metelo::
Grande Iuri. Desculpa, mas tenho de descordar da questao do DoFF. Para alguem que ja foi em ambos, e como comparar um camelo com uma FLGS que disponibiliza area de jogo com acervo.
Entao colocando os dois como equivalentes, me faz sentir muita pena do mercado brasileiro. A origins que e muito, mas muito menor que o Gencon e que eu colocaria como o mais proximo do DoFF, e quem sabe ter torneios de jogos, cobrir wargames, ser 24h, e mais algumas coisinhas. Nessa feira, vc tem publico similar (sendo o publoco da gencon parecido com o da origins tanto q a minha galera la em atlanta alternava entre os dois, pois a origins tem mais rpg e torneio, mas a gencon tem mais novidades, e eventos).
So para finalizar, tanto a gencon como a origins, sao eventos voltados para o publico gamer, nao para a populacao nerd. Para algo mais generico (mas ainda focado no mercado Nerd), eu pensaria na DragonCon la em Atlanta, pq essa tem de tudo mesmo e um publico de mais ou menos 70K, que foi o mesmo tamanho da Gencon desse ano.
So p referencia, ate onde achei, o Doff de 2023 teve em torno de 10K e a Origins em torno de 16K.
Caro
metelo
Meu amigo, relendo o que eu escrevi, percebi que ficou faltando um "guardadas as devidas proporções", para ficar mais claro.
No mais eu utilizei o DOFF com a GenCon , porque esse é o evento norte-americano que as pessoas mais conhecem. Porém, não há nenhuma dúvida, de que os dois eventos não estão no mesmo patamar, do mesmo modo que o mercado nacional de board games está anos-luz de distância do mercado dos EUA.
Na verdade eu acrescentei esse post scriptum para colocar em perspectiva o raciocínio do meu comentário. Na minha opinião a ausência das editoras de board games na Bienal do Rio foi lastimável e uma grande oportunidade perdida de divulgar o hobby. Nem sempre nós nos damos conta de que o hobby dos board games pode ser importante para as pessoas que fazem parte dele, eu, você, e mais uma infinidade de pessoas, principalmente quem trabalha com isso. Mas para a grande maioria da nossa população, board games não significam absolutamente nada e não tem importância alguma. Para essas pessoas, se todas as editoras fecharem, se todos os canais de board game se encerrarem, se o Ludopedia sair do ar, e se nunca mais um jogo de tabuleiro moderno for lançado nacionalmente, isso não fará diferença alguma. O grande público continua vendo os board games como um brinquedo diferente, e principalmente por isso é tão difícil convencer a esse grande público que vale a pena pagar R$ 300,00 em um jogo que se bem cuidado durará gerações.
Nesse aspecto, eu quis traçar um paralelo com a atitude da Arcane Wonders que não mediu esforços nem dinheiro, para levar algumas cópias do World Wonders para a GenCon, e dar toda a publicidade que o jogo teve. Não tenho dúvida que cada centavo gasto com isso, compensou e muito e que a editora já ganhou muito mais em vendas, do que auilo que ela investiu nessa estratégia de marketing.
Em contrapartida, nossas editoras de board game que poderia usar a maior feira de livros da América Latina, que é a Bienal do Rio de de São Paulo, para idvulgar os jogos modernos para quem não conhece o hobby, devem ter acho muito caro e não deram as caras. Sei que não se pode dar nome de loja aqui no Ludopedia, mas o único stand de board games na Bienal foi de uma loja carioca, que ficou muito satisfeita com o resultado. Daí surgiu a comparação do DOFF com a GenCon porque o foco da Bienal, são os livros e não os board games.
É como diz o ditado, quem não é visto, não é lembrado, e quanto a isso o mercado de board games é quase invisível. Muito se caminhou em uma década de mercado nacional de jogos, mas mesmo assim ainda temos um tamanho mínimo, que juntamente com os nossos gravíssimos problemas infraestruturais, burocracia e corrupção, fazem com que boa parte dos jogos lançados internacionalmente só não enviem para o Brasil, para países com ditaduras terríveis e para regiões em guerra. E se as nossas editoras não conseguem enxergar a importância de um bom marketing e uma boa divulgação, para qualquer produto, o mais provável é que continuemos sendo um mercado nanico e irrelevante em termos internacionais.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio
P.S. Não sei se é verdade, e talvez você possa me esclarecer. Você não consegue receber alguns jogos internacionais diretamente no Brasil mas, no Paraguai você recebe. E não vou nem falar de Argentina e Chile porque aí é covardia com a gente. Porém, um amigo me disse que é mais fácil receber um jogo importado no Uruguai, que é menor que o Paraná, que tem uma população do tamanho do Rio Grande do Norte, e um PIB próximo ao do Piauí. Se essa informação estiver correta, esse será o tamanho da nossa irrelevância, enquanto mercado de board games.