo qual todos os aprendizes de uma vila irão viajar para uma vila adjacente. Você deve ter pelo menos 1 aprendiz no grupo de viagem.


A ponte atravessada durante a viagem é removida do jogo, e se uma vila está completamente isolada, a Pedra do Sábios é colocada naquela aldeia. Ou seja, quando uma aldeia fica completamente isolada, todas as pontes ao seu redor saíram do jogo, ela entra no estado de Nirvana. Recebe um marcador de vidro verde e nenhuma peça pode entrar mais ali.
Após uma expedição, temos que resolver os conflitos de viagem. A força de uma aldeia é o número total de tokens presentes (mestres e alunos, independentemente do proprietário). Se a vila de origem é mais forte que a vila de destino, ocorre:
- Se há um símbolo vazio combinando com um aprendiz, ele se torna um mestre;
- Se há um mestre da mesma cor que um aprendiz, continua a ser um aprendiz;
- Se houver correspondência de símbolos ocupados por outra cor, então os tokens dos oponentes são removidos, e o aprendiz se torna um mestre.
Quando a última pedra dos Sábios é colocada no tabuleiro, deixando 2 aldeias sem marcar por fim, o jogo termina. O jogador com a maioria dos mestres na board de ganha o jogo. Os aprendizes não marcam pontos ao fim da partida.
Avaliação:
The Bridges of Shangri-La é um abstrato que possui regras simples, e decisões difíceis, já que à medida que os jogadores forem migrando seus discípulos de uma aldeia para a outra, elas podem tornar-se demasiado fracas, e correrão o risco de perder mestres para tribos adversárias. É um jogo da escola clássica e elegante, estilo de autores como Kramer e Knizia. Indicado para quem gosta de jogos desafiadores, mas evitar longas seções de regras e muitas folhas de manual.
É um jogo limitado de 3 a 4 jogadores, e pode ser melhor aproveitado por todos com uma mesa cheia, que ajuda a impedir coalisões de 2 jogadores contra um terceiro mais fraco. É um excelente jogo, que merece ser reconhecido e melhor divulgado.