marcionano::Taí um aspecto interessante para refletirmos, essa busca incessante por novos jogos e mecânicas pode gerar um consumismo doentio, eu mesmo parei de comprar novos jogos quando percebi que comprava jogos sem ter jogado os da compra anterior, somos seduzidos por uma indústria cara e sedenta por compradores compulsivos, o xadrez nos ensina que para dominar um jogo é necessário tempo e dedicação como você bem apontou no artigo, desprezamos os jogos assim que adquirimos seduzidos por esse museu de grandes novidades como diria Cazuza
Na verdade os sedentos somos nós, a industria vende pra quem quer, ninguém nos obriga a comprar nada. Eu não gosto dessa visão de exteriorizar a culpa de um problema que é nosso.
Ela consegue hoje em dia lançar mais jogos e jogos mais caros porque a gente responde comprando. Isso é uma coisa boa.
O que não é bom é que o mercado não cresce tanto assim, somos os mesmos compradores comprando cada vez mais.
Pensar que a industria é culpada leva a ideias de regulá-la, taxá-la. Tudo para nos proteger, porque coitados, não sabemos cuidar dos nossos impulsos! Isso não melhorará a nossa ansiedade. Apenas aumentará ainda mais os preços e diminuirá a oferta.
A grande maioria aqui é adulto, paga suas contas e deveria saber o que está fazendo com seu dinheiro e tempo.
O que temos que nos perguntar é: porque queremos tanta novidade se nem aproveitamos direito o que acabamos de comprar?
Eu não digo que precisemos fazer que nem os enxadristas e nem mesmo acho ruim ter jogos novos. Apenas não se deixar ser dominado pelo colecionismo (a menos que se esteja feliz com isso).
Sds,
Eduardo