Kavita::jevver2::Kavita::jevver2::Kavita::Sempre bom ver diversidade, e de forma não estereotipada, em jogos de tabuleiro. Ponto pro Pfister, cujas reedições dos jogos estão tendo essa preocupação (como a segunda edição do GWT e a reformulação total do tenebroso Mombasa).
Qual é a diversidade que está em Port Royal?
(Não estou perguntando sobre a "diversidade histórica", a qual não se chama "diversidade", mas sim "realidade". Pergunto sobre a diversidade no sentido GWT 2ª edição, neste sim, adequadamente chamada de "diversidade", fora da realidade.)
Perdão amigo, mas não entendi a questão. O que é diversidade "histórica"? Não alcancei o contraponto de "diversidade" com o conceito de "realidade" também. Além do mais, "realidade" não é um conceito plural?
De fato não entendi...
Opa, então, para você não se confundir, ignore o complemento posterior entre parênteses, só responda a pergunta: qual foi a diversidade que você viu em Port Royal? Pois eu não percebi isso em Port Royal tal como percebi em GWT 2ª edição.
Tem mais mulheres (negras inclusive), algumas em posição de poder. Olha a caixa e as cartas...
Compara com a arte da versão anterior...
Verdade em comparação com a versão anterior. Mas, ao meu ver, no caso do temática de pirataria, vejo mais como uma aproximação da
realidade, pois existiram piratas femininas famosas,
realidade essa que já tinha sido retratado em Jamaica, Merchants & Marauders e Loot (dos jogos que eu tenho e me lembro), não porque esses designers estavam preocupados em ter uma diversidade em seus jogos. Qualquer que quisesse retratar a
história da pirataria colocaria uma pirata feminina no jogo. Entretanto, curiosamente, no Port Royal anterior não tinha nenhuma mulher como pirata (ou capitã pirata), entretanto, não vejo como um problema, pois, se for para retratar a
realidade pela proporção, havia muito mais homens piratas do que mulheres, então, se fosse para retratar a
realidade em que, por exemplo, existisse 20 homens piratas para 1 uma mulher pirata, um jogo tivesse apenas 5 personagens piratas para retratar não estaria errado em colocar todos eles como homens, pois é muito mais representativo. Eu gosto de um jogo temático que nestes pontos estejam mais com base na realidade, não na fantasia, mas isso é gosto, cada um joga o que quiser, e, se pesquisar, provavelmente haverá em algum lugar algum jogo infantil em que os piratas são retratados como cachorrinhos ou outro bichinho fofo ou sei lá, mas aí já é uma evidente fantasia, mais fácil de ignorar, e também não tem ninguém defendendo uma pauta de diversidade de espécie em tudo, o que não me faria lembrar dessa chatice quando eu fosse jogar um jogo em que as pessoas são retratadas como animais fofos).
Entretanto, depois de olhar mais atentamente a nova edição de Port Royal, parece-me que você tinha razão, há homens e mulheres, mas só há um personagem pirata ou capitão (se eu não estou enganado) e este único personagem é uma mulher, para representar todo o gênero da pirataria, o que é bem longe da
realidade. Que bom que não te incomoda, pra mim me incomoda. Que bom que tenho a edição antiga. Obrigado por destacar isso, não estava muito evidente (como está bem evidente em GWT 2ª edição).
Agora quanto à cor negra da pele, já é sabida a intenção (apenas recente) do designer em buscar diversidade acima de tudo, mas neste ponto eu acho que ele acabou se aproximando da
realidade, pois em Port Royal desconfio que as pessoas tem pele mais escura.
Quanto à "posição de poder", eu não incomodo com isso, acho até uma perda para a mulher quando ela ocupa essas posições, pois eu acho muito mais importante e valoroso o papel de uma mãe na sociedade do que, por exemplo, o papel de um presidente, capitão, etc.