Guilherme, concordo com seu ponto de vista, mas vejo a situação de outra forma.
Uwe tinha a opção de colocar um modo solo no jogo ou não. Mantendo as mesmas regras (alterando apenas o custo da alimentação e outros poucos detalhes), o autor aumentou o range de players do jogo de forma eficiente, mas não tão interessante quanto o modo normal. Agricola não foi feito para se jogar sozinho, apesar da pouca interação que naturalmente oferece, e com tão poucas adaptações o modo solo pode causar um pouco de estranheza.
Esse fator se agrava porque exceto pelas cartas de minoria menor, há no jogo um fator sorte basicamente nulo, trazendo a sensação de que o modo solo não contém boa rejogabilidade e trata-se de uma "fórmula" fixa à ser explorada, fato que não ocorre quando outros jogadores disputam as ações do tabuleiro e te obrigam e traçar um novo plano.
Todavia, esse é apenas um pequeno bônus para caso você queira ter uma experiência do jogo e não tenha com quem jogar no momento.
É assim que vejo, não como um modo ruim, mas sim como um plus a mais que poderia ou não existir, e, entre essas duas opções, faz-se melhor existir. É diferente de um jogo criado para se ter esse tipo de experiência, como Friday, ou um jogo com o qual o modo solo foi tão ou até mais estudado que o normal, como no caso de Bullfrogs.
Então, apesar de concordar com você, não vejo isso como algo relevante à ser criticado. Obviamente, todos temos o direito de opinar, e isso fomenta as discussões por aqui que são sempre interessantes.
Abraço.