Como reforçou o colega em um dos comentários, a tradução teve como base o nome utilizado pelo exército brasileiro durante a Segunda Guerra. Achei a proposta da tradução bem legal pela imersão no tema e em momento algum frustrou a jogatina. À primeira vista, a gente estranha por não ter familiaridade com os termos. Depois que começa a jogar, fica super de boa.
Não é uma questão de tradução ruim, até porque a tradução foi correta usando essa premissa da nomenclatura brasileira na Segunda Guerra.
A questão é que estamos muito acostumados com os nomes em inglês (sniper, rifleman, gunner, scout) devido aos jogos (especialmente eletrônicos) terem sido comercializados em sua maioria em inglês para nós. Isso desde os primórdios dos videogames. Lembro que eu aprendi muito do meu inglês jogando Resident Evil, Silent Hill e RPGs como Legend of Legaia, Chrono Cross e Chrono Trigger.
A tradução de jogos, bem como as dublagens e legendas em português de jogos eletrônicos, virou tendência quando o Xbox chegou ao Brasil. Como a Microsoft precisava ganhar mercado em um espaço que a Sony dominava com o Playstation, a Microsoft começou a lançar títulos traduzidos e dublados e isso mudou a forma que o mercado de videogames olhava para o Brasil. Hoje para nós isso é comum. Antes, era algo improvável de imaginar. Além do mais, tínhamos (e ainda temos) a influência de filmes e outros produtos da cultura dos Estados Unidos que vinham com esses nomes sem tradução e eles acabaram se tornando meio que parte do nosso vocabulário. Acredito que, mesmo se a MeepleBR traduzisse "Sniper" como "Atirador de Elite" e "Scout" como "Reconhecedor" / "Batedor" / "Explorador" / "Patrulheiro", ainda assim geraria insatisfação pelos termos traduzidos.
Falando por mim, acho a tradução justa e penso que deveríamos valorizar mais esse tipo de trabalho, pois é um esforço que valoriza a nossa cultura e o nosso idioma, demonstra respeito à história e principalmente ao próprio jogo por ser leal à temática.