Quem dá uma passadinha aqui essa semana é
Renato Simões, fundador da
Geek ‘n Orcs, uma editora que preza por trazer jogos fáceis e com um custo bacana e priorizando sempre designers brazucas.
Então vem conhecer mais sobre o trabalho e o perfil do Renato!
Renato, por que jogar?
Jogar é uma atividade que enriquece a gente.
Enriquece nossas relações, amplia nossas capacidades cognitivas e nos deixa mais abertos ao outro. Em jogos não existe mundo externo, a realidade, que é o que nos ocupa a mente na maior parte do nosso tempo.
Um jogo bom, uma partida memorável, te tira de tudo isso e serve como alívio, refúgio, descanso etc.
Eu jogo desde muito novo e várias das minhas melhores memórias vêm de momentos jogando/brincando.
Seja minha tia avó me ensinando a jogar buraco quando eu tinha 4 anos, seja de uma partida de Detetive (aquele das piscadelas) em que eu quase ganhei sendo assassino porque treinei uma piscadela sutil… momentos eternos que guardarei para sempre. E olha que minha memória é terrível hahahaha
Por que criar jogos?
Criar jogos veio naturalmente na minha vida. Eu acho que por ser inquieto e gostar muito de produto, o jogo acabou sendo o produto ao qual eu passei a me dedicar em dado momento e onde eu me encontrei.
Criar jogos é uma tarefa multidisciplinar. São necessários diversos profissionais, de variadas áreas. Competências complementares e um processo bastante complexo.
Estar envolvido em toda essa cadeia é muito empolgante e motivador, ainda mais quando o produto final chega e agrada.
Cada detalhe de um jogo influencia em como os jogadores vão se relacionar com aquilo. Da caixa às regras, ao processo de aprendizado, até mesmo ao toque e interação com os componentes. É um produto completo.
Um jogo especial para você e porquê
O jogo mais especial para mim é o Piratas! por motivos óbvios. Meu primeiro jogo publicado, o jogo que começou tudo. Mas pra não ficar nessa resposta fácil, vou falar de outro.
O Azul é um jogo especial para mim e por diversos e distintos motivos.
Em primeiro lugar: é um excelente jogo.
Segundo, eu tenho várias memórias compartilhadas com pessoas que eu não teria essa oportunidade se não fosse o jogo.
Terceiro é que sou imensamente fã da Plan B, a editora do jogo. Acho o trabalho deles incrível demais. Cada jogo deles é um produto exemplar.
Quarto, o Azul é o ápice desse trabalho, não só como jogo ou um produto único, mas até como linha. A forma como eles encontraram de criar uma linha de produtos a partir de um jogo tão enxuto me impressiona.
Por mais que um ou outro seja melhor ou pior, é incrível como conseguiram criar unidade entre as diversas versões.
E por último, o tema. O tema do Azul me lembra meu avô, que sempre foi muito presente na minha vida e ajudou muito a me criar.
É o sobrenome dele que eu uso para assinar os meus jogos, Simões. Era meu padrinho e amigo, então lembrar dele através de um jogo é sempre bom.
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