tuliobarros::É um ponto de vista válido. Mas talvez sejam vítimas do próprio sucesso, como é o caso do Vlaada, que era super versátil e depois do Codenames não fez mais "nada" (ou não quis fazer). Ou, talvez ainda, não tenha emplacado entre editoras do mundo nenhuma de suas ideias. Lembra um pouco do princípio de Pareto: "gastando 20% da energia para conseguir 80% da grana possível". E até a variação tem seu mérito. Foi por conta do Gambiarra Podcast que eu finalmente entendi porque tem gente (Butilheiro) que tem coleção de TtR.

No caso dessa lista, é bem objetivo o critério. Você vai achar 1500 pessoas que dizem que tem o Mage Knight, 2500 que tem o Codenames, 4000 que tem o Zombicide Season 1, 5000 que tem o Dixit. Não tem o que argumentar sobre os números.
É uma discussão válida: qual a relevância desses autores? qual o legado que deixam? qual a inovação que trazem? para quem servem de inspiração?
Só não acho que a gente pode inferir isso dessa lista. O máximo que podemos fazer é entender porque a lista é assim. Vlaada não vai estar tão presente na coleção da maioria, porque, mesmo tendo 13 jogos no top 1000 do BGG, só dois ou três agradam a maioria dos jogadores de tabuleiro (e esses 2 ou 3 talvez nem caibam simultaneamente na mesma coleção para a maioria dos jogadores). Bauza, por sua vez, tem até menos jogos no top mil, mas não só tem jogos que alcançam um público maior, como também não canibalizam o espaço de outros dos seus jogos.
Qual seria o requisito mínimo para ser um designer? Precisa publicar um jogo para ser um? Ou precisa passar anos em pesquisa, playtest e desenvolvimento para publicar o primeiro? Ou precisa publicar "n" jogos com temas diferentes? Não ficaria (meio) arbitrário?
Caro Tuliobarros
Em parte eu concordo com você, porque realmente a minha proposta implicaria em alguma arbitrariedade. Aliás, toda lista sempre implica em arbitrariedade, porque ela é composta com base em parâmetros de uma, ou de um grupo de pessoas, que são escolhidos em detrimento de outros parâmetros. Inclusive o que torna uma lista mais relevante do que outra, é justamente o tipo de parâmetro levado em consideração quando a lista é montada.
No caso da minha proposta haveria logo de cara o problema de estipular, quantos jogos lançados a pessoa teria de ter para ser considerada um designer de jogos profissionais. Qual seria esse número mágico, 10, 05, 20 jogos? Por outro lado, na minha perspectiva, o fato de uma pessoa ter exercido uma função uma única vez na vida, não deveria habilitá-la como um profissional da área, independente do sucesso que ela tivesse obtido. Só para ficar no exemplo mais comum que é o da música, o ex-jogador Júnior do Flamengo, atual comentarista da Globo, na época da Copa de 82, gravou um compacto com a canção "Povo Feliz (Voa Canarinho Voa)". Esse disco vendeu mais de 800 mil cópias, e mesmo assim o Júnior não é conhecido como cantor, apesar do estrondoso sucesso do seu único hit. Inclusive muitos cantores profissionais, com uma carreira sólida jamais conseguiram alcançar esse feito.
Por isso, apesar da arbitrariedade intrínseca, ainda assim, eu acho que não seria nenhuma absurdo estabelecer um mínimo de 5 jogos diferentes lançados, mesmo que com a mesma ambientação (e não versões diferentes do mesmo jogo, como é o caso do Zombicide, porque aí é covardia), para considerar a pessoa um design de jogos profissional.
Mas obviamente essa é apenas aminha opinião.
Um forte abraço e boas jogatinas.
Iuri Buscácio