Descent: Journeys in the Dark Second Edition é um jogo para dois a cinco jogadores em que um deles assume o papel de Overlord, enquanto os outros jogadores assumem os papéis dos heróis. Durante cada partida, os heróis realizam missões se aventurando por cavernas perigosas, ruínas antigas, masmorras sombrias e florestas amaldiçoadas. Ao longo do caminho, eles irão batalhar com monstros, ganhar riquezas, e tentarão impedir o Overlord de realizar seu plano maligno.
Este jogo tático de RPG de fantasia possui regras simples, porém eficientes. A primeira coisa que chama a atenção quando se examina os componentes são as miniaturas. Muitos detalhes e dimensões acima da média, as miniaturas de heróis e monstros concedem ao jogo uma ambientação excelente. A reclamação aqui é a falta de miniaturas para os Tenentes do Overlord. Os Tenentes são representados por marcadores circulares de papelão… ponto negativo para a Fantasy Flight Games.
O jogo pode ser jogado em Modo Campanha ou Cenário Simples. O Modo Campanha é o ponto forte de Descent, onde os jogadores passam pela aventura adquirindo experiência, comprando e achando itens poderosos e evoluindo suas habilidades.
O Guia de Missões contém 20 missões únicas. Dezesseis destas missões podem ser jogadas individualmente, cada uma numa sessão única de jogo. As demais são jogadas somente no Modo Campanha. O jogo base possui a campanha The Shadow Rune, com uma duração de 20 horas para ser jogada até o final. O jogo permite várias sessões da Campanha, onde os jogadores conseguem anotar e controlar seu andamento. Não há necessidade de jogar as 20 horas seguidas.
Uma missão pode ter até 2 Encontros. Cada encontro em uma missão tem seu próprio layout de mapa, regras e objetivos. O Guia de Missões lista os objetivos para os heróis e para o Overlord.
Os jogadores devem escolher 1 dos 4 arquétipos de heróis disponíveis: Guerreiro, Curandeiro, Mago ou Batedor. Cada arquétipo concede a opção de duas classes, com habilidades e talentos específicos.
Já o Overlord possui um baralho de cartas com poderes especiais, que o ajudam a dificultar o caminho dos heróis. No Modo Campanha, o Overlord também evolui, acrescentando cartas mais poderosas ao seu baralho.
O combate é realizado através de rolagem de dados especiais, e é bem intuitivo. Os símbolos nos dados representam sucesso, dano e defesa, enquanto o número calcula o alcance de um ataque à distância.
A montagem dos cenários é feita rapidamente, seguindo sempre o Guia de Missões. As partes do mapa são encaixáveis e possuem ótima qualidade e resistência.
No primeiro jogo, eu joguei como Overlord, e participaram da jogatina o Joca, Guto e Henrique. Jogamos durante 6 horas o cenário de Introdução e a missão Castelo Daerion. Só que jogamos com uma regra errada, que concedeu grande vantagem ao grupo de heróis. Após a revisão desta regra e uma outra jogatina, o jogo demonstrou ser equilibrado, desde que o Overlord tenha experiência em jogos de RPG ou jogos táticos de miniaturas.
Uma das coisas que mais gostei em Descent foram os objetivos variados das missões. Cada cenário possui regras especiais e objetivos diferentes para os heróis e o Overlord. E estes objetivos nem sempre implicam em um grupo acabar com o outro grupo. Claro que os monstros e os heróis entram em conflito, mas o cenário acaba somente quando determinada ação ou situação é cumprida.
Descent: Journeys in the Dark é um ótimo jogo, divertido e viciante. Indico para amantes de fantasia medieval, jogadores de RPG e miniaturas.