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Golem Tá na Mesa!

  • Praga, século XVI. Uma onda antissemita surge na região. Judeus são perseguidos e acusados de vários tipos de crimes, reais e imaginários. Judah Loew ben Bezalel, um famoso rabino versado nas artes místicas da Cabala, cria um ser feito de argila para proteger seu povo. Ele dá a vida a uma gigantesca estátua de barro, que se torna o guardião do bairro judeu, porém com o passar das noites, a criatura sai do controle, ficando cada vez mais forte e furioso, até que começa a atacar inocentes. Sem alternativa, o Rabino desfaz o feitiço e a estátua é escondida no porão da Sinagoga. A caçada aos judeus continua por mais algum tempo e assim a história se repete, do mesmo modo que voltará com força décadas e séculos depois. Golem Tá na Mesa!





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    Golem é um jogo criado em 2021 por Flaminia Brasini, Virginio Gigli e Simone Luciani. De um a quatro jogadores, com duração média de 120 minutos, em Golem são cabalistas que criam poderosos artefatos, inclusive o famoso Golem.


    - Golem, né? Vamos batalhar. Eu escolho você, Butterfree.





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    Pelo visto, seu raciocínio é igual ao de um Slowpoke. Você realmente entende de pokemon, mas não é desse tipo de criatura que estamos falando. Golem é mais um jogo da escola italiana. Da mente de seus criadores já saíram grandes títulos como Coimbra, Terramara, Alma Mater, Barrage, Tzolk’in e tantos outros. O jogo é baseado na lenda do Golem de Praga.


    Durante quatro rodadas, os jogadores vão usar suas ações para aumentar seus estudos sobre a Cabala, poderosos artefatos e usar seus golens para realizar trabalhos nas ruas de Praga. Cada jogador tem três ações na rodada. Para fazer uma das cinco comuns, ele deve pegar uma bola de gude na sinagoga (Nota da Sra. Slovic: Visualmente é muito parecido com Potion Explosion, exceto que não há explosão) e levar para seu tabuleiro individual (Nota do Sr. Slovic: Para colocar no globo ocular do golem. O efeito fica bem legal). Essas ações são para coletar material (moedas, argila e conhecimento), aumentar suas trilhas (estudo, golem e artefato), criar objetos de poder e ativar seus golem. É obrigatório fazer duas dessas ações por turno e pode repetir. Já a terceira é feita com o Rabino. Essas ações são especiais, novas entram a toda rodada e só um jogador pode realizar cada uma delas, além de determinar a ordem do turno.





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    Outra coisa que acontece em toda rodada é a movimentação dos golens. Quanto mais criaturas o jogador tiver em jogo, mais elas andam por Praga (Nota do Sr. Slovic: Representado no tabuleiro principal por três ruas). Em cada rua o jogador tem um Assistente, que deve sempre estar perto dos golens, para que eles estejam sempre sob comando do Rabino. O problema é que não é fácil andar com os Assistentes enquanto os monstros podem literalmente sair correndo, No fim de cada turno, o jogador paga Conhecimento para cada espaço que seus golens estiverem a frente de seus assistentes, em cada rua, ou perde PVs (Nota da Sra. Slovic: Se não tomar cuidado, senta que lá vem punição. Nem Uwe costuma ser tão cruel assim em seus jogos). Conforme você avança na trilha de criação do golem, ele pode ficar mais controlável (Nota da Sra. Slovic: Pelo menos diminuir o “Modo Run Golem, Run”).


    - Então é só não ter golem. Mata essa praga!


    Que trocadilho, shtum. E você está no um tanto certo. Ter poucos golens em jogo pode ser bom, porque é mais fácil de serem controlados, mas todo fim de rodada os jogadores recebem PVs se tiverem mais de dois em jogo e perdem se tiver um ou zero. Há ações que permitem destruí-los e sempre que um é desmantelado, seu meeple é colocado na área do Cemitério, que faz o jogador ganhar bônus. É uma solução para aquele golem fujão antes que ele saia do controle, mas, como já dissemos, poucas criaturas, poucos PVs (Nota do Casal Slovic: Ou pior, negativos).





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    Quanto mais avançam em seus estudos, andam mais com seus assistentes, conseguem mais livros e criam mais artefatos, mais recursos os jogadores vão conseguir a cada rodada. Mas como há poucas ações, é impossível fazer tudo. E tudo é importante e vale pontos no fim, e que tiver mais ao término da partida é o grande vencedor.


    No geral, Golem é um jogo muito bom. Não é para todos. Ele é pesado, bem pesado mesmo. Tem muitos detalhes pequenininhos que fazem a diferença no final. Apesar de parecer simples fazer somente 12 ações durante o jogo inteiro, é impossível fazer metade do que você quer (Nota da Sra. Slovic: E um sexto do que realmente precisa). Focar nos estudos para destravar os segredos arcanos, investir na criação de artefatos, refinar a arte de criar golem, buscar os livros mais obscuros, influenciar os notáveis da sociedade judaica… (Nota do Sr. Slovic: São tantas opções de pontuação para escolher). E além disso, cuidar para que a Criatura não destrua Praga. A vida de um Rabino no Sacro Império Romano no fim do século XVI não é fácil.


    E é isso, Shishô!





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    Comentários:

  • Bela resenha, Se é escola italiana a chance do ser bom é enorme. Estou bastante ansioso pela chegada dele no Braisl. 

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