RagnarProudmore::
Lembrando que a "versão deluxe" é a versão do Kickstarter com conteúdo exclusivo, não foi nem uma opção da Galápagos não trazer esta versão justamente por ser conteúdo exclusivo do financiamento coletivo. Porém concordo que a versão retail do jogo poderia vir pintada também, peguei o Looney Tunes Mayhem nesse KS e são lindas as miniaturas pintadas!
Júlio Ferreira::
Galera, então, não é escolha da Galapagos trazer ou não trazer a Deluxe, pelo menos não no casso do Scooby Doo.
Até onde eu sei, a versão deluxe com miniaturas pintadas é uma versão exclusiva do kickstarter, ela não está disponível pra comprar nem em retailers americanos como mm ou cardhaus, a versão oficial vendida no retailer que custa $60 é a mesma que vai ser vendida aqui. Nem mesmo na loja da asmodee tem a versão deluxe para comprar.
Eu também acho que seria ideal que o mercado nacional tivesse as duas opções também, mas não é simplesmente decisão da galapagos disponibilizar ou não uma versão que nem mesmo as lojas no quintal da CMON estão vendendo atualmente.
Fillip::
Correto. A Galápagos fez o que deu... A revolta mesmo é com os criadores do jogo, que disponibilizaram um conteúdo adicional enorme no Kickstarter, sendo que muita gente nem sabia do jogo nessa época. Quem comprou o Kickstarter terá muito mais aproveitamento, e quem ficou sabendo depois do lançamento nunca terá acesso aos personagens extras.
Animoita::
A minha raiva do KS é isso ai.
KS deveria ser pro pequeno desenvolvedor conseguir viabilizar seu jogo, não pra multimilionária CMON fazer pré-venda de luxo, segregando quem tem acesso de quem não tem.
Caros
RagnarProudmore,
Júlio Ferreira,
Fillip e
Animoita
Meus camaradas, para que os maledicentes de plantão não me acusem de intransigência irracional (o que eventualmente fazem), considerando o que vocês esclareceram, eu retiro o meu comentário anterior, e eximo a Galápagos pela falta do lançamento da versão deluxe do Scooby-Doo Board Game. No caso do Corrida Maluca é outra conversa, mas isso é assunto para outra pauta.
No mais concordo totalmente com o
Animoita. Como eu já defendi algures, ao longo dos anos se verificou uma verdadeira desvirtuação do espírito do kickstarter. Essa ferramenta é para pequenas empresas e designers independentes que não têm outra opção para viabilizarem financeiramente seus projetos. A CMON, rica e bem sucedida do jeito que é, não tem a menor necessidade de recorrer a essa ferramenta, principalmente para lançar jogos, que com toda a certeza ela já lançaria de qualquer forma. Mas, é muito melhor pegar dinheiro emprestado com a comunidade board gamer sem pagar juros, do que, utilizar o próprio capital, ou pegar emprestado com bancos, cujos os juros não são nada baixos.
Só que para fazer esse sistema funcionar, é preciso "um algo mais". Definitivamente ninguém cai na balela de que se a CMON depende obrigatoriamente do apoio financeiro da comunidade para lançar um jogo e que se não for através do kickstarter, o jogo não sai. Nesse caso, para pegar o dinheiro das pessoas é fundamental que elas tenham algumas vantagens. É aí que entra o tal do "material exclusivo", que deu origem a toda essa conversa. Se ele for lançado na loja, as pessoas vão preferir esperar o lançamento do jogo, para comprá-lo do que empatar o dinheiro no kickstarter, e aí as grandes editoras perdem essa "colher de chá".
O problema é que desse modo, pessoas que não participaram do kickstarter por diversos motivos acabam ficando sem o material extra, o que diminui sensivelmente o interesse pelo jogo. No caso do Scooby-Doo, se fosse apenas o caso da edição deluxe vir com miniaturas pintadas e a versão deluxe com elas monocromáticas, até daria para levar. Mas quando isso envolve vários personagens extras, aí fica complicado.
Infelizmente a grandes editoras nacionais de board game seguem pelo mesmo caminho. Muito embora, para ser justo há que se reconhecer que, em alguns casos, o material extra de alguns jogos do Catarse, são lançados posteriormente. Independentemente, é por isso que algumas pré-vendas demoram meses, pois são na verdade financiamentos coletivos disfarçados.
De todo modo, pelo menos serve de consolo saber que o hobby dos board games tem problemas tanto no mercado internacional, quanto no doméstico.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio