iuribuscacio::
Agora, no Brasil, um país onde juiz vende sentença e manda soltar chefe de facção criminosa, que é muito mais grave não dá para esperar muita seriedade em uma mera questão se a empresa XYZ copiou o jogo da empresa ZYX. E olha que nesse caso n[os não estamos falando de bandidinho pé-de-chinelo, até porque esses não tem dinheiro para bancar essa benesse, é bandidão mesmo. E até mesmo quando não existe dinheiro nem corrupção envolvida, ainda assim, acontecem verdadeiros absurdos. É gente que é presa através de identificação de foto 3x4, pega nas redes sociais, e aí descobre-se que o sujeito nem estava na cidade na hora do crime, que é inocente e mesmo assim ele corre o risco de ficar mais de um mês preso até que todos os trâmites e procedimentos judiciais para soltar o infeliz sejam resolvidos. Não sou militudo do movimento negro, mas curiosamente isso não acontece com nenhum suspeito loiro de olhos azuis que more em um bairro nobre da cidade.
Do mesmo modo, eu soube de um processo trabalhista, em que um sócio resolveu fechar uma empresa, mandou todo mundo embora, não pagou e mandou todos os funcionários buscarem seus direitos na justiça. Até aí tudo bem porque isso é até comum. O problema é que essa caso aconteceu em 1993, e hoje 30 anos depois ainda tem empregado que ainda não recebeu as verbas rescisórias.
Por fim, como aqui no Brasil, o país das empresas falidas e dos empresários milionários, é mais do que comum o perdedor do processo sumir e não pagar, o que é muito mais difícil de acontecer no EUA, essa questão de entrar na justiça, mesmo sem razão, para tentar arrumar algum dinheirinho em um acordo baixo, acontece com bem menos frequência.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio
O pior que esse negocio de despersonalizacao, tb ocorre na Suprema do USA, o que e onde ta dando merdas similares ao que acontece no judiciario todo no Brasil
De verdade, o sistema judiciario e todo voltado para os ricos e poderosos no mundo todo. Isso q voce descreve das doidices no Brasil, acontecem igualmente no USA (nao falo na europa pq mumca vivi la, mas pelas confusoes na Franca e Alemanha, nao deve ser muito diferente). Mas a grande diferenca, e que em geral, a justica la corre mais rapido. Um processo nao fica correndo por 20, 30 anos como aqui. Mes passado mesmo estava vendo um rolo de um imovel que o inventario tava rolando a 43 anos. Infelizmente nao tem como um pais ser serio quando um processo aleatorio pode levar decadas para finalizar, e ai nao ser cumprido porque nao tem sistema para enforcar a decisao. Por que no fundo, no fundo, e isso que acontece.
Sobre os SLAPPs nao e para conseguir dinheirinho, e para remover qq coisa que incomoda, e fazer que outros nao falem tb por medo da reacao. O Trump mesmo e o campeao disso. Disclaimer, nao gosto do Trump, mas tambem nao gosto do Biden. acho que o unico predente do seculo XXI que gostei foi o Obama, mas acho que ele perdeu meio mandato tentando trabalhar com a oposicao, que estava la para fazer bagunca.
Por fim, para mim, no estado da tecnologia atual, ainda termos Juizes decidindo caso, e um sinal da falha completa e total da profissao de direito. Nesse ponto, ja existe tecnologia para voce ter resultados consistentes, baseados em parecer tecnicos nas decisoes, e nao essa palhacada que existe hj no Brasil, e em varios paises do mundo que chamam de judiciario. Como um engenheiro, para mim e um absurdo que dois juizes possam descordar de uma sentenca, e se uma lei nao permite uma decisao clara, tecnica com parametros mensuraveis, deveria voltar para o legislativo para ser arrumada.
PS - Sobre empresas falidas e empresarios milionarios, esse e um problema que eu concordo com os conservadores americanos, acho um absurdo o sucesso ser de responsabilidade privada, e o fracasso culpa da sociedade (no sentido de quem fica com o resultado ou paga a conta). Em 2008 foi um absurdo o bail out da GM pelo governo americano.Ou em 2009 os 140BI que foram dados ao Bank of America. Teve sucesso parabens, faliu, faliu... Baio deveriam usar meu Tax money para salvar o negocio do cara, que vai continuar com o lucro.