rOrtiz::
1º lugar: Santorini - Foi minha primeira decepção e a primeira a gente nunca esquece. Comprei na pré-venda, paguei algo em torno de R$ 250,00 + frete. Li reviews, assisti vídeos, é um xadrez "fofinho" com superpoderes, para ser jogado com pessoas da família que amam Takenoko (temos mais de 100 partidas do jogo do pandinha). Qual a chance de dar errado? 
Foi uma decepção absurda, sensação de Chaves sendo expulso da vila. A única pessoa que jogou comigo foi minha irmã e, ainda sim, senti que foi por dó. Ela testou todas as cartas comigo, e quando acabou, guardamos o jogo sem gerar nenhuma resenha. Foi frustrante. Outras pessoas jogaram, mas foi coisa de uma partida e guarda a caixa. 

2º lugar: No Thanks - Essa foi minha segunda decepção, mas muito peculiar. Na verdade esse jogou brilhou sempre que viu mesa. Porém, minha noiva não gostava (por razões até hoje não compreendidas). E agora que casei e mudamos de cidade, ela é minha principal parceira de jogatinas e quando viajamos e levamos aqueles joguinhos pequenos pra jogar com a família, No Thanks fica de castigo. 

Putz, aconteceu parecido aqui com Santorini, mas joguei ele em uma tabuleria, em vez de comprar. Eu adorei o joguinho, mas minha esposa detestou. Acho que ela tem dificuldade com esses jogos com posicionamento espacial, e nesse caso foi pior ainda porque além do posicionamento no plano, tem a questão da altura. Eu percebia que ela fazia umas jogadas muito sem noção e parecia não estar entendendo nada, e eu ganhava todas com muita facilidade e em pouquíssimos minutos. Obviamente, ela nunca mais quis jogar.

Triste pelo No thanks, acho ele muito divertido e sempre levo ele pra esses encontros em família. Só por curiosidade, quais jogos costumam ocupar esse lugar do No Thanks nas jogatinas familiares?

Runewars + Expansão: minha maior decepção até hoje. Nos fóruns gringos o pessoal fala dele como se fosse um "TI com temática medieval".

Comprei o jogo com a expectativa lá no alto, li bastante antes, acompanhei até achar um preço razoável no jogo mais expansão...

... e Deus me livre, joguei duas partidas super arrastadas, intermináveis!!! A primeira vez joguei sem a expansão para entender o jogo. Resultado: não gostei. Aí falaram que a expansão melhorava demais o jogo, que virava outra coisa. Fui jogar e alongou ainda mais o que já parecia arrastado. 
Não gostei do sistema de virar cartinhas para definir sucesso ou falha nos testes. 
Não gostei da fase do herói que parece desconectada do resto do jogo. 
Não gostei da duração do jogo. No final resolvemos encurtar a partida porque todo mundo estava com preguiça de jogar. 
O jogo realmente tem algumas coisas legais, tipo os monstros no mapa que vc pode tentar converter, exércitos assimétricos. Mas assim, TI4 foi um jogo que explodiu minha cabeça, é um jogo grande mas é muito mais redondo do que o Runewars. O Runewars é um jogo que merecia uma atualização para ficar mais direto, eu sinto que o jogo tem gordura demais sobrando (para pouca diversão). 

Resultado, vendi rapidinho. Nunca mais quero ver nem pintado de ouro. 

gtisot::Baita tópico! 

A maioria das minhas decepções foram com jogos baratos, então não tenho tanto aquela sensação de que perdi dinheiro. Para jogos maiores e mais caros, sempre pesquiso muito e é raro eu errar, embora existam alguns casos, listados abaixo.

Kariba: Geral fala bem desse joguinho, e eu tinha a sensação de que era bomba. Comprei porque é impossível que todos estejam errados, não é? Pois então... Foi bomba. E não foi por falta de tentativas. É bobo e raso demais, e a arte infantil reforça essa sensação. Aliás, Knizia sempre me decepcionou, exceto com High Society, que inclusive surpreendeu bastante.

Fantasy Realms: Outro que entrei no hype do covil, mas ele é chato e aleatório demais, o jogo é muito rápido pra dar tempo de montar qualquer tipo de estratégia. Jogamos algumas partidas na semana que chegou e nunca mais foi pra mesa.

Tiny Epic Galaxies: Adorei o jogo, mas ninguém mais curtiu. Meu grupo não parece ter interesse por esses jogos de caixinha pequena com vibe de jogo grande. Se é pra jogar algo com vibe de jogo grande, por que não jogar um jogo grande? A série tiny epic só funciona pra mim em uma única situação: viagens.

Innovation: Mais uma caixinha pequena. O jogo é bom pra caramba, mas ninguém mais gostou além de mim. Triste.

Oh My Goods: Outro jogaço em caixinha pequena. Não tem jeito, a galera aqui só quer saber de caixão mesmo.

Brazil imperial: Agora entramos nas caixas grandes. Esse aqui eu estava sentindo que era bomba, mas entrei no hype da comunidade. Coloquei na mesa algumas vezes, e a sensação sempre foi unânime: "por que não estamos jogando Scythe?". Na época do lançamento ainda tinha muita gente defendendo ele por ser nacional e justificar o investimento, mas me parece que atualmente já há um consenso de que o jogo é meia boca mesmo.

Twilight Struggle: Amo TS, mas está parado na estante há anos. Minha esposa até gosta dele, mas ela não tem disposição pra ficar 3 horas na mesa jogando algo de duelo. Destemidos Normandia agora ocupa esse lugar e é nosso jogo de duelo preferido. Enquanto isso, o jeito é jogar o TS no app pra matar a saudade.

A Tripulação (The Crew): Ninguém gostou, talvez por falta de experiência com vazas. E por ser cooperativo, ficou tudo ainda mais contraintuitivo. Espero dar uma nova chance pra ele algum dia, agora que já temos um pouco mais de bagagem com vazas competitivas.

Fallout: Ok, esse não foi bem uma decepção porque eu já sabia que era ruim. Mas estava barato e eu gosto da franquia. Ninguém gostou, como era esperado, mas mesmo assim eu gosto de jogar solo e entrar no mundinho.

Tainted Grail: Um dos meus preferidos para jogar solo. Apenas não tentem jogar em 3 ou 4 pessoas, e uma experiência maçante em nível extremo. Em 2 até vai, mas o ideal é solo mesmo.

Dead of Winter: O jogo é legal, mas a única vez que coloquei ele na mesa foi com mesa cheia e a maioria das pessoas eram iniciantes e esperavam algo no estilo de Zombicide. A partida foi tão longa e tão deprimente quanto a temática do jogo. Mas nesse eu assumo a culpa, eu quis empurrar um jogo para o qual a mesa não estava preparada. Desde então, está parado na estante há quase 5 anos, retirado apenas pra uma ou outra partida solo. The Thing substituiu o Dead of Winter com louvor.

Tenho muitas outras decepções, mas daí não são com jogos que comprei, ou são casos em que comprei, meu grupo gostou, e quem não gostou fui eu (mas esses casos aparentemente não se encaixam no assunto do tópico, então deixa pra lá).

Opa, tudo bem? 
Seu comentário é interessante, você expandiu para criticar alguns jogos e não tem nada de errado nisso se ele decepcionou teu grupo e causou a sensação de dinheiro mal gasto. Sem querer fugir muito, mas aproveitando teu gancho sobre o Knizia, tenho Quest For Eldorado (e jogamos muito aqui) e tenho Arte Moderna (raramente vê mesa, poucos do meu grupo jogam - mas eu gosto muito). No caso do Kariba, aqui foi justamente ao contrário, meu grupo gostou muito e agora divide espaço com Love Letter quando queremos jogar algo raso, divertido e sem compromisso.
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Se o tópico servir pra ficarmos espertos com o hype dos criadores de conteúdo ou da comunidade em si, também é válido e fico feliz. 
Obs.: tenho muito mais jogos bem comprados por causa de criadores de conteúdos, mas existem alguns duvidosos.
Vou dar um exemplo inverso: ganhei Camisa 12 de amigo secreto. Pedi o jogo pra jogar solo, porque amo futebol e gostei das gameplays dos criadores de conteúdos. Quando chegou, testei o jogo com minha esposa, ela amou (e eu não esperava por isso, pois ela não gosta de futebol) e chegamos a jogar com todos os times e seleções disponíveis no jogo base.

Para contribuir com o tópico de forma mais objetiva.

Unbroken, esse jogo foi uma bela decepção para mim, é solo.
Levou anos depois de pronto para eu receber e quando recebi a jogabilidade foi o oposto do que eu esperava.

Já joguei jogos que gostei mesmo não gostando de algo, seja o tema ou alguma mecânica.
Nesse tinha tudinho para eu gostar, mas não fluiu.

Por ser solo, esse "ninguém gostou" é comigo mesmo.

Gears of war
Xcom

Aqui foi o 7 Wonders Duel. Meu companheiro gostou bastante, mas confesso que eu sempre acabava escolhendo outro jogo ao invés desse. Foi vendido pra dar espaço para outros jogos

gtisot::

rOrtiz::
1º lugar: Santorini - Foi minha primeira decepção e a primeira a gente nunca esquece. Comprei na pré-venda, paguei algo em torno de R$ 250,00 + frete. Li reviews, assisti vídeos, é um xadrez "fofinho" com superpoderes, para ser jogado com pessoas da família que amam Takenoko (temos mais de 100 partidas do jogo do pandinha). Qual a chance de dar errado? 
Foi uma decepção absurda, sensação de Chaves sendo expulso da vila. A única pessoa que jogou comigo foi minha irmã e, ainda sim, senti que foi por dó. Ela testou todas as cartas comigo, e quando acabou, guardamos o jogo sem gerar nenhuma resenha. Foi frustrante. Outras pessoas jogaram, mas foi coisa de uma partida e guarda a caixa. 

2º lugar: No Thanks - Essa foi minha segunda decepção, mas muito peculiar. Na verdade esse jogou brilhou sempre que viu mesa. Porém, minha noiva não gostava (por razões até hoje não compreendidas). E agora que casei e mudamos de cidade, ela é minha principal parceira de jogatinas e quando viajamos e levamos aqueles joguinhos pequenos pra jogar com a família, No Thanks fica de castigo. 

Putz, aconteceu parecido aqui com Santorini, mas joguei ele em uma tabuleria, em vez de comprar. Eu adorei o joguinho, mas minha esposa detestou. Acho que ela tem dificuldade com esses jogos com posicionamento espacial, e nesse caso foi pior ainda porque além do posicionamento no plano, tem a questão da altura. Eu percebia que ela fazia umas jogadas muito sem noção e parecia não estar entendendo nada, e eu ganhava todas com muita facilidade e em pouquíssimos minutos. Obviamente, ela nunca mais quis jogar.

Triste pelo No thanks, acho ele muito divertido e sempre levo ele pra esses encontros em família. Só por curiosidade, quais jogos costumam ocupar esse lugar do No Thanks nas jogatinas familiares?

Aqui em casa, para jogos rápidos e em grupo: Pega em 6, Love Letter, Bang Dice Game, The Resistence, Saboteur, e Kariba. 
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Num segundo escalão (com menor frequência de mesa): Hanabi, Entre Linhas, Código Secreto, Capital Lux, Sushi Go Party e Loot.
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Para jogar em dois: Jaipur.
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Coup perdeu espaço faz um tempo (mas cumpriu seu papel) e Homem Batata está indo para o mesmo caminho (mas vou tentar achar um espaço).
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Bohnanza via muita mesa, mas está com meu amigo e faz tempo que não o vejo. Minha família gosta bastante também.
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O No Thanks só verá mesa se minha esposa não estiver nela, porque realmente só ela não gosta e nossa família acha o jogo absurdamente bom.

Tive uma experiência terrível com Quacks. Tive que acabar a partida antes de terminar o jogo, o pessoal tava quase pulando da janela.

Cascadia também não agradou tanto, nem Fantasy Realms

Na verdade, eu dei de cara com um grande elefante aqui na minha prateleira de jogos e decidi encará-lo ultimamente, ou melhor, reconhecê-lo. Como muita gente, eu comecei no hobbie comprando jogos que eu achei que iriam ser legais de jogar. Todo mundo "fantasia" uma experiência com determinado jogo e o potencial de diversão com seus amigos. Acabou que, hoje, eu tenho vários jogos que quase nunca jogo. Eu já pensei em vendê-los, mas, honestamente, não ia fazer muita diferença pra mim, não é uma grana que me faz falta e nem é uma questão de grana. Eu sigo os mantendo aqui com a esperança da oportunidade perfeita, ainda que seja esporadicamente.

Quando eu reúno uma galera, é sempre muito casual, então o que vê mesa é dixit, the mind, spyfall, exp. kittens, Só uma e Sintonia (party, mas uma das melhores experiências de jogo que já tive).

Eu consegui uma cópia de Clank Catacombs e antes de abrir, eu pensei em vender, mas não o fiz porque foi uma amiga que fez um puta esforço pra trazer pra mim em uma viagem. Quando eu joguei com meu irmão para testar, eu confirmei. O jogo é legal, mesmo eu sendo horrível nesse tipo de jogo, eu gostaria de jogar com mais pessoas, mas é um tipo de jogo que tem regras demais e te faz pensar o suficiente pra maioria das pessoas médias não gostarem.

Eu li uma parada bem interessante que falaram que veio da comunidade do d&d: você faz amigos que gostam de jogos. Não faz seus amigos gostarem de jogos.

gustavocruz92::Tive uma experiência terrível com Quacks. Tive que acabar a partida antes de terminar o jogo, o pessoal tava quase pulando da janela.

Cascadia também não agradou tanto, nem Fantasy Realms

Na verdade, eu dei de cara com um grande elefante aqui na minha prateleira de jogos e decidi encará-lo ultimamente, ou melhor, reconhecê-lo. Como muita gente, eu comecei no hobbie comprando jogos que eu achei que iriam ser legais de jogar. Todo mundo "fantasia" uma experiência com determinado jogo e o potencial de diversão com seus amigos. Acabou que, hoje, eu tenho vários jogos que quase nunca jogo. Eu já pensei em vendê-los, mas, honestamente, não ia fazer muita diferença pra mim, não é uma grana que me faz falta e nem é uma questão de grana. Eu sigo os mantendo aqui com a esperança da oportunidade perfeita, ainda que seja esporadicamente.

Quando eu reúno uma galera, é sempre muito casual, então o que vê mesa é dixit, the mind, spyfall, exp. kittens, Só uma e Sintonia (party, mas uma das melhores experiências de jogo que já tive).

Eu consegui uma cópia de Clank Catacombs e antes de abrir, eu pensei em vender, mas não o fiz porque foi uma amiga que fez um puta esforço pra trazer pra mim em uma viagem. Quando eu joguei com meu irmão para testar, eu confirmei. O jogo é legal, mesmo eu sendo horrível nesse tipo de jogo, eu gostaria de jogar com mais pessoas, mas é um tipo de jogo que tem regras demais e te faz pensar o suficiente pra maioria das pessoas médias não gostarem.

Eu li uma parada bem interessante que falaram que veio da comunidade do d&d: você faz amigos que gostam de jogos. Não faz seus amigos gostarem de jogos.

Eu não tenho dó de desfazer dos jogos. Acho uma forma saudável de não ficar acumulando coisas desnecessariamente. Mas sigo nessa filosofia com outras coisas: vestuário, livros, bugigangas. 
Antes da Pandemia eu e meus amigos nos reuníamos uma vez por ano para fazer um dia do "trato feito". Todo mundo levava as tranqueiras para trocar e vender, era bem divertido. 

 Tapestry e Ethnos foi patético, no caso do Tapestry só não chegou a ser revoltante pq eu já sabia que o autor só tinha de bom a produção artística nos seus jogos, mas esse passou todos os níveis do rídiculo. Ethnos foi o jogo que pensei que tortura tem outros níveis e um deles é uma mesa dele (Tapestry só não foi assim tão infernal pq tinha fã do autor na mesa e rir de sua decepção foi um grande momento para os demais).