Zargon::
6- Na minha opinião, não precisamos de pessoas apaixonadas pelo hobby controlando empresas de boardgame. Precisamos de pessoas PROFISSIONAIS trabalhando para a coisa dar certo.
7- Por fim, essa coisas de impostos, mercado, dólar ... é tudo verdade, mas sempre foi essa m&rd@ , então não engulo essa de jogo de R$1.600,00 por que o Brasil é horrível de fazer negócios. Se fosse tão ruim assim, não teria nem trazido.
Caro Zargon
Eu concordo completamente, em relação à necessidade de mais profissionalismo e menos paixão. O problema é que, conforme você mesmo pontuou, o nosso mercado ainda está muito longe de ser maduro. Com isso, as editoras são pequenas e continuarão sendo pequenas, até por uma própria estratégia de sobrevivência delas mesmas. Quem aposta pouco, não corre o risco de perder muito, mas também nunca conseguirá ganhar muito, mas apenas ir levando a vida, na mesma condição de sempre.
Com isso, as empresas não geram tanto dinheiro, mesmo cobrando preços altíssimos, simplesmente porque elas cobram muito, mas sobre uma base muito pequena de unidades vendidas de cada jogo. Sem gerar tanto dinheiro, obviamente os salários do setor não são atraentes o suficiente, a ponto de interessar um profissional a vir para essas empresas, exclusivamente pela questão financeira. É por isso que eu digo que é preciso um algo a mais para atrair alguém para o setor de board games. A pessoa não ganhará tanto, mas pelo trabalhará com aquilo que realmente ama fazer. Por isso, sem pessoas apaixonadas, não creio que as editoras de board game sequer sobreviveriam. Claro que isso não é desculpa para algumas atitudes que envergonhariam até mesmo o mais amador dos amadores, e que algumas editoras insistem em tomar, mas pelo menos para mim, isso explica muita coisa.
Para terminar, não acho que as pessoas precisem deixar de ser apaixonadas pelos board games, mas apenas se comportarem com um pouquinho mais de profissionalismo, porque do jeito que está, não dá para continuar. Não custa quase nada, e representa muito.
Um forte abraço e boas jogatinas.
Iuri Buscácio