Tentando escrever pouco hoje (acho que você não precisam ler ao vivo o que escrevi, tá?)

O jogo mais pesado do TOP 100 do BGG é o On Mars (segundo o site, 4.64), mas achei muito mais leve e divertido do que o Lisboa (4.56). Sem querer voltar ao tema de avaliações, mas qualquer nota: seja de peso (complexidade), seja quanto bom é o jogo (nota geral) ou, sei lá, de quão divertido o jogo é, tudo isso é muito pessoal. O BGG sugere algumas perguntas para avaliar a complexidade: qual é a grossura ou complexidade do manual? quanto tempo demora uma partida? quanto tempo passa planejando ou resolvendo uma ação? quanto você precisa pensar para aumentar sua chance de vitória? quanto você depende de sorte para ganhar? quanto de técnica você precisa para jogar? quão rápido se demora para entender as regras? quantas vezes você precisa jogar para sacar o jogo? etc. Já no que se refere à nota, ele sugere que você avalie sobre sua vontade de jogar a próxima partida: 1 - Horrível - desafia a definição de "jogo"; 2 - Muito ruim - certeza que nunca mais jogarei; 3 - Ruim - provavelmente nunca mais jogarei; 4 - Não tão bom - mas poderia jogar novamente; 5 - Medíocre - pegue ou deixe; 6 - Ok - jogarei se estiver com vontade; 7 - Bom - geralmente disposto a jogar; 8 - Muito bom - curto jogar e sugiro jogá-lo; 9 - Excelente - curto muito jogar; 10 - Fora de série - sempre vou curtir jogá-lo.

Mas como é que a gente avalia (o peso - ou preencha com a variável que você quiser)? "Merece um 1 ou 2,5 ou 5..." E o que eu digo que merece é algo totalmente diferente do outro. Achei interessante o Viriato pedir que o Edu descolasse da avaliação do BGG pra dizer o que é o mais pesado ou o que é menos. (Edu, #tamojunto! Eu também tenho a tendência de ver o jogo pela nota que dão). Lignum (second edition) foi o jogo que eu mais achei pesado/chato/tedioso (BGG: 4.10) e certamente não é O mais pesado segundo outrem.

Você sabe os movimentos das peças do Onitama (as cartas que você tem, as do seu adversário e a que está fora) ou as de Damas ou as de Hive ou as de Xadrez. Você não tem a mínima dúvida sobre as regras. Para você, esses jogos merecem o mesmo peso? Da minha parte, entendo que perceber as camadas dum jogo (ou as consequências das decisões de um jogador) não altera a complexidade do jogo, porque só dá para avaliar essa complexidade quando se entende o que está acontecendo na mesa (e não apenas quais são as decisões possíveis de um jogo).

Uma coisa que influencia no peso do jogo é a relação do tema com o jogador aliado a mecânica do jogo estar bem amarrada a essa mecânica. Certa vez um amigo trouxe 2 jogos pesados para jogarmos aqui em casa, Cuba Libre (3.55) e Dominant Species: Marine (3.86), e eu não senti o peso do primeiro, mas senti bastante o peso do segundo.
A história da revolução cubana é um tema que me fascina, e a jogabilidade está tão bem amarrada com os acontecimentos históricos, que eu não senti a complexidade que o jogo tem. Em contrapartida, a partida do Dominant Species Marines demorou muito pra engatar, eu até agora não sei como eu ganhei aquele jogo pq era tanta coisa que tinha que eu não conseguia traçar uma estratégia pra vencer, me concentrava apenas em estar jogando a ordem do turno corretamente. 
Outro que ocorreu o mesmo foi o Eclipse, li o livro de regras enquanto o pessoal terminada a partida de Altiplano, e entendi tudo na primeira lida, quando olhei o peso dele no BGG (3.70) até me surpreendi, pq achei as mecânicas tão bem amarradas que tudo fluiu perfeitamente bem.

Boa noite pessoal, acabei de ouvir, muito bacana, parabéns. E aí Vanessa, lembrou da pergunta?  Hehehe. Sobre o jogo mais leve que joguei, tem vários, mas de bate pronto me veio a mente o clássico Batalha Naval, inclusive gosto muito. O pesado, pelo que me recordo, foi o Lisboa, algumas horas vendo vídeos de regras e outras horas na explicação de regras na casa do brother que joga comigo, minha primeira partida dele levou algumas horas por conta disso e por conta de ter que ficar consultando o manual durante o jogo, saí com enxaqueca, perdi, mas gostei muito, hehehe