Marllos Dias::

Concordo que a tendência parece ser essa mesmo. Muitas vezes, o que me segura em comprar um jogo de fora, mais que o preço, é a dependência de idioma. Não que seja um problema gravíssimo, mas convenhamos que é um pouco chato ter que ficar parando o seu jogo toda hora pra traduzir algo em outra lingua, ao mesmo tempo que ninguém é obrigado a ter que falar outro idioma só pra passar alguns momentos de diversão com os amigos. 

Mas as editoras têm que ficar espertas na hora de anunciar também. Pouca coisa me irrita mais no hobby hoje em dia que essa nova onda das editoras ficarem cozinhando o galo e dizendo "Oh, temos projeto novo. Vamos soltar pistas em quatro lives em canais diferentes, ao longo de um semestre, e depois vamos revelar o nome do jogo em uma live super especial daqui a 8 meses. O lançamento deve ser no meio do ano que vem." Ou você tem a licença e anuncia de uma vez, ou não anuncia nada, amigo! Haja paciência pra isso!

Merv foi um desses. Quando a editora nacional anunciou o jogo, já tinha minha cópia há meses. E tenho a impressão que, apesar de ser um jogo muito bom, talvez não venda tanto aqui no Brasil, porque é independente de idioma, e muita gente aproveitou uma brecha legal da lojinha do Jeff Bezos, que classificava o jogo como livro (e, portanto, livre de boa parte da tributação), pra importar sua cópia num preço bem interessante. No caso desse, eu comprei na loja internacional, mas se você pesquisar bem, já vai encontrar muitos jogos gringos num preço bom na loja brasileira do camarada Bezos. A própria caixinha com as cartas base do Dominion, que é vendida separadamente, já pode ser encontrada na loja brasileira, e num preço muito melhor que o que eu paguei na época. Inclusive, fica a dica de Black Friday: Dominion Intrigue + Dominion Base Cards, você já consegue jogar Dominion tranquilamente sem depender da boa vontade da Conclave em reimprimir a caixa base.

Caro Marllos Dias

Além disso que você falou, ainda tem a questão da falta de domínio do idioma, por parte dos amigos. Antes da pandemia, diversas vezes eu deixei de apresentar o Lords of Waterdeep, justamente por isso, porque não tenho  past up de todas as cartas, e não tive paciência de fazer. Com a necessidade de isolamento social passei a jogar a versão digital, e hoje sinto um desânimo enorme até mesmo de pensar em resolver essa questão para viabilizar as futuras jogatinas com os amigos.

Quanto às demais indicações, o Dominion é um velho conhecido, mas esse Merv confesso que não conhecia e vou dar uma olhada melhor.

Um forte abraço e boas jogatinas.

Iuri Buscácio   

stinger_den::A própria Grey Fox Games também não da muita informação sobre o reprint. 
Apenas comentam que estão trabalhando no terceiro jogo da série e em uma expansão para Conquistadores de Midgard.

Luciano Fonseca:: Mosaico é uma piada, nem o suporte pós vende sabe da, se vem mofado  manda comprar sanol para limpar invés de trocar. 

Caros Stinger_den e Luciano Fonseca

Aí fica muito difícil meus camaradas. Se nem a matriz (Grey Fox Games), e muito menos a filial (Mosaico Jogos), dão uma assistência decente, o jeito é apelar mesmo para a concorrência (Renegade e MeepleBR), e se virar com o "Invasores do Mar do Norte", para curtir alguma "onda viking", quem aprecia o tema.

Além disso, eu tenho um receio enorme de que aconteça com o "Campeões de Midgard", a mesma coisa que ocorreu com o "Stone Age". O reprint demorou tanto tempo, que o preço do jogo acabou inflacionado artificialmente, indo às alturas e sendo vendido até por R$ 650,00, no mercado de usados. O resultado disso é que, quando houve o reprint, um jogo que alguns anos atrás era vendido por R$ 200,00, foi relançado pela Devir custando R$ 500,00. 

Claro que, diferente do "Stone Age", o "Campeões de Midigard" ainda não foi lançado, mas isso só piora a situação porque não haverá nem um "preço antigo" para servir de parâmetro de comparação. Nesse caso a demora no reprint, ou melhor, no lançamento, em se tratando do "Campeões de Midgard", possivelmente fará com que as pessoas fiquem tão angustiadas para comprar o jogo, que quando ele finalmente for lançado, estarão dispostas a pagar qualquer preço por ele. Foi exatamente baseado nisso, que a Devir relançou o "Stone Age" por R$ 500,00 (que era um pouco menos do que o valor que se pagava no mercado de usados), e mesmo caro desse jeito as pessoas compraram o jogo. De um modo geral, ninguém quis correr o risco de ficar sem, e ter de esperar anos a fio por um possível novo reprint. 

Infelizmente, eu acho que há uma chance considerável, de que isso também ocorra com o "Campeões de Midgard", e que ele acabe sendo lançado por um preço muito maior do que deveria, por conta de toda a espera por ele. 

Um forte abraço e boas jogatinas.

Iuri Buscácio 

Adoro seus textos, mesmo que as vezes um pouco longos.  Quanto à Mosaico, reforço o coro que ela consegue  mesmo dentre tantas outras fortes concorrentes ser a pior "editora" nacional de boardgames. Ou melhor,  nem sei se dá pra chamar de editora...talvez importadora fosse melhor.  De qualquer forma, isso é um feito e tanto,  tendo em vista o cenário nacional. 

xpetow::Adoro seus textos, mesmo que as vezes um pouco longos.  Quanto à Mosaico, reforço o coro que ela consegue  mesmo dentre tantas outras fortes concorrentes ser a pior "editora" nacional de boardgames. Ou melhor,  nem sei se dá pra chamar de editora...talvez importadora fosse melhor.  De qualquer forma, isso é um feito e tanto,  tendo em vista o cenário nacional. 

Quanto ao tamanho dos meus textos, saiba também que eu tenho total consciência de que eles são extensos demais, para a atual realidade on-line, que foi moldada com base no limite de 140 caracteres. Todavia, em minha defesa, eu gostaria de alegar que normalmente eu trato de temas mais profundos e bastante abrangentes, o que infelizmente demanda uma argumentação mais apurada e consistente, o que implica em maior espaço.
 
Eu poderia escrever, por exemplo, algo do tipo: 

"Apesar dos jogos 4x também serem considerados jogos CIV, e do fato do jogo Stellar Contest de 1975, ser considerado o primeiro jogo 4x, e portanto, também o primeiro jogo CIV, na verdade o criador desse tipo de jogo (CIV) foi o Francis Tresham, com o lançamento do Civilization em 1981." 

Fazendo isso, eu resumiria dois ou três parágrafos, do meu texto anterior, para jogadores iniciantes. Só que nesse caso eu estaria usando o chamado "argumento da autoridade", o que é muito ruim, inválido e até uma prática perigosa. Uma pessoa menos experiente poderia pensar, se o Iuri que pelo menos parece saber alguma coisa sobre jogos CIV, disse isso, então isso deve estar certo, só porque foi ele que disse. Nada é mais falacioso do que isso, e essa é uma forma de pensar que deve ser evitada a qualquer custo. Se eu escrevo uma afirmação dessa em um texto, o mínimo que se espera é que eu desenvolva o raciocínio e justifique os motivos que me levam a pensar dessa forma. Só assim a pessoa que ler o meu texto poderá analisar os argumentos que eu apresentei, e ver se concorda ou discorda deles. 

De um modo geral, as pessoas podem pensar o que quiserem e expressar isso naturalmente, agora se esse pensamento estará correto ou se efetivamente encontrará esteio na realidade, aí já é uma outra conversa, que demanda argumento e como eu disse antes, isso requer algum espaço. Se não for assim, a discussão se resume a um dizer que pensa "A", enquanto o outro dirá que pensa "B", e cada um fica com a sua forma de pensar.
Por fim, mais uma vez eu quero te agradecer pelo prestígio aos meus escritos, que modéstia à parte, são muito extensos, mas eu realmente acho que valem a pena o esforço, até porque eu acredito firmemente em cada letra e cada vírgula, que eu escrevo.

Um forte abraço e boas jogatinas.

Iuri Buscácio