Parabéns pelo post Groo.
O ponto central é o amadurecimento e consolidação do mercado nacional, em cada etapa que está sendo passada surpreende o potencial nacional, colocaria diversos pequenos marcos:
1º RPG e Magic da década de 90
Nos anos 90 e em minha adolescência e de muitos marmanjos(as) por aqui, tivemos uma pequena febre de RPG e Magic, a de Magic continua até hoje e RPG percebo uma pequena diminuição. Quem não curtia nas bienais em São Paulo, por exemplo, ficar na loja da Devir? :o
Isso montou uma base da qual me incluo de players que hoje tem poder aquisitivo para manter nosso estimado e custoso hobby.
2º Catan pela Grow
Eu sou uma das crias do Catan pela Grow (claro antes já tive Magic, Banco Imobiliário, War, ludo, rpg, etc), tenho dois sobrinhos de 14 e 12 anos e uma wish list crescente.
3º Galápagos
Com o primeiro lançamento com financiamento coletivo do Summoner Warriors, essa empresa pode ser destacada como pioneira, visitando a Geek.etc na Paulista adquiri primeiro Munchkin (da Galápagos) e meus sobrinhos adoraram! Daí já viu.... o vírus estava instalado.
Com isso diversas lojas começam a pipocar nas cidades e na internet.
4º Diversas editoras com financiamento coletivo e Canais de Vídeos
Com o mercado inicial formado é crescente a atuação de diversos canais, claro com destaque para o Jogando Off Line que tem por trás uma produtora de vídeo com produções de dar inveja a qq outro canal internacional e também outros com temática diferentes, mas com excelente proposta como o do Jack, Igor, Casa Nerd Lol, Lendas Lendárias, GONG, Nerd Overview, Meu Turno, Casa dos Gaymes entre tantos outros que tenho todos assinados no youtube e cada semana descubro um novo.
Da mesma forma com a crescente audiência nos canais eles fomentam os financiamentos coletivos e forma-se um ciclo bem sustentável.
5º Zombicide
Colocaria aqui esse marco, girando ainda mais o ciclo de solidificação e expansão do mercado de jogos de tabuleiro.
O que o futuro nos reserva agora?
Vou fazer algumas apostas.
1. Editoras nacionais.
Espero que a Devir acorde e atente para o mercado que outras empresas estão ajudando a consolidar, há excelentes jogos que eles lançam mas não há reimpressões... a estratégia da Galápagos em lançar Eldritch junto com a resenha do Jack creio que foi excelente e vejo a Devir fazer isso agora com o Pathfinder, quem sabe dá mais certo? A Grow também lançou a expansão do Catan e foi esgotada, quem sabe essa gigante também não desperte para o mercado, vamos ver Puerto Rico.... Imagine um remake de Hero Quest!!! Venderia mais que Zombicide.
2. Editoras internacionais.
Se instalarão (tá, o certo seria instalar-se-ão, mas quem usa mesóclise?) aqui nos próximos anos, não somente com parcerias nacionais, mas competindo em nosso mercado diretamente.
3. Financiamentos crescentes: não duvido que em, no máximo, dois anos tenhamos um hype nacional com mais de 500 mil financiado.
4. Uma característica marcante em jogadores além da competitividade é a criatividade. Todos que jogam fazem regras da casa buscando equilíbrio, constantemente veem opções diferentes de mecânicas e com isso haverá uma explosão de designer nacionais.
DESAFIO para 2015: Gostaria muito que algum canal como o JoL ou portal Redomanet (ontem perdi a live deles... tive que fazer comprar...) fizessem um CONCURSO NACIONAL DE JOGO DE TABULEIRO (ou INTERNACIONAL, pois há muitos portugueses que estão no embalo do movimento brasileiro) nos mesmos moldes que o francês, taxa de inscrição para custear a análise das regras e simulação de jogo somente pelo manual, classificação de n melhores para envio de protótipo e testes in loco, e review em vídeo com votação popular dos 2/3 TOPs para decisão do campeão, a partir daí as editoras que disputem o lançamento do jogo...
Nunca consigo escrever pouco... parabéns mais uma vez.