Você só citou excelentes jogos.
Agora, o mais apropriado para a sua situação é difícil de definir porque eu não conheço as pessoas com quem você vai jogar. Não conheço o perfil ou a experiência prévia delas com jogos, e são duas informações muito importantes.
Eu não acredito que existe um jogo de "entrada" certo, porque as pessoas são diferentes. É claro que quando lidamos com pessoas muito novas no hobby eu recomendo evitar jogos que a explicação dure muito tempo nas primeiras partidas, mas até isso é algo que depende do perfil. Eu já coloquei um jogador no hobby com Dead of Winter (um jogo longo com bastante regras), simplesmente porque a pessoa tinha uma enorme predisposição a jogos de tabuleiro e o tempo zumbis, mesmo sem nunca ter jogado um jogo moderno no passado. Eu mesmo comecei o hobby com Game of Thrones, e fui eu mesmo que li as regras e ensinei, para um grupo de pessoas que nunca tinha jogado nada moderno também, e todos amaram a experiência. Eu já tinha experiência com jogos de cartas como Yu-Gi-Oh e Magic e RPGs, logo, eu tinha bastante predisposição também.
É difícil determinar o "jogo correto" sem conhecer as pessoas, e mesmo assim não existe nenhuma garantia que vai funcionar.
Outros hobbistas vão ter mais experiência que eu, ou experiência diferentes, e podem vir com dicas mais acertivas para a sua situação. Mas de qualquer forma, seguem as minhas dicas:
Algumas dicas (baseadas na minha experiência pessoal, mais dicas vindas de outras pessoas podem ser diferentes e mais úteis pra sua situação):
1. Não confunda algo que você quer jogar com algo que seria mais apropriado pra eles jogarem. Como é você quem está comprando os jogos, é natural que você compre o jogos que você quer jogar e queira colocar eles na mesa, mas isso não quer dizer que as outras pessoas querem jogar também e o resultado pode não ser o esperado. Se a ideia é converter um jogador em um jogador frequente, no ínicio você vai precisar abrir mão dos jogos que te dariam mais prazer e jogar jogos que você já tenha e que podem estar saturados pra você. Há menos que você jogue solo, você depende das outras pessoas, então esse grupo vai acabar direcionando indiretamente o que você compra. Novamente, entender o perfil de quem está jogando com você é crucial para alinhar o que você quer jogar com o que eles querem jogar.
2. Opte pelo simples, rápido e interativo. Quando eu tenho pessoas na mesa que nunca jogaram, eu sempre gosto de propor jogos que eu consiga explicar em 5 minutos e que sejam bastante interativos. O fator social é muito importante, eu percebi que muita gente de fora do hobby gosta de jogos mais dinâmicos e engraçados onde muitas vezes você pode passar a perna em alguém. Em um grupo onde as pessoa se conheçam, elas provavelmente vão se divertir tentando prejudicar os outros jogadores. Um jogo que invoca bem essa ideia é o Piratas!, da Geeks and Orcs ou o No Thanks! da Paper Games. No caso do Caverna, é um jogo muito longo e complexo, até para hobbistas, ele é destinado a um perfil de jogador já tem uma enorme predisposição. No caso do Power Grid, é um jogo mais simples, mas a duração é muita longa e o jogador iniciante pode perceber depois de uma hora de partida que não tem a menor chance de ganhar e jogar de forma desmotivada pelas proxímas duas horas (novamente, isso é uma questão de perfil). Embora eu tenha dito que não acredite em algo como "jogo de entrada", eu acredito que jogos mais rápidos de montar, ensinar e jogar possibilitam que você vá ajustando a experiência das pessoas, já que vai ser mais rápido guardar tudo e começar de novo se você perceber que alguém (ou mesmo todos) não estão reagindo ao jogo como esperado, além disso você vai perceber o que a galera gosta mais ou menos em menos tempo.
3. Não fugir da sorte. Não corra de jogos com bastante sorte, isso dá a chance de todos ganharem. As pessoas "de fora" tem uma impressão que quem ensina o jogo é algum tipo de especialista e não vai perder. Isso é verdade em jogos onde a sorte não está presente ou é reduzida se quem ensinar o jogo tem muita experiência com o mesmo. Pra dar uma chance legal pra todos se divertirem, eu acho que brincar com a sorte sempre divertido. Jogos como King of Tokyo, Lhamas Dados ou Quartz vão deixar as pessoas anciosas pelos resultados, comerando (ou reclamando da) a própria sorte. Acho que a sorte cria momentos tensos e muito divertidos, além de memoráveis.
Por último, no seu caso, não acredito que você precise comprar nenhum jogo. Takenoko já jogo suficiente para explodir a cabeça de alguém que nunca jogou algo do tipo, Stone Age também. Mas se você for comprar um jogo para essa ocasião, de todos os citados eu acho que o Ticket to Ride mais adequado dentro das dicas que eu dei (jogo simples, interativo, com alguma sorte).
Como eu disse, não é sobre o que você quer jogar, é sobre o que você precisa por na mesa pra deixar a experiência de todos agradável e assim vão ter vontade de repetir e com isso você vai ter a oportunidade de colocar na mesa coisas que você está mais interessado (as vezes até pedindo a opinião deles sobre o proxímo jogo).
Mas novamente, não conheço as pessoas, pode ser que você coloque Caverna na mesa e passe 40 minutos explicando o jogo mais 3 horas jogando e todos vão amar haahahaha não existe nenhuma regra, você precisa desenvolver a capacidade de ler o perfil das pessoas que jogam com você, e isso é muito complicado e nada nunca é cravado em pedra. :
Boa sorte! Abraços