Review: Arkham Horror - The Card Game
por Marcelo Cardoso
O horror de Arkham em formato Card Game!
"Presumindo que eu estava são e acordado, a experiência que tive naquela noite jamais fora vivenciada por outro homem. Mais que isso, foi a terrível confirmação de tudo que eu sempre dispensei como sendo mito e sonho."
Este review é um pouco diferente, pois a ideia é descrever, sem dar nenhum spoiler, um pouco da minha experiência inicial com o jogo de cartas de Arkham Horror.
Enfim terminamos nossa campanha, que reunia as 3 aventuras que vêm na caixa base de Arkham Horror: The Card Game, e agora vou deixar aqui algumas impressões que tive sobre o jogo.
Nossa jornada foi trilhada por 4 corajosos investigadores, sendo que eu joguei com a personagem Agnes Baker, uma espécie de feiticeira que utiliza seu próprio horror para eliminar monstros menores do jogo.
O ponto forte de Agnes é sua força de vontade e o deck inicial é focado em magias e aliados que oferecem proteção, evasão e cura de horror.
Gostei bastante de os baralhos individuais refletirem as características e histórias de cada personagem e do quão diferentes eles são entre si, formando um grupo bastante versátil.
Por se tratar de um produto da linha Arkham eu não esperava encontrar nenhuma facilidade nas missões, mas o que encontramos na segunda e, principalmente, na terceira aventura foi algo digno de um verdadeiro pesadelo dos contos de H.P. Lovecraft.
Essa dificuldade, que nos impediu de vencer, pode ser fruto do nosso despreparo em atuar como equipe, em aproveitar todo o potencial de nossos personagens, da falta de sorte no momento de tirar as fichas de bônus, ou um pouco de cada um. O fato é que o jogo é difícil mesmo, como todo o bom cooperativo deve ser, mas talvez um pouco além do ponto (nos recusamos a jogar no modo "fácil", optando pelo modo "normal").
A nova edição permite partidas de 1 a 4 jogadores!
Sem dar spoilers da história posso apenas afirmar que ela é muito boa e bastante imersiva, com as 3 partes bem interligadas e consequências para as ações do grupo. Muito bom!
Entre os capítulos é possível customizar o seu baralho, acrescentando e retirando cartas de acordo com as pontuações ganhas na missão. Essa ideia é muito legal, mas há muitas restrições que não permitem ter muita liberdade.
Ao terminar a campanha, mesmo com derrota, ficou a sensação de que valeu a pena ter completado a narrativa e a vontade de adquirir as expansões para continuar imerso neste universo fantástico e aterrorizante por mais algum tempo. A qualidade dos componentes, no caso cartas, é muito boa, com ótimas ilustrações, super temáticas. Só senti falta dos tradicionais marcadores de personagens com bases plásticas de outros jogos da franquia.
Para quem é indicado: Fãs da linha Arkham, de jogos cooperativos com uma boa narrativa e da mecânica de construção de baralhos tem boas chances de gostar muito deste jogo.
Curiosidades:
* Este jogo, como o nome sugere, se passa no mesmo universo Arkham de outros jogos tais como Mansions of Madness, Elder Sign, Eldritch Horror... se utilizando de personagens, locais, e monstros já conhecidos de quem aprecia as criações de H.P. Lovecraft.
* Esta caixa base traz 5 personagens: Agnes Baker, Daisy Walker, Roland Banks, Skids O'toole e Wendy Adams, cada qual com suas características distintas e baralhos próprios.
* Arkham Horror: The Card Game é um produto LCG (Living Card Game), ou seja, um jogo completo mas onde são lançadas diversas expansões avulsas, de conteúdo pré-definido, que trazem novas aventuras e investigadores a fim de prolongar ou renovar a experiência de jogo.
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Obrigado e até a próxima!
