dydimocosta::Colecionar dívidas conta como colecionismo?! 

Nesse hobby tem mta gente, já nem conta mais rsrs

Hudson Goulart::Eu adoraria colecionar variantes de xadrez comerciais e jogos abstratos. Mas a maioria desses jogos é importada. E isso tem atrapalhado muito.

Tem muitas assim?

R DKS::Eu me declaro culpado.

Tenho certamente muito mais jogos do que preciso ou do que consigo jogar. Provavelmente já tenho jogo para a vida inteira - se eu não fizer mais nada com isso.

Eis por que coleciono jogos de tabuleiro:

1 - Gosto da ideia por trás dos jogos que eu tenho;

2 - Promessa de diversão futura: agora com esposa e filhos eu não tenho tempo nem para jogar pinball no computador, quanto mais jogo de tabuleiro - maaaas, eu olho para a minha estante e por alguns segundos vem a sensação de uma boa tarde com jogos e amigos. É estranho, mas em alguns momentos eu jogo na minha cabeça, como a gente faz quando aprende a jogar xadrez;

3 - Eu tiro algum prazer em lidar com os jogos, mesmo quando não os jogo. Cuidar das peças, ler os livros de regras, até trocar a água retirada pelo desumidificador e passar melaleuca (que eu uso em vez de sanol);

4 - A ideia de oferecer essas experiências para as pessoas que eu amo: boa parte da minha coleção é ligada a história (principalmente jogos de guerra), economia (de Banco Imobiliário à 18xx) ou literatura e artes (de Pillars of the Earth a jogo dos Goonies). Gosto da ideia de um dia poder oferecer essas experiências lúdicas a filhos e amigos que estejam conhecendo ou estudando esses assuntos, além do objetivo primeiro dos jogos (que é divertir);

5 - Não tem sido um investimento tão ruim: por hora, pelo menos. Teve jogo que eu comprei há anos atrás e que não só manteve o preço, como se valorizou apesar do uso. E do jeito que as coisas andam, não ficarei surpreso se um dia acordar e me deparar com as ações que possuo com desvalorização de 50%+ enquanto os jogos continuam com esses preços insanos (pois uma ação que não paga dividendo e está desvalorizada não tem serventia, ao passo que um jogo que eu coloquei para vender ainda pode ser jogado até que a venda aconteça).

Posto tudo isso, tem dias que eu olho para os meus jogos e penso em vender tudo (são certamente mais de 500 jogos sem contar as expansões - minha lista no bgg está um tanto defasada) ou passo alguns minutos quebrando a cabeça procurando alguma serventia para os jogos - e para todo o resto que tenho na casa. 

No fim do dia, colecionar não faz sentido - mas, além de cuidar de quem se ama e de cuidar da alma, o que faz?

Amo ler manuais, tirar da caixa e manusear e tals, mas o tal do passar sanol é meio chato, viu rsrs Faço por obrigação!

Marcelo Utsch ::

R DKS::Eu me declaro culpado.

Tenho certamente muito mais jogos do que preciso ou do que consigo jogar. Provavelmente já tenho jogo para a vida inteira - se eu não fizer mais nada com isso.

Eis por que coleciono jogos de tabuleiro:

1 - Gosto da ideia por trás dos jogos que eu tenho;

2 - Promessa de diversão futura: agora com esposa e filhos eu não tenho tempo nem para jogar pinball no computador, quanto mais jogo de tabuleiro - maaaas, eu olho para a minha estante e por alguns segundos vem a sensação de uma boa tarde com jogos e amigos. É estranho, mas em alguns momentos eu jogo na minha cabeça, como a gente faz quando aprende a jogar xadrez;

3 - Eu tiro algum prazer em lidar com os jogos, mesmo quando não os jogo. Cuidar das peças, ler os livros de regras, até trocar a água retirada pelo desumidificador e passar melaleuca (que eu uso em vez de sanol);

4 - A ideia de oferecer essas experiências para as pessoas que eu amo: boa parte da minha coleção é ligada a história (principalmente jogos de guerra), economia (de Banco Imobiliário à 18xx) ou literatura e artes (de Pillars of the Earth a jogo dos Goonies). Gosto da ideia de um dia poder oferecer essas experiências lúdicas a filhos e amigos que estejam conhecendo ou estudando esses assuntos, além do objetivo primeiro dos jogos (que é divertir);

5 - Não tem sido um investimento tão ruim: por hora, pelo menos. Teve jogo que eu comprei há anos atrás e que não só manteve o preço, como se valorizou apesar do uso. E do jeito que as coisas andam, não ficarei surpreso se um dia acordar e me deparar com as ações que possuo com desvalorização de 50%+ enquanto os jogos continuam com esses preços insanos (pois uma ação que não paga dividendo e está desvalorizada não tem serventia, ao passo que um jogo que eu coloquei para vender ainda pode ser jogado até que a venda aconteça).

Posto tudo isso, tem dias que eu olho para os meus jogos e penso em vender tudo (são certamente mais de 500 jogos sem contar as expansões - minha lista no bgg está um tanto defasada) ou passo alguns minutos quebrando a cabeça procurando alguma serventia para os jogos - e para todo o resto que tenho na casa. 

No fim do dia, colecionar não faz sentido - mas, além de cuidar de quem se ama e de cuidar da alma, o que faz?

Pois é... tenho o War da junvetude ainda... que já joguei com meus filhos e eles com os amigos...
Jogo de tabuleiro é algo quase eterno se bem guardado e rende não só boas surpresas paras as novas gerações mas o saudosimo de bons momentos vividos.

Tenho sorte de ter filhos - e agora uma companheira - que amam jogos de tabuleiro e se querem saber, dificilmente temos momentos tão divertidos juntos, quanto os que temos jogando Board Games.

Se é uma obcessão?... Jamais. Mas um bom ato cultivado ao longos dos anos.

Meu filho tem um ano e ja sonho em quando vou poder jogar com ele. Imagino que seja muito bom!

Mateus Dantas::

Marcelo Utsch ::Nossa... assunto delicado e profundo que passa com camadas e camadas de realidade, condição financeira, sonhos e frustrações de criança. 

Eu sempre colecionei algo, ou melhor... guardei com muito cuidado e carinho... ícones da minha infância e adolescência, como uma coleção de gibis Vietnam, os almanaques do Escoteiro Mirim, HQs esparsas do Homem Aranha e algumas Revistas Corpos de Elite e Magnum que comprava com regularidade (tenho tudo até hoje... peças com mais de 38 anos inclusive).

Mais velho e com melhores condições, comecei uma coleção de HQs, livros e guias de Star Wars (tema que amo de paixão), e não raramente fui cair no X-Wing (board-game)... Funkos, figures, capacetes... e mais Board-Games temáticos como Rebellion, Orla Exterior, Clone Wars e Imperial Assault!

Então sim Senhor... sou um pecador, daqueles felizes da vida!

Uma duvida: Esses Gibis e HQs vcs leem de novo depois?

No meu caso sim. As vezes muitas e muitas vezes ao longo dos anos. As vezes por mais de uma pessoa. Virou uma Gibiteca!
As mais antigas, ainda em papel pulp, manejo com cuidado e releio bem mais exparsadamente.

O que rola - com STAR WARS em específico - é que sou Narrador de RPG sobre o tema... então tenho consultas e inspirações nas HQs, além de servirem evantualmente como fonte riquíssima de imagens. Acredite se quiser, as HQs me dão mais subsídios que os guias ilustrados.

Os meus tem 11 e 19... então meu caro, é só alegria. Agora a pouco, joguei uma partida de Carcassone com o mais novo... e ele adora!

Joabfast::Por aqui, não coleciono mais nada. Cheguei aos 30 anos e não acumulo mais nada que eu não vá usar.
Hoje em dia eu odeio guardar coisa que não tem uso.

Quando eu era criança e adolescente, colecionava geloucos, tazos, cartas de yugi-oh, bonecos do power ranger e do Max Steel e etc, rsrs.

Hoje, faço o possível pra me livrar de tudo que não uso.
Os boardgames, quando vejo que não vai ver mesa, vendo logo.

As palavras de um sábio

Mateus Dantas::

Hudson Goulart::Eu adoraria colecionar variantes de xadrez comerciais e jogos abstratos. Mas a maioria desses jogos é importada. E isso tem atrapalhado muito.

Tem muitas assim?

Até que tem!
E boa parte delas não está cadastrada na Ludopedia. Pelo motivo de não ter sido lançada no Brasil, suponho. Mas também porque algumas das opções são mais artesanais do que industriais.
Eu adoraria ter um conjunto de xadrez gótico de Ed Trice. Recentemente foi renomeado de Gothic Chess para Trice Chess. Ou o magnífico, e caríssimo!, conjunto em madeira do xadrez de Capablanca, oferecido pela loja House of Staunton. Ou ainda os kits e os tabuleiros do Musketeers Chess. E também o nada barato Gravity Chess, vendido pela Chess 24.
Mas sonho mesmo, quase impossível de realizar, seria adquirir alguma cópia remanescente do HyperChess. Nem sei se o inventor ainda está vivo.
Um que sei que está é o autor do Castle Siege Chess. O cara fundou até um clube dedicado ao jogo dele. Também existem por aí cópias artesanais, lindíssimas e caríssimas, de jogos como Jetan. Bem mais fácil seria adquirir um conjunto industrial de Makruk, vendido na Amazon gringa.
A primeira variante comercial de xadrez que descobri, há mais de uma década, foi o alucinado Sovereign Chess. Ainda em meus planos. Apesar de eu duvidar muito que seja um bom jogo. Em seguida vieram Xadrez Strato, 3Man Chess, PlunderChess, Chessplus: Combine & Conquer, Colour Chess + Lure; xadrez hexagonal de Glinski, disponível na loja The Game Crafter; Memory Kings, na mesma loja; Turnover Chess, e, por fim, o sensacional Xadrez Omega, esgotadíssimo. E acabei de me lembrar que eu tinha esquecido do Tile Chess, Beyond Chess, Missing Chess...
Há ainda algumas outras variantes comerciais. Que nunca entraram na lista por eu não achá-las interessantes.
Quanto aos jogos abstratos, são abstratos raiz. Eu chamo os jogos "abstratos" que são uma subcategoria dos jogos modernos (jogos como Azul, Patchwork, Calico, etc) de abstratos Nutella. São aqueles jogos supostamente abstratos que possuem coisas como "artista ilustrador". Eu distingo esse tipo de jogo dos jogos abstratos raiz.
São jogos como Queops (Pylos), Quarto!, Quoridor, Otrio, Tak, Taças Russas, Quixo, Pentago (esse eu já tenho), Pentagon, Reversi (Othello), Camelot (I), Ploy War, Blindside...
Ufa! Já chega, né. Meu bolso adoeceu só de pensar nessas loucuras. 

Hudson Goulart::

Mateus Dantas::

Hudson Goulart::Eu adoraria colecionar variantes de xadrez comerciais e jogos abstratos. Mas a maioria desses jogos é importada. E isso tem atrapalhado muito.

Tem muitas assim?

Até que tem!
E boa parte delas não está cadastrada na Ludopedia. Pelo motivo de não ter sido lançada no Brasil, suponho. Mas também porque algumas das opções são mais artesanais do que industriais.
Eu adoraria ter um conjunto de xadrez gótico de Ed Trice. Recentemente foi renomeado de Gothic Chess para Trice Chess. Ou o magnífico, e caríssimo!, conjunto em madeira do xadrez de Capablanca, oferecido pela loja House of Staunton. Ou ainda os kits e os tabuleiros do Musketeers Chess. E também o nada barato Gravity Chess, vendido pela Chess 24.
Mas sonho mesmo, quase impossível de realizar, seria adquirir alguma cópia remanescente do HyperChess. Nem sei se o inventor ainda está vivo.
Um que sei que está é o autor do Castle Siege Chess. O cara fundou até um clube dedicado ao jogo dele. Também existem por aí cópias artesanais, lindíssimas e caríssimas, de jogos como Jetan. Bem mais fácil seria adquirir um conjunto industrial de Makruk, vendido na Amazon gringa.
A primeira variante comercial de xadrez que descobri, há mais de uma década, foi o alucinado Sovereign Chess. Ainda em meus planos. Apesar de eu duvidar muito que seja um bom jogo. Em seguida vieram Xadrez Strato, 3Man Chess, PlunderChess, Chessplus: Combine & Conquer, Colour Chess + Lure; xadrez hexagonal de Glinski, disponível na loja The Game Crafter; Memory Kings, na mesma loja; Turnover Chess, e, por fim, o sensacional Xadrez Omega, esgotadíssimo. E acabei de me lembrar que eu tinha esquecido do Tile Chess, Beyond Chess, Missing Chess...
Há ainda algumas outras variantes comerciais. Que nunca entraram na lista por eu não achá-las interessantes.
Quanto aos jogos abstratos, são abstratos raiz. Eu chamo os jogos "abstratos" que são uma subcategoria dos jogos modernos (jogos como Azul, Patchwork, Calico, etc) de abstratos Nutella. São aqueles jogos supostamente abstratos que possuem coisas como "artista ilustrador". Eu distingo esse tipo de jogo dos jogos abstratos raiz.
São jogos como Queops (Pylos), Quarto!, Quoridor, Otrio, Tak, Taças Russas, Quixo, Pentago (esse eu já tenho), Pentagon, Reversi (Othello), Camelot (I), Ploy War, Blindside...
Ufa! Já chega, né. Meu bolso adoeceu só de pensar nessas loucuras. 

Caraca, confesso que nunca ouvi falar de nada disso rsrs
Jogos do submundo KKK

Mateus Dantas::Caraca, confesso que nunca ouvi falar de nada disso rsrs
Jogos do submundo KKK

Isso é relativo. Eu nunca tinha ouvido falar de Magic. Quando ouvi falar de Magic pela primeira vez eu já tinha 5 ou mais jogos modernos na minha coleção.
Eu conhecia Eclipse, da Gigamic, e ainda não tinha ouvido falar de Magic.
Mas numa coisa tenho que concordar com você. A tribo dos aficcionados por variantes de xadrez é reduzida até em termos mundiais. Eles se reúnem no site Chess Variants.

Bom, pensando bem, não é que a turma dos jogadores de variantes de xadrez seja pequena. Em sites como o Lichess ou o Chess.com milhões de partidas de variantes de xadrez são jogadas! (Mas sites como o BrainKing, Green Chess, PyChess, Play Strategy, Scheming Mind ou EvoChess, que têm foco específico em variantes de xadrez, vivem às moscas.) A tribo dos variantistas - ou seja, aqueles que preferem as variantes ao xadrez normal, e eventualmente têm interesse em criar uma nova variante - essa sim, é muito reduzida.