Porretíssimo seu texto, sem mais!

Acho que os dois aprendizados mais úteis que tive ao longo do hobby foram: 

- Rejogabilidade não está só na variação de elementos! Tem jogo com poucas variações, mas super prazeroso de jogar de novo, o grande jogo consegue proporcionar prazer na repetição. Existe um fator totalmente subjetivo, mas extremamente relevante na rejogabilidade.

- Não cair mais na falsa rejogabilidade. Tem muito jogo que randomiza elementos que no final das contas não fazem qualquer diferença, só pra tentar melhorar o apelo comercial. Exemplo: no Caylus, a ordem das construções iniciais na estrada faz uma diferença brutal, mas no Caçadores da Galáxia, a ordem dos bônus de turno ou a modularidade do tabuleiro são irrisórias no resultado final da partida. Aliás, os designers nacionais ainda estão muito presos nesse esquema.

MuCiLoN::

RaphaelGuri::

MuCiLoN::Parabéns pela iniciativa do texto!

Na parte em que você cita o Robinson Crusoe e Castelos da Borgonha, como este tendo regras agradáveis de ler em detrimento daquele que teria um manual confuso...

Eu não discordo de ti, mas coloco que Castelos da Borgonha não entra para mim,  e não tem rejogabilidade para mim,  entre outros motivos por uma iconografia e uma linha lógica que me são extremamente confusas. 

Por outro lado,  Robinson Crusoe tem uma grande rejogabilidade para mim e todas as pessoas que jogaram comigo adoraram como o jogo é temático e com decisões difíceis. 

Não é um contraponto hehe

Obrigado pelo elogio ao texto.


Seu comentário é excelente, pois mostra como o gosto pessoal é relevante. Para mim, Burgundy é feio, e no texto o foco foi a característica dos manuais da ALEA (se bem que todo jogo deles é feio tb), mas em quesito estritamente mecânico da rejogabilidade, acho Burgundy com alta rejogabilidade, muitas opções, o formato que as peças surgem, os tabuleiros individuas variáveis, etc. MAASS entendo perfeitamente o argumento do "é confuso e a iconografia é ruim", pois são mesmo e, apesar de amar o jogo, não dá pra defender o design gráfico (ux e ui) dele.

Robinson é um jogão mesmo, só o manual que não ajuda muito quando necessário um acesso mas ágil às informações.

Abraços!

Rafael,
Sobre assimetria, não sei se você chegou a colocar, mas é possível citar as diferentes condições de vitória para cada jogador. Jogos de guerra, em especial da gmt que procura dialogar um pouco mais com os europlayers, são bastante focados nisso. Nos jogos de tabuleiro um exemplo famoso seria o sw Rebellion, em que os rebeldes e império, além de assimétricos, também têm uma condição de vitória completamente diversa.
Eu citaria também o jogar sozinho dentro dessa discussão sobre rejogabilidade. Na minha opinião é algo que os eurodesigners apenas recentemente estão acordando para isso embora cite mais uma vez a gmt que por meio do sistema cdg (card driven game) é uma referência em jogos solitários. Nos jogos de tabuleiro eu citaria a Wakhan do Pax Pamir como um grande exemplo, já que ela é conduzida apenas por cartas e extremamente simples de operar, muito diferente por exemplo do autônoma do Scythe - o designer do pax pamir, Cole, que é o mesmo do wargame Root, é um cara que dialoga com wargames e gosta de tornar os limites com os euro e amerigames bastante nebulosos.
Ainda, lembrei da questão de jogadas que você faz fora de sua vez, ou de uma forma extra. Terra mystica tem isso com os poderes que você gasta para obter algumas trocas , mas para mim Cooper Islând é um bom exemplo já que existem muitas ações que você não precisa gastar tua ação, apenas faz enquanto os outros estão no jogando, acho isso sensacional. Por fim, em Lisboa você tem que estar de olho na jogada dos outros pois você pode optar por "seguir" aquela jogada. Tudo isso quebra o modo "seu turno, tua vez".
Concordo contigo na questão que você coloca de ser importante você pegar um jogo e saber as regras dele,  ter um setup acessível. Vejo no bgg, especialmente pessoas mais velhas,  comentando sobre isso, que querem ter jogos que saibam jogar,  que consigam explicar as regras num curto espaço de tempo mas que ainda assim sejam jogos profundos e não exatamente um entre jogos.
Por fim, eu honestamente não acredito muito em rejogabilidade nos jogos de tabuleiro. Me parece que é uma expressão importada do replayability dos games eletrônicos mas lá tem um sentido diverso, muito mais em você poder jogar novamente um jogo e ter finais diferentes, personagens, recursos diferentes, entre outros. Jogos de tabuleiro, na minha opinião, todos tem rejogabilidade, mas alguns a gente quer jogar de forma reiterada, outros não. Nesse sentido eu acredito no tempo de repetição, a periodicidade de tempo entre uma partida e outra que um jogo exige para a experiência ser agradável.  Mas claro,  tem aqueles que a gente não deseja nem repetir.

Considerei as condições de vitória (item Elemento #03: DIFERENTES CONDIÇÕES DE VITÓRIA OU DERROTA).




Obrigado pela colaboração nos comentários!

viniciusjf::Porretíssimo seu texto, sem mais!

Acho que os dois aprendizados mais úteis que tive ao longo do hobby foram: 

- Rejogabilidade não está só na variação de elementos! Tem jogo com poucas variações, mas super prazeroso de jogar de novo, o grande jogo consegue proporcionar prazer na repetição. Existe um fator totalmente subjetivo, mas extremamente relevante na rejogabilidade.

- Não cair mais na falsa rejogabilidade. Tem muito jogo que randomiza elementos que no final das contas não fazem qualquer diferença, só pra tentar melhorar o apelo comercial. Exemplo: no Caylus, a ordem das construções iniciais na estrada faz uma diferença brutal, mas no Caçadores da Galáxia, a ordem dos bônus de turno ou a modularidade do tabuleiro são irrisórias no resultado final da partida. Aliás, os designers nacionais ainda estão muito presos nesse esquema.

Obrigadérrimo (como respondo ao termo "porretíssimo"?! Haha)!

É bem isso, Vinícius: não basta resumir em uma coisa, como a variação de poderzinho, pecinha e etc. É um misto de várias coisas, o que acaba gerando algo bem mais profundo e impactante.

(Alias, Caylus é um jogão maldoso que não parece ser até alguém te atravessar hahha)

Valeuuu!

Eu parei de ler em:

"Do monolitismo do paradigma positivista"

Raphael, meus parabéns!!!!!! Esse texto foi muito bom, não dá nem para imaginar o trabalho que deu. 

Vou deixar meus 2 centavos de opinião aqui também rs. A rejogabilidade é importante, mas nem sempre. Existem jogos que só poder ser jogados uma vez e são ótimos. Um dos meus jogos favoritos é Clank Legacy que tem uma campanha com começo, meio e fim. Outro jogo que muitas pessoas amam é o Unlock, esse não faz nem sentido jogar duas vezes o mesmo cenário. 

Para mim, outro fator que mantém a rejogabilidade dos jogos alta é o cenário competitivo. Vejo isso acontecer com jogos como xadrez, Magic e Carcassonne. 

Abraços!

Thiago Guido ::Raphael, meus parabéns!!!!!! Esse texto foi muito bom, não dá nem para imaginar o trabalho que deu. 

Vou deixar meus 2 centavos de opinião aqui também rs. A rejogabilidade é importante, mas nem sempre. Existem jogos que só poder ser jogados uma vez e são ótimos. Um dos meus jogos favoritos é Clank Legacy que tem uma campanha com começo, meio e fim. Outro jogo que muitas pessoas amam é o Unlock, esse não faz nem sentido jogar duas vezes o mesmo cenário. 

Para mim, outro fator que mantém a rejogabilidade dos jogos alta é o cenário competitivo. Vejo isso acontecer com jogos como xadrez, Magic e Carcassonne. 

Abraços!

Hola, hermano! Hehe

Obrigado pelo elogio, e sim, deu um belo trabalho!

Muito bem apontado o lance dos jogos de "uma jogada só", tal qual Unlock (nunca joguei) ou o Black Stories (que coloquei no texto). Algo interessante também é notar a tendência do mercado quando lida com jogos "legacy", principalmente quando são mais caros: é comum após a campanha existirem "pacotes que resetam" (recharge packs) ou ao menos o jogo poder ser aproveitado em uma versão mais simples (como o Pandemic faz). Eu mesmo (infelizmente) nunca joguei o Clank! Legacy, você sabe se dá para ""jogar normal"" depois da campanha finalizada?


Abraços!


(Ps: suas opiniões valem muito mais que centavos, ou pesos, sei lá... hehe)

RaphaelGuri::

Thiago Guido ::Raphael, meus parabéns!!!!!! Esse texto foi muito bom, não dá nem para imaginar o trabalho que deu. 

Vou deixar meus 2 centavos de opinião aqui também rs. A rejogabilidade é importante, mas nem sempre. Existem jogos que só poder ser jogados uma vez e são ótimos. Um dos meus jogos favoritos é Clank Legacy que tem uma campanha com começo, meio e fim. Outro jogo que muitas pessoas amam é o Unlock, esse não faz nem sentido jogar duas vezes o mesmo cenário. 

Para mim, outro fator que mantém a rejogabilidade dos jogos alta é o cenário competitivo. Vejo isso acontecer com jogos como xadrez, Magic e Carcassonne. 

Abraços!

Hola, hermano! Hehe

Obrigado pelo elogio, e sim, deu um belo trabalho!

Muito bem apontado o lance dos jogos de "uma jogada só", tal qual Unlock (nunca joguei) ou o Black Stories (que coloquei no texto). Algo interessante também é notar a tendência do mercado quando lida com jogos "legacy", principalmente quando são mais caros: é comum após a campanha existirem "pacotes que resetam" (recharge packs) ou ao menos o jogo poder ser aproveitado em uma versão mais simples (como o Pandemic faz). Eu mesmo (infelizmente) nunca joguei o Clank! Legacy, você sabe se dá para ""jogar normal"" depois da campanha finalizada?


Abraços!


(Ps: suas opiniões valem muito mais que centavos, ou pesos, sei lá... hehe)

Hahahahah pesos e centavos são quase iguais.

O clank legacy depois de finalizado dá pra jogar igual a um jogo base (mesmo esquema do pandemic)