4 jogadores:
Marcelo (Cthulhu)
André (Hastur)
Éder (Nyarlathotep)
Eu (Shub-Niggurath)

Nesta terça o Marcelo, André e Éder foram lá em casa, o Marcelo carregando uma caixa com a ajuda de uma empilhadeira. Após a mesma ser aberta e movermos a laje que a cobria num esforço conjunto, começamos a admirar seu interior e a logo colocar as riquezas em cima da mesa, de forma a podermos melhor admirar o conteúdo. Foi uma surpresa ao descobrirmos que havia, entre as muitas coisas, um manual explicando como usar aquelas peças em um tipo de jogo. Decidimos tentar:

As facções foram divididas assim: Nyarlathotep (Éder), Hastur e o Rei em Amarelo (André), Cthulhu (Marcelo) e Shub-Niggurath, o Bode Negro (eu). Não conhecíamos os poderes das outras facções (e, a princípio, mal e mal as daquela que manejávamos) e fizemos questão de manter assim, para ocorrer uma surpresas mesmo. Começamos todos com uma expansão básica e amigável, com o Marcelo já colocando um novo portal (para gerar mais poder), enquanto os outros preferiram colocar algumas criaturas de maior porte para dar apoio aos cultistas. Assim, com três portais controlados, a facção do Cthulhu já realizou um ritual de aniquilação, para saltar à frente com 6 pontos. Isso, no entanto, provavelmente foi um erro. Com o poder usado no ritual, o Marcelo perdeu a toada e expandiu-se pouco, além de colocar poucas criaturas no tabuleiro.

Com o Rei em Amarelo o André tentou e falhou algumas vezes profanar a Escandinávia (bravos vikings!), enquanto um cultista do Nyarlathotep acompanhado de um Caçador Hórrido foi abrir um portal no Ártico. Porém, antes, eu havia conjurado o Shub-Niggurath para tocar o terror no oeste da África, e então, vendo uma oportunidade, usei o poder do Shub, em que este troca de lugar com o de algo em outro lugar, e nisso o Shub foi até o portal e ali fiz aparecer um cultista, para tomar conta do portal e ganhar o poder gerado por ele. Isso me deixou em primeiro em poder na rodada seguinte, e como tinha me expandindo bastante nas primeiras rodadas, estava com vários dos feitiços prontos. O Marcelo, mesmo sem lá muito poder (enfraqueceu-se quando removeu alguns cultistas do Cthulhu do tabuleiro com medo de eu capturá-los com meu Fungo de Yuggoth) colocou o Cthulhu em jogo, todavia provou-se uma decisão precipitada uma vez que isto foi tudo o que fez, sem ter mais poder para outras ações. Dessa maneira, estiquei os tentáculos do servos do Shub até um portal controlado pelos devotos de Cthulhu no Pacífico Norte. Minha Cria Escura capturou o solitário cultista cthulhiano por lá, mesmo sob ameaças de retaliação do próprio Cthulhu, e tomei o portal para mim.

Pela Europa o Rei em Amarelo, já ao lado do Hastur, profanava a região, contudo demorava bem mais do que queria (as rolagens não estava cooperando com o André, que precisava rolar 4 ou menos num d6 e rolava 5 ou 6, noutras 5 ou menos e rolava 6). O Nyarlathotep ainda buscava recuperar o poder perdido, e para tanto conjurou várias e custosas criaturas para os dois portais que mantinha, um no Oceano Índico e um no sul da Ásia. E ainda usou um turno, sem ação, para ganhar um feitiço. Com isso, ao final da rodada, eu tinha cinco portais sob meu controle e fiz um ritual de aniquilação para disparar nos pontos. Além disso, com o Shub, estava sacrificando cultistas para ganhar uns símbolos anciões.

Na rodada que veio a ser a final, o Hastur convocou o Cthulhu e o Nyarlathotep para irem ao ataque, ou o Bode Negro ia sambar na cabeça deles. E o Shub basicamente falou "venham aí, babacas", pois usei toda minha rodada para eliminar dois cultistas e cumprir o necessário para obter o sexto e último feitiço do Shub, pois sabia que o jogo iria terminar, só não sabia como. Começou com o Nyarla, pessoalmente, indo para o Ártico retomar o que era dele, acompanhado de um Caçador Hórrido e um Pólipo Voador. A luta foi contra o Shub, uma Cria Escura e um Cultista, e não foi boa para o Shub, que, por sorte, não foi eliminado e pode escapar para o Pacífico Norte, onde havia reforços esperando-o. Na África, tanto no leste quanto no oeste, o Rei em Amarelo e seus Mortos-vivos mataram os cultistas do Bode Negro, mas ao menos os Carniçais do Shub ficavam aparecendo e provocando a dispersão dos Mortos-Vivos. De qualquer modo, o Rei em Amarelo ocupou e tomou um portal do Shub, enquanto o Nyarla tomou o outro, abandonado, no oeste da África. O Nyarla ameaçou invadir um território do Hastur, contudo este explicou que iria massacrá-lo e uma paz tensa ocorreu.

A diversão não havia encerrado, pois o Cthulhu estava espumando para trazer gloriosa devastação para cima dos devotos do Shub. Assim, o Cthulhu, junto de um Profundo e uma Cria Estelar foram até a Antártida, onde havia um portal controlado por uma Cria Escura. O Cthulhu chegou já devorando um das criaturas ali, um Fungo de Yuggoth, e restou somente a Cria Escura contra todos os invasores. O Marcelo tinha rolava 11 dados, contra meus 2, e achando pouco, optou por eliminar o Profundo para ganhar mais três dados por causa do Shoggoth, totalizando 14. Ambos rolamos e ele não conseguiu tirar um 6 para matar a Cria Escura, então ambos trocamos uns danos, a Cria teve de sair do lugar, mas saiu pagando prosa, na maior moral, basicamente tornando-se o herdeiro direto do Shub ao encarar e resistir ao Cthulhu e o filhote deste. Porém, isso só mostra que a Antártida é o calcanhar-de-aquiles do Cthulhu e da raça dele, e que ele não aprendeu isso com as Coisas Ancestrais (quem sabe do que eu falo, sabe).

Então, um tanto após este momento, revelei que tinha os símbolos anciões de valor suficiente para chegar ao 30 na trilha de destruição, o que deu o gatilho de final de jogo antes que as outras facções pudessem pontuar pesado por tudo que tinham tomado do Shub. Dessa forma, os mil filhos do Bode Negro comemoraram. Após a ampla expansão inicial, reforçada pela facilidade em colocar servos no tabuleiro, o Shub tomou dois portais enquanto todos eram amigos e mostrou que os chifres são de esperteza.

O tabuleiro ao final da última rodada:







Att,