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  3. Descent: Lendas da Escuridão
  4. O "Efeito Magic" no Consumo de Boards Games

O "Efeito Magic" no Consumo de Boards Games

Descent: Lendas da Escuridão
  • iuribuscacio
    3108 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio27/11/23 20:04
    iuribuscacio » 27/11/23 20:04

    MuCiLoN::
    Oi Iuri,
    Acompanho teu trabalho e gosto dos teus textos, e até nem discordo da maior parte deste teu último texto, apenas ponderei que, talvez, o link com Magic tenha sido apenas superficial, é possível que, para denunciar o culto ao novo nos jogos de tabuleiro, necessariamente não seja necessário vincular ao Magic, que me parece, é uma natureza completamente diferente que se baseia não necessariamente no culto ao novo, mas em um sistema que pela sua própria identidade exige uma constante criação/renovação de elementos.

    Dito isso e friso novamente, não dicordei a maior parte de ti nem de tua obra, apenas fui um pouco mais reticente no dialógo com o Magic que, a meu ver, foi um pouco forçado.

    Caro MuCiLoN

    Meu amigo, me perdoe, se minha defesa foi demasiadamente apaixonada e seu carreguei demais nas cores. O fato é que às vezes a gente se empolga (basta ver o tanto que eu escrevi kkkk), e acaba esquecendo que está falando com um amigo. Portanto peço desculpas por eventuais exageros, e da minha parte não ficou nenhum ressentimento, apesar do meu texto dar essa impressão, em algumas passagens. A questão foi empolgação mesmo.

    No mais eu linkei o artigo com o Magic: The Gathering, porque nenhum outro jogo desperta tanto essa questão do culto ao novo, quanto ele. Além disso, uma coisa que fica cada vez mais clara, pelo menos na minha opinião, é que cada vez mais o hobby dos board games se expande e engloba outros jogos, que necessariamente não são jogos de tabuleiro, no sentido mais estrito do termo. Dessa forma, eu acho que cada vez faz menos sentido encarar card games como Magic, Pokemon, Yu-Gi-Oh, como se fossem um hobby em separado, mesmo que nem todos os jogadores de card games joguem board games.
      
    Por isso, no meu ponto de vista, atualmente board game é um termo cada vez mais genérico e abrangente que incluí não apenas CCG, TCG, LCG, e demais jogos contendo apenas cartas e "não-colecionáveis", como também jogos apenas com dados, como King's Gold, Zombidice, Yahtzee, Quarriors, Rory's Cube, entre outros. Aparentemente, excluindo os jogos que estão mais para brinquedos (e esse limite é muito discutível), hoje em dia se é jogo físico então é board game.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio

    1
  • iuribuscacio
    3108 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio27/11/23 20:12
    iuribuscacio » 27/11/23 20:12

    christian1985::Esse fenômeno do culto ao novo está disseminado na cultura do entretenimento em geral. Geralmente envolve os seguintes fatores, aparentemente dissociados, mas tomados em conjunto, fica evidente a ligação:

    - novidade
    - euforia
    - ansiedade
    - promessa de "imersão" (palavra mais traiçoeira do entretenimento)
    - medo (de ficar de fora)
    - medo de spoilers (é incrível como tem pessoas que têm absoluto pavor de spoilers)
    - curiosidade
    - necessidade de aceitação
    - inveja
    - comportamento de massas
    - competitividade
    - vaidade

    E a lista segue. Mas, basicamente, o marketing sabe explorar bem nossas vulnerabilidades. É capaz de nos convencer que tudo o que precisamos é o próximo lançamento da edição definitiva de colecionador limitada e que já está em pré-venda.


    Caro christian1985

    Rapaz, você acertou "no olho da mosca". É exatamente isso que eu penso, e sem dúvida alguma, esse culto ao novo não é uma exclusividade do board game. Isso também é muito forte no universo das séries, principalmente depois do advento das plataformas de streaming. Todo dia a pessoa fica sabendo de uma nova série que ela nunca ouviu falar, mas que os amigos juram de pé junto que ela é ótima e a pessoa tem de ver. 

    Com isso fica muito difícil conseguir acompanhar até mesmo as séries que já se gosta, porque toda hora aparece uma série nova. Do jeito que a coisa vai, no futuro as pessoas vão ter de arrumar um meio de não dormir, ou inventar o dia de 48 horas para dar conta de tanto conteúdo.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio 
      

    1
  • magicjebb
    126 mensagens MD
    avatar
    magicjebb27/11/23 23:05
    magicjebb » 27/11/23 23:05

    Compro muito poucos jogos, e quase nenhum pelo fator novidade.

    Quando um jogo me agrada MUITO e eu sei que as chances dele ser jogado com meus amigos ou família são altas, faço o possível pra trazer ele pra minha estante. Isso vale pra pérolas de vários estilos como A Ilha Proibida, Dead Man's Draw, Flip City, Splendor, Clank, Quest for Eldorado e Camel Up, entre outros.

    Só costumo me desfazer de jogos que não me agradam - ou não me agradam MAIS. Suchi Go e o próprio Magic são exemplos.

    Chega a ser estranho ver as pessoas comprando jogos por serem novidade e vendendo os antigos, mas... tem maluco pra tudo.

    O que eu sei é que, enquanto isso acontecer, eu vou continuar aproveitando pra conseguir os demais jogos que me interessam, mas que saíram de catálogo. Uma das melhores características de quem segue o hobby é o cuidado com os jogos. Comprar jogo usado vale muito a pena.

    Excelente texto. Excelente reflexão. Parabéns.

    2
  • iuribuscacio
    3108 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio28/11/23 02:27
    iuribuscacio » 28/11/23 02:27

    magicjebb::Compro muito poucos jogos, e quase nenhum pelo fator novidade.

    Quando um jogo me agrada MUITO e eu sei que as chances dele ser jogado com meus amigos ou família são altas, faço o possível pra trazer ele pra minha estante. Isso vale pra pérolas de vários estilos como A Ilha Proibida, Dead Man's Draw, Flip City, Splendor, Clank, Quest for Eldorado e Camel Up, entre outros.

    Só costumo me desfazer de jogos que não me agradam - ou não me agradam MAIS. Suchi Go e o próprio Magic são exemplos.

    Chega a ser estranho ver as pessoas comprando jogos por serem novidade e vendendo os antigos, mas... tem maluco pra tudo.

    O que eu sei é que, enquanto isso acontecer, eu vou continuar aproveitando pra conseguir os demais jogos que me interessam, mas que saíram de catálogo. Uma das melhores características de quem segue o hobby é o cuidado com os jogos. Comprar jogo usado vale muito a pena.

    Excelente texto. Excelente reflexão. Parabéns.

    Caro magicjebb 

    Rapaz, muito obrigado e fico muito satisfeito que o artigo tenha lhe agradado.

    No mais concordo consigo. Para mim não faz o menor sentido essa verdadeira fixação com o novo, que evidentemente não atinge 100% da comunidade boardgamer, mas sim uma grande parcela dela. Eu mesmo já fui assim, e tive época de comprar tudo que era lançado, pela pura empolgação de finalmente estar vendo board games internacionais sendo lançados aqui. Isso foi algo muito comum para quem já acompanhava o hobby, especialmente no início dos anos 2010, quando os lançamentos eram poucos. Quando saiu o Dixit, o Citadels, e o Game of Thrones Card Game foi uma corrida às lojas, e as pessoas nem queriam saber se o jogo era adequado ou não. Quem viveu essa época, certamente se lembra. 

    Com isso gastei muito mais dinheiro do que devia e acabei comprando muito jogos inferiores, ou inapropriados para a minha realidade em termos de grupo de jogo (Marvel Dice Masters, Dwarf King, Star Wars: Império vs. Rebelião, X-Wing Miniatures 1st Edition, Sim Mestre das Trevas, Intriga em Westeros, e alguns outros). Com o tempo a gente vai aprendendo, e tenho certeza que muita gente boa, e versada em board game, também passou por isso. Quem nunca, não é mesmo?!?! Isso é para você ver que eu não conto só vitória, não! KKKKKKKKK

    Claro que não se pode ficar totalmente alheio ao novo, para não deixar de conhecer novos jogos excelentes. Só para ficar em um exemplo, se uma pessoa tivesse parado no Stone Age em termos de jogos com alocação de trabalhadores, ela deixaria de conhecer jogos excelentes como Village, Lords of Waterdeep, Invasores do Mar do Norte e Viticulture. Se a pessoa ficasse parada no Abalone como jogo abstrato, ela jamais conheceria o Azul, um verdadeira obra-prima de board game, e por aí vai.

    Então não é uma questão de ignorar o novo, mas sim ter uma relação saudável com os novos lançamentos e acima de tudo ter a consciência de que o jogo será bom ou ruim, por seus próprios méritos, independente de ser novo ou não. É por isso que eu sempre me pergunto se eu realmente preciso comprar aquele jogo, quando estou para comprar um jogo novo, coisa que faço muito raramente nos dias de hoje. Isso já me evitou muitas compras das quais eu me arrependeria. Eu acho essa uma forma sensata de proceder em relação ao hobby.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio

    1
  • Joabfast
    881 mensagens MD
    avatar
    Joabfast28/11/23 13:40
    Joabfast » 28/11/23 13:40

    Boa reflexão.

    Concordo com quase tudo, exceto, com querer deixar um jogo bom guardado na coleção por anos e anos, parado, sem jogar, só pq é clássico e é  bom.

    Se não tiver vendo mesa por anos e anos, pq não vender e comprar algum outro novo que vai ser melhor aproveitado?

    Isso faz algum sentido, não?

    Mas eu tô aqui falando isso e não vendo meu carcassonne nem por decreto, mesmo tendo quase 1 ano sem jogá-lo. Haha.

    2
  • iuribuscacio
    3108 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio28/11/23 15:31
    iuribuscacio » 28/11/23 15:31

    Joabfast::Boa reflexão.

    Concordo com quase tudo, exceto, com querer deixar um jogo bom guardado na coleção por anos e anos, parado, sem jogar, só pq é clássico e é  bom.

    Se não tiver vendo mesa por anos e anos, pq não vender e comprar algum outro novo que vai ser melhor aproveitado?

    Isso faz algum sentido, não?

    Mas eu tô aqui falando isso e não vendo meu carcassonne nem por decreto, mesmo tendo quase 1 ano sem jogá-lo. Haha.


    Caro Joabfast

    Meu camarada, você perguntou e você mesmo respondeu. kkkkkkk

    Brincadeiras à parte, e excluindo o colecionismo e um eventual valor sentimental agregado, realmente não há sentido em se manter um jogo na coleção se você não joga. Mas pensa comigo, se o sujeito pesquisou um jogo clássico, assistiu vídeos e se interessou pelo jogo a ponto de comprá-lo, e despois de experimentá-lo ele manteve o jogo na coleção, não resta dúvida alguma de que para esse sujeito o jogo é bom.

    E aí vem a questão, se o o dono acha o jogo bom, porque motivo ele ficaria anos sem ser jogado, pegando poeira na estante? Isso para mim não faz sentido. E nem dá para falar em enjoo porque se alguém possui uma coleção pequena (50 jogos mais ou menos) e se todos são jogados com regularidade fica difícil enjoar porque cada jogo não verá tanta mesa assim. 

    Independente disso, o ponto do meu artigo não é nem esse. O que eu contesto é que se valorize demasiadamente o jogo recém lançado, apenas por ele ser novo, independente de ser um bom jogo ou não, e principalmente se ele é, ou não, adequado para o gosto da pessoa. Mantendo o seu exemplo, e sem fazer nenhum juízo de valor se um é melhor que o outro, mas imagina o sujeito vender o Carcassonne dele, para poder entrar na pré-venda do World Wonders (mais uma vez eu não estou comparando os dois), sem nem ver o jogo direito, só porque ele é um jogo novo. Depois o sujeito descobre que não curtiu o World Wonders, apesar do jogo ser ótimo, e que teria feito melhor negócio mantendo o Carcassonne que ele gostava de jogar. 

    Outro exemplo, imagina o sujeito já ter 7 Wonders original, mas mesmo assim comprar a segunda edição, cujas as modificações foram cosméticas acima de tudo, só porque ela é uma versão nova, apesar de não ter mudado quase nada. 

    É a esse tipo de comportamento que eu me refiro quando falo do fascínio pelo novo, que é tão comum no hobby dos board games. O que normalmente ocorre é que o sujeito entra no hobby e começa com meia dúzia de jogos, mas conforme ele vai conhecendo os jogos, ele acaba comprando cada vez mais, afinal existem muito mais jogos legais, do que uma pessoa comum consegue comprar. E se o sujeito se deixar levar pela opinião de terceiros, ele vai acabar comprando tudo que sai, (afinal pelo que se escuta no hobby parece que "a cada mês se lança uma obra-prima obrigatória em qualquer coleção", e dificilmente se vê uma resenha ou vídeo descendo o sarrafo em um jogo, todos eles são ótimos). Depois de um tempo o sujeito está com uma coleção inchada, com mais de 100/150 jogos. Isso vai muito além do que uma pessoa normal consegue administrar, em ternos de tempo disponível para jogar, sem deixar nenhum jogo mofando. 

    Por fim o que eu contesto não é que se venda um jogo clássico bom, para poder comprar um outro jogo bom recém lançado. O que eu contesto é que se venda um jogo clássico bom, só para comprar um jogo novo, apenas por ele ser novo, e porque toda a comunidade está falando que ele é bom, antes mesmo de se saber se aquele jogo é para você ou não. Gloomhaven e Twilight Imperium 4 são jogos fenomenais sem sombra de dúvida, mas não são para todas as pessoas, nem para todos os grupos.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio

    1
  • Arg_olirio
    3 mensagens MD
    avatar
    Arg_olirio03/12/23 17:11
    Arg_olirio » 03/12/23 17:11

    MuCiLoN::
    iuribuscacio::
    MuCiLoN::Não sou um jogador de Magic mas creio que resumir o hobby à uma compra desenfreada de conteúdo novo, talvez possa ser apenas uma visão superficial e/ou de quem não compartilha essa comunidade.

    Aliás, comunidade, acho que essa é uma das principais diferenças de jogadores de TCG, Wargames, entre outros, para os jogadores de tabuleiro, que em geral não se organizam em torno de um jogo ou de um sistema e, possivelmente, aí sim estão sempre engajados na busca do novo, justamente por terem laços tão frágeis, ou mesmo inexistentes, que os unem.

    Caro MuCiLoN

    Com todo o respeito, eu acho que você está equivocado em relação ao meu artigo, e por isso eu discordo do seu ponto de vista. Não quero de forma alguma "posar de veterano", nem tirar onda de "doutor em board game", porque isso não faz o menor sentido, nem é o meu estilo. Mas se você se der ao trabalho de conferir meus outros textos, você vai ver que eu nem sou um estranho à comunidade board gamer, e, principalmente, não sou superficial nos meus escritos. Muito pelo contrário eu me esforço para escrever sempre tratando do fenômeno cultural board game de modo mais profundo, e propondo reflexões que fogem do lugar comum. Não faço isso para parecer mais importante, afinal de contas eu sou apenas mais um dentro da comunidade, tenho meu próprio entendimento, assim como todo mundo, e procuro defendê-lo das melhor forma possível. Só acho que o universo dos board games é muito mais vasto do que falar apenas dos últimos lançamentos, analisar se o jogo tal roda bem com X ou Y jogadores, e por isso costumo abordar assuntos que normalmente não aparecem nos tópicos em geral.

    Além disso, em momento algum eu reduzi o hobby "à uma compra desenfreada de conteúdo novo". Evidentemente existem pessoas que não compram jogos novos há anos e estão muito satisfeitos com àquilo que já possuem. Porém, não se pode simplesmente ignorar o verdadeiro alvoroço que qualquer lançamento de peso, ou até mesmo o anúncio de um eventual lançamento causa na comunidade. Exemplos não faltam, e eu não vou nem falar de segundas edições, até porque nem precisa. Basta pensar na franquia Zombicide. Quando foi anunciado o Black Plague só se falava nisso, mesmo já havendo três "seasons", lançadas anteriormente. Só aí se pode dizer, "mas era uma novo cenário com forte influência do RPG". O problema é que logo depois surgiu o Green Horde, que, evidentemente era um jogo ligeiramente diferente, mas sob muitos aspectos era mais do mesmo. Agora a onda é o White Dead (Zombicide Oirental) e Zombicide de Super-Heróis. Não tenho absolutamente nada contra quem curte esses novos lançamentos,  e desejo que todos façam bom proveito, aliás Zombicide é uma franquia que eu também curto e tenho bastante coisa. Mas não dá para desconsiderar que ela é um exemplo claro do fascínio pelo novo, que não resume, mas é muito característico do hobby dos board games.

    Para não fizer que eu só falo do Zombicide, esse mesmo alvoroço ocorreu após o anúncio do Twilight Imperium 4, um jogo excelente, mas que pelo peso e complexidade é bem nichado, e não é para qualquer um. Mas na época do anúncio a impressão é que toda a comunidade era composta de amantes de jogos pesados. Isso se deveu principalmente pelo "fator novidade". E o Twilight Imperium 4 nacional foi lançado em 2019, quando o mercado nacional de jogos modernos já contava com uma boa quantidade de lançamentos anuais. O mesmo vale para jogos como Mage Knight  e Gloomhaven, que não obstante serem jogos excelentes, necessitam de um grupo de jogo bem estabelecido, a mesmo que se pretenda jogar solo, o que é contraditório no caso de jogos cooperativos. Muita gente comprou no embalo, e o Mage Knight quase não viu mesa, ou não se conseguiu completar nem um terço das inúmeras missões do Gloomhaven, e os jogos foram passados para frente. Todos os dois são jogos excelentes, mas como eu disse antes não são para todo mundo, o que torna temerário a compra no embalo, porque são jogos novos, e "todo mundo disse que são bons". 

    O mesmo ocorreu com o Insondável, que foi lançado como o sucessor espiritual do Battlestar Galactica, e atraiu muita gente num primeiro momento, que depois descobriram que o jogo tem partidas com tempo real de mais de 5 horas. O resultado é que se verificou uma migração em massa para o The Thing, que apresentava uma proposta semelhante, mas com partidas durando um terço do tempo do Insondável ou menos. Mais recentemente ocorreu o alvoroço Ark Nova, e a questão gerada pela venda antecipada na Gencon do World Wonders, antes da entrega da pré-venda nacional. Algumas pessoas não aguentaram esperar nem o prazo dado pela editora para por a mão no novo lançamento da vez. 

    Todos esses fenômenos, que obviamente não diminuem um milímetro que seja da qualidade e do prestígio dos jogos citados, são claros exemplos do poder que o "novo" exerce junto á comunidade board gamer, e não coisas que eu estou inventando, mas sim fenômenos verificáveis. Basta pesquisar nos diversos tópicos de cada um desses jogos. E mesmo que não se queira fazer isso, nem é preciso acreditar no que eu digo, basta apenas verificar o que ocorre quando um novo jogo de peso é anunciado.
    É por isso que eu discordo do seu ponto de vista, porque na minha opinião, frise-se embasada pelos exemplos citados acima, o fascínio pelo novo sempre foi, é, e pelo visto continuará sendo uma forte característica do hobby dos board games no nosso país, pelo menos até que a nossa comunidade boardgamer talvez amadureça um pouco mais.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio 
          
           

    Oi Iuri,
    Acompanho teu trabalho e gosto dos teus textos, e até nem discordo da maior parte deste teu último texto, apenas ponderei que, talvez, o link com Magic tenha sido apenas superficial, é possível que, para denunciar o culto ao novo nos jogos de tabuleiro, necessariamente não seja necessário vincular ao Magic, que me parece, é uma natureza completamente diferente que se baseia não necessariamente no culto ao novo, mas em um sistema que pela sua própria identidade exige uma constante criação/renovação de elementos.

    Dito isso e friso novamente, não dicordei a maior parte de ti nem de tua obra, apenas fui um pouco mais reticente no dialógo com o Magic que, a meu ver, foi um pouco forçado.

    Olá, a resposta você mesmo deu... É justamente pq você não é jogador de Magic, o rapaz do texto foi bem assertivo... 

    0
  • MuCiLoN
    499 mensagens MD
    avatar
    MuCiLoN03/12/23 17:19
    MuCiLoN » 03/12/23 17:19

    Arg_olirio::
    MuCiLoN::
    iuribuscacio::
    MuCiLoN::Não sou um jogador de Magic mas creio que resumir o hobby à uma compra desenfreada de conteúdo novo, talvez possa ser apenas uma visão superficial e/ou de quem não compartilha essa comunidade.

    Aliás, comunidade, acho que essa é uma das principais diferenças de jogadores de TCG, Wargames, entre outros, para os jogadores de tabuleiro, que em geral não se organizam em torno de um jogo ou de um sistema e, possivelmente, aí sim estão sempre engajados na busca do novo, justamente por terem laços tão frágeis, ou mesmo inexistentes, que os unem.

    Caro MuCiLoN

    Com todo o respeito, eu acho que você está equivocado em relação ao meu artigo, e por isso eu discordo do seu ponto de vista. Não quero de forma alguma "posar de veterano", nem tirar onda de "doutor em board game", porque isso não faz o menor sentido, nem é o meu estilo. Mas se você se der ao trabalho de conferir meus outros textos, você vai ver que eu nem sou um estranho à comunidade board gamer, e, principalmente, não sou superficial nos meus escritos. Muito pelo contrário eu me esforço para escrever sempre tratando do fenômeno cultural board game de modo mais profundo, e propondo reflexões que fogem do lugar comum. Não faço isso para parecer mais importante, afinal de contas eu sou apenas mais um dentro da comunidade, tenho meu próprio entendimento, assim como todo mundo, e procuro defendê-lo das melhor forma possível. Só acho que o universo dos board games é muito mais vasto do que falar apenas dos últimos lançamentos, analisar se o jogo tal roda bem com X ou Y jogadores, e por isso costumo abordar assuntos que normalmente não aparecem nos tópicos em geral.

    Além disso, em momento algum eu reduzi o hobby "à uma compra desenfreada de conteúdo novo". Evidentemente existem pessoas que não compram jogos novos há anos e estão muito satisfeitos com àquilo que já possuem. Porém, não se pode simplesmente ignorar o verdadeiro alvoroço que qualquer lançamento de peso, ou até mesmo o anúncio de um eventual lançamento causa na comunidade. Exemplos não faltam, e eu não vou nem falar de segundas edições, até porque nem precisa. Basta pensar na franquia Zombicide. Quando foi anunciado o Black Plague só se falava nisso, mesmo já havendo três "seasons", lançadas anteriormente. Só aí se pode dizer, "mas era uma novo cenário com forte influência do RPG". O problema é que logo depois surgiu o Green Horde, que, evidentemente era um jogo ligeiramente diferente, mas sob muitos aspectos era mais do mesmo. Agora a onda é o White Dead (Zombicide Oirental) e Zombicide de Super-Heróis. Não tenho absolutamente nada contra quem curte esses novos lançamentos,  e desejo que todos façam bom proveito, aliás Zombicide é uma franquia que eu também curto e tenho bastante coisa. Mas não dá para desconsiderar que ela é um exemplo claro do fascínio pelo novo, que não resume, mas é muito característico do hobby dos board games.

    Para não fizer que eu só falo do Zombicide, esse mesmo alvoroço ocorreu após o anúncio do Twilight Imperium 4, um jogo excelente, mas que pelo peso e complexidade é bem nichado, e não é para qualquer um. Mas na época do anúncio a impressão é que toda a comunidade era composta de amantes de jogos pesados. Isso se deveu principalmente pelo "fator novidade". E o Twilight Imperium 4 nacional foi lançado em 2019, quando o mercado nacional de jogos modernos já contava com uma boa quantidade de lançamentos anuais. O mesmo vale para jogos como Mage Knight  e Gloomhaven, que não obstante serem jogos excelentes, necessitam de um grupo de jogo bem estabelecido, a mesmo que se pretenda jogar solo, o que é contraditório no caso de jogos cooperativos. Muita gente comprou no embalo, e o Mage Knight quase não viu mesa, ou não se conseguiu completar nem um terço das inúmeras missões do Gloomhaven, e os jogos foram passados para frente. Todos os dois são jogos excelentes, mas como eu disse antes não são para todo mundo, o que torna temerário a compra no embalo, porque são jogos novos, e "todo mundo disse que são bons". 

    O mesmo ocorreu com o Insondável, que foi lançado como o sucessor espiritual do Battlestar Galactica, e atraiu muita gente num primeiro momento, que depois descobriram que o jogo tem partidas com tempo real de mais de 5 horas. O resultado é que se verificou uma migração em massa para o The Thing, que apresentava uma proposta semelhante, mas com partidas durando um terço do tempo do Insondável ou menos. Mais recentemente ocorreu o alvoroço Ark Nova, e a questão gerada pela venda antecipada na Gencon do World Wonders, antes da entrega da pré-venda nacional. Algumas pessoas não aguentaram esperar nem o prazo dado pela editora para por a mão no novo lançamento da vez. 

    Todos esses fenômenos, que obviamente não diminuem um milímetro que seja da qualidade e do prestígio dos jogos citados, são claros exemplos do poder que o "novo" exerce junto á comunidade board gamer, e não coisas que eu estou inventando, mas sim fenômenos verificáveis. Basta pesquisar nos diversos tópicos de cada um desses jogos. E mesmo que não se queira fazer isso, nem é preciso acreditar no que eu digo, basta apenas verificar o que ocorre quando um novo jogo de peso é anunciado.
    É por isso que eu discordo do seu ponto de vista, porque na minha opinião, frise-se embasada pelos exemplos citados acima, o fascínio pelo novo sempre foi, é, e pelo visto continuará sendo uma forte característica do hobby dos board games no nosso país, pelo menos até que a nossa comunidade boardgamer talvez amadureça um pouco mais.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio 
          
           

    Oi Iuri,
    Acompanho teu trabalho e gosto dos teus textos, e até nem discordo da maior parte deste teu último texto, apenas ponderei que, talvez, o link com Magic tenha sido apenas superficial, é possível que, para denunciar o culto ao novo nos jogos de tabuleiro, necessariamente não seja necessário vincular ao Magic, que me parece, é uma natureza completamente diferente que se baseia não necessariamente no culto ao novo, mas em um sistema que pela sua própria identidade exige uma constante criação/renovação de elementos.

    Dito isso e friso novamente, não dicordei a maior parte de ti nem de tua obra, apenas fui um pouco mais reticente no dialógo com o Magic que, a meu ver, foi um pouco forçado.

    Olá, a resposta você mesmo deu... É justamente pq você não é jogador de Magic, o rapaz do texto foi bem assertivo... 

    O texto afirma que o Magic teria inaugurado, ou popularizado, um culto ao novo e da compra desenfreada.
    Na minha opinião isso não é verdade,  a compra de conteúdo novo no Magic e em outros jogos de tabuleiro se dá de formas e por motivos distintos.

    1
  • iuribuscacio
    3108 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio04/12/23 12:34
    iuribuscacio » 04/12/23 12:34

    MuCiLoN::
    Arg_olirio::
    MuCiLoN::
    Oi Iuri,
    Acompanho teu trabalho e gosto dos teus textos, e até nem discordo da maior parte deste teu último texto, apenas ponderei que, talvez, o link com Magic tenha sido apenas superficial, é possível que, para denunciar o culto ao novo nos jogos de tabuleiro, necessariamente não seja necessário vincular ao Magic, que me parece, é uma natureza completamente diferente que se baseia não necessariamente no culto ao novo, mas em um sistema que pela sua própria identidade exige uma constante criação/renovação de elementos.

    Dito isso e friso novamente, não dicordei a maior parte de ti nem de tua obra, apenas fui um pouco mais reticente no dialógo com o Magic que, a meu ver, foi um pouco forçado.

    Olá, a resposta você mesmo deu... É justamente pq você não é jogador de Magic, o rapaz do texto foi bem assertivo... 

    O texto afirma que o Magic teria inaugurado, ou popularizado, um culto ao novo e da compra desenfreada.
    Na minha opinião isso não é verdade,  a compra de conteúdo novo no Magic e em outros jogos de tabuleiro se dá de formas e por motivos distintos.


    Caro MuCiLoN

    Meu camarada, só para esclarecer, eu não estou atacando o Magic, nem dizendo que o jogo é ruim, e nem tem como dizer isso, porque se o Magic não fosse um verdadeiro colosso de jogo ele não faria o sucesso que faz, e durante tanto tempo, mais precisamente 30 anos. Porém, isso não quer dizer que o Magic não tenha aspectos negativos, como tudo na vida. Nas suas próprias palavras: "Magic, que me parece, é uma natureza completamente diferente que se baseia não necessariamente no culto ao novo, mas em um sistema que pela sua própria identidade exige uma constante criação/renovação de elementos". Dessa afirmação, se pode concluir que a Wizard of the Coast lança material novo para o Magic o tempo todo, o que por si só não vincula o Magic, como o principal fomentador do culto ao novo. Só que a coisa não para por aí.

    O Magic: The Gathering possui campeonatos e torneios com regras definidas e divididos em categorias e formatos. Só que é preciso lembrar que o Magic não é um jogo feito especificamente para torneios, mas sim para jogar com seus amigos e vizinhos. Nesse caso, as regras de torneio não se aplicam obrigatoriamente. Usando um exemplo absurdo, nada impede que dois amigos joguem cada um com baralhos contendo 4 Black Lotus e 20 Moxis, caso tenham "bala na agulha" para tal, aliás muita bala na agulha. Isso só não é indicado, pelo desequilíbrio de forças contra alguém que não tenha um baralho tão "overpower". Traduzindo isso para um exemplo mais realista, basta pensar na situação em que um duelista "A" que use uma edição mais antiga "X", jogando contra um duelista "B", que use uma edição mais recente "Y". Nesse cenário, provavelmente o duelista "B" terá cartas possivelmente mais fortes e talvez conte com novas habilidades e vantagens que o duelista "A" não terá, e nem conseguirá, anular ou contrabalançar. Isso fará com que o duelista "A" se veja impelido a comprar a nova edição "Y", para se manter competitivo, pelo menos em relação ao duelista "B". Só que quando o duelista "A", conseguir isso, já terá saído a edição "Z", que o duelista "B" terá comprado, e assim por diante, em um círculo vicioso de compra desenfreada.

    Evidentemente, ninguém é obrigado a comprar nenhum material novo do Magic, mas isso limita significativamente a sua possibilidade de jogar o jogo. Veja só o meu caso, se eu tivesse conservado as cartas da 4ª edição, ainda assim eu poderia continuar jogando, mas para isso teria de encontrar outra pessoa que tivesse começado tão cedo e ainda mantivesse cartas de uma edição de quase 25 anos atrás. A possibilidade de conseguir jogar Magic nessas condições seria mínima. Portanto, o Magic funciona e sempre funcionou com base na atualização constante por parte dos jogadores, o que implica em comprar material novo, de uma forma geral. O conceito de venda de baralhos prontos só veio muito depois do início do Magic, quando o jogo já estava mais do que consolidado, e sem comprometer o esquema de compra constante dos novos lançamentos. E mesmo que se diga que as pessoas podem comprar cartas específicas em lojas especializadas, isso, mesmo que em menor escala, também é comprar material novo, ao menos em relação ao material que já se tem.

    Além disso, salvo engano todo ano é lançado material novo para o Magic, uma primeira expansão em um ano, mais duas no ano seguinte, e as três compõem um bloco único, com novas cartas e habilidades. Não tenho certeza se é assim que funciona atualmente, porque estou afastado há muito tempo, então me perdoe seu eu estou falando bobagem, mas é assim que eu me recordo que o Magic funcionava. Desse modo, a criação de material novo acontece literalmente todo ano. E esse material afeta o jogo como um todo, não apenas quem joga com aquela expansão. O Zombicide é uma franquia de jogos conhecida por lançar uma nova edição a cada dois anos, mas tem uma diferença. O Zombicide Black Plague não tem absolutamente nada a ver, nem afeta em nada quem tem as seasons 1, 2 e 3, do mesmo modo que a edição Invaders não afeta em nada quem tem a Black Plague ou a Green Horde. Claro que o Zombicide talvez não seja a melhor comparação, porque ele é cooperativo e o Magic competitivo. Porém, não dá para negar que tanto o Zombicide, quanto o Magic vivem da exploração do fascínio que o novo representa, mesmo que cada um à sua maneira. E isso tudo se iniciou com o Magic.

    É possível dizer, por exemplo, que o Warhammer 40k, anterior ao Magic, já trazia esse embrião de jogo calcado na compra de material novo. Porém, mais uma vez existem duas diferenças. A primeira é que o Warhammer 40k é um jogo muito mais caro, considerando apenas o material básico para jogar, e necessita de uma estrutura muito maior. O Magic só necessita de um baralho de 50 cartas, por isso ele é absurdamente mais difundido e jogado no mundo todo, tendo uma influência muito maior que o Warhammer 40k. É só comparar a quantidade de pessoas que jogam Warhammer 40k, com quem joga Magic, e isso apenas no Brasil. A segunda diferença é que o lançamento de novas edições do Warhammer é muito mais espaçada. Não é todo ano que se vê material novo do Warhammer 40k como acontece com o Magic. Assim sendo, pelo menos na minha opinião, que é contrária à sua, sem desdouro para nenhuma das duas, foi sem sombra de dúvida o Magic: The Gathering que criou e principalmente popularizou esse culto ao novo, que impera no hobby dos board games modernos, e não me recordo que nenhum outro jogo tenha atuado tão incisivamente nesse sentido.

    Por outro lado, eu te acho uma pessoa sensata e com pontos de vista interessantes, por isso eu te peço para elaborar um pouquinho mais o seu raciocínio, apresentando quais são os argumentos que te fazem pensar que "a compra de conteúdo novo no Magic e em outros jogos de tabuleiro se dá de formas e por motivos distintos".  Dessa forma nós poderemos enriquecer essa debate tão interessante. 

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio
       
     
        

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Descent: Lendas da Escuridão - O "Efeito Magic" no Consumo de Boards Games
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