Mateus_abude::Vamos lá, vou colocar os motivos pelos quais eu discordo do post.
1. Temática
Como já falado acima eu acho que faz bem mais sentido terraformar um planeta do que um terreno, bem como outras coisas no jogo fazem sentido como a lógica de encontrar o planeta escuro. Entretando tema não é o forte de nenhum dos títulos e, pra mim, não faz qualquer diferença nesse caso.
2. Tabuleiro Modular
O que você menciona que a variabilidade do Setup gera um "desequilíbrio" eu penso o contrário, isso justamente é importante para equilibrar mais o jogo. No Terra Mystica base tem se pelos jogadores experientes que Darklings são a melhor raça, além disso sabe-se exatamente os melhores locais para se começar no tabuleiro e os terrenos mais chave para a estratégia. Como no gaia a organização dos setores é feita de forma aleatória, inclusive o formato caso os jogadores queiram, os setups vão favorecer diferentes raças em diferentes partidas. Essa rotação permite que nem dempre as mesmas raças estabeleçam dominância em todos os cenários, cabendo os jogadores escolherem adequadamente no início do jogo.
3. Trilhas de Tecnologia
O argumento do tabuleiro modular também vale para o caso das trilhas. As raças possuem diferentes sinergias com as trilhas e as fichas de Tecnologia, as combinações entre elas deve ser um dos fatores para influenciar sua escolha de raça no início da partida, as vezes mais até que o tabuleiro modular. Quanto as fichas de tecnologias avançadas serem fortes, realmente são, mas estão lá para serem disputadas por todos os jogadores gerando mais um elemento de interação e "corridinha".
4. "Controle de Área"
Na minha visão não existe essa mecânica nem no Terra Mystica nem no Gaia, mas entendi o ponto. Também discordo que a disputa pelos terrenos/planetas seja mais frouxa no gaia, o que acontece é que aqui você tem mais opções do que no seu antecessor. Ainda assim, a marcação por planetas chave é fundamental para dificultar a expansão dos adversários, sim você não consegue travar 100% alguém no canto, mas se você acha que forçar alguém gastar 2 ou até 3 CIQs pra pegar um planeta não é uma marcação pesada você não deve ter jogado muitas vezes. Deixar o adversário numa circunstâncias dessas é praticamente deixar ele de lado na disputa em uma partida acirrada
5. Conclusão
Pra mim Gaia é um claro caso de pegar o que não era tão bom ou não funcionava tão bem e aprimorar, quase como se fosse uma versão 2.0 com um patch de uptades. Tudo isso fez com que Gaia se tornasse um jogo mais equilibrado (claro que não é perfeito o balanceamento, há algumas raças que se destacam um pouco mais), com mais rejogabilidade, mais profundidade estratégia e uma drástica redução no início meio macetado das partidas
Tudo blz meu amigo, primeiro deixo claro que ambos são excelentes jogos e é questão de gosto pessoal a preferência mais de um ou de outro.
Mas discordo quando fala que a variabilidade é importante para equilibrar o jogo. Tanto TM quanto PG possuem facções fortes e facções fracas, é normal esse desequilíbrio nato.
TM o desequilíbrio pode ser amenizado com base nos pontos de vitória iniciais baseados em cada mapa, feito por estatísticas de partidas online. Facções naturalmente mais fracas iniciam com mais pontos de vitória.
No PG isso não pode ser feito pois fatores que influenciam muito no jogo são aleatórios: localização variável dos planetas devido ao mapa modular, tiles de fim de jogo aleatórios, tiles de pesquisas avançadas aleatórios e localização dos tiles de pesquisa também aleatório. Isso é bom dá mais variabilidade as partidas, mas também pode ser ruim e vou tentar explicar isso melhor.
A menos que tenha uma mesa muito experiente e que utilize regras de banimento de facções ou leilões esse desequilíbrio natural pode ser acentuado, sendo ele dependente da aleatoriedade do setup inicial, pois as melhores facções para se jogar em uma deterterminada partida são as que tiverem mais sinergia com o setup feito.
Sabemos que existem facções mais fortes (Ivits, Itars, Terrans, Taklons e Nevlas) e outras mais fracas (Gleens, Bescods, Lantidis) e isso ja foi obsevado em estátisticas de partidas online, é o desequilibrio natural das facções.
E se acontecer de um setup inical aleatório favorecer uma facção já naturalmente mais forte, isso não gera um maior desequilíbrio na partida?
O que é a sorte? Se um setup do jogo feito aleatoriamente favorece muito uma facção onde os bônus de fim de jogo, os tiles de pesquisa avançada e de pesquisa estão todos alinhados com a sinergia de uma facção que naturalmente está entre as mais fortes o primeiro jogador a escolher qual facção jogar teve sorte por simplesmente poder escolher ela primeiro?
As facções são assimétricas mas todos os jogadores deveriam ter a mesma chance de ganhar quando se inicia um jogo, e mesmo não sendo perfeito o TM consegue equilibrar um pouco isso dando mais ponto de vitória para as facções mais fracas o que o PG não consegue fazer, e além disso ele pode tornar o desequilibrio natural das facções maior se o setup inicial favorecer essa facção, claro que pode fazer o contrário e enfraquecer uma facção mais forte, mas novamente vamos depender da aleatoriedade do setup inicial.
Se for uma mesa experiente pode usar leilão e banimento de facções como falei, se não for é melhor nem usar e jogar com o desequilíbrio natural que pode ou não ser acentuado pelo setup. Claro que um bom jogador muito provavelmente vai ganhar de jogadores com menos experiencia independe da facção e do setup usado, mas quando o nível de todos é igual isso faz diferença.
Mas, na verdade isso não é demerito para o jogo, ele é excelente dessa forma que foi feito, a minha preferencia real por Terra Mystica é pelo fato dele ser um jogo mais elegante e agradável de se jogar, gosto mais do tema e acho que tem mais interação além de gostar mais da forma que se tem a disputo pelos terrítorios.