aldmdrummond::Eu de fato acho que partilhar experiências negativas humaniza o criador de conteúdo. Por mais que eu curta bastante o viticulture eu acho muito interessante escutar a opinião contrária. Mesmo quando se critica um jogo que você ama, por mais que haja um incômodo emotivo e nem todo mundo saiba lidar com isso, um ponto de vista oposto permite tirar o jogo do pedestal e reavalia-lo. O jogo pode subir ou cair no conceito do ouvinte, mas essa avaliação é preciosa pra todas as partes, inclusive para o hobbie como um todo. Uma das coisas mais legais que eu vejo na opinião da Carol é o descompromisso em venerar jogo a ou b. Pelo q me lembro já vi criticas ao Brass vindo dela e acho louvável uma opinião assim. Diversifica os pontos de vista sobre determinado jogo.
Entendo o argumento que o mercado brasileiro ainda não está pronto para um criador de conteúdo falando mal de um jogo, tanto pelo lado da editora quanto pelos ouvintes, mas ouvir um criador independente sempre falando bem de todos os jogos me gera indiferença de um criador de conteúdo que trabalha na Galápagos. É obvio q o criador da empresa não vai questionar o produto da marca.
O argumento de que o criador de conteúdo independente negocia que jogos receberá não ameniza o processo pois esse crivo não é percebido pelo público. Não acho fácil a vida de criador de conteúdo, principalmente do iniciante, mas, quando a grande maioria das reviews são extremamente positivas isso gera sim uma desconfiança no público (pelo menos em parte dele) sobra a validade daquela opinião.
Eu tenho uma visão um pouco diferente da sua. Eu não acho que um criador de conteúdo só falar bem de jogos deveria gerar desconfiança. Ele só fala bem dos jogos porque ele escolhe falar dos jogos que gostou. Simples assim. Acho que foi colocado muito bem no podcast todo o trabalho e tempo dispendido para produzir um conteúdo. Porque a pessoa vai escolher produzir um conteúdo para falar mal???? Eu acho que tem que escolher mesmo aquilo que você gostou para falar, porque falar algo que não gostou é muito chato.
Como no podcast eles fizeram um paralelo com outros hobbies vou fazer um aqui também. Eu participo de um grupo que produz conteúdo sobre uma série de TV faz mais de 20 anos. Há um tempo atrás começamos a fazer lives no youtube comentando episódios inéditos. Temos um grupo de pessoas que participam das lives, debatendo os episódios, e ano passado chegamos a ter várias séries diferentes dentro do mesmo universo. Ou seja, tem série para todos os gostos. Quando montamos os times para os programas, quem se disponibiliza é quem gosta mais daquela série, ou gostou muito do episódio. Em geral quando alguém não gosta e estava escalado, acaba cedendo o lugar para outro que tenha gostado. Eu acho que tem muito mais lógica você você juntar pessoas que gostaram para falar bem, do que passar 2 horas falando mal. Meu tempo é muito precioso para isso. Claro que nesse caso nem todo episódio é perfeito, vira e mexe tem coisas para serem debatidas que não foram bem feitas, não deram certo etc. Mas no geral sendo o episódio mais positivo do que negativo, vale a pena a participação. Agora tem gente que produz conteúdo sobre esse mesmo tema, e entra episódio e sai episódio, eles só falam mal, o tempo inteiro. Eu não consigo entender porque alguém vai utilizar o seu tempo só para falar mal de algo, e digo mais, as pessoas que esse tipo de gente agrega eu prefiro passar longe, mas muito longe. O ambiente é extremamente tóxico.
Agora voltando ao BGs, de qualquer forma, dependendo do formato dos programas podemos sim ouvir opiniões dos criadores de conteúdo dizendo que não gostaram de um jogo ou outro, quando por exemplo eles falam dos jogos que jogaram. Ou então grupos de whatsapp/telegram dos apoiadores dos canais podem ser uma boa forma de encontrar esse tipo de opinião, pois você vai ter mais pessoas jogando o jogo, com visões e experiências bem diferentes e portanto com opiniões variadas.
"Ah, mas não é possível que a pessoa faça review de quase tudo o que está saindo e está sempre falando bem." Pensando aqui, pelo menos pela minha experiência, quem produz conteúdo já tem um quê a mais de empolgação pelo hobby, juntando ao fato de que os jogos que chegam aqui no Brasil já passam por um filtro (não vem tudo o que lança lá fora) acho bem factível achar sim praticamente tudo bom. Eu já joguei quase 450 jogos e conto nos dedos os que eu realmente não gostei ou achei ruim. E alguns que não gostei não é porque são ruins, quebrados, mal feitos, desbalanceados ou o que quer que seja, mas porque muito provavelmente não são do meu gosto. Eu sou totalmente uma entusiasta do hobby e estou sempre me surpreendendo com jogos que me fazem pensar, como é que com tanto jogo que já saiu, como alguém ainda consegue criar algo interessante.
E só mais uma coisa porque já escrevi muito. Que bom que a gente vê infinitamente mais críticas positivas do que negativas. Imagina fazer parte de um hobby em que a maior parte do que tem disponível é ruim??