"Essa é uma obra única de Degas, parte do período de artes históricas e particularmente expressivo em suas cores e composição. Obras similares alcançaram valores na casa da dezena de milhões nas casas de leilão."
"É, bonito. Vou apoiar. Tome aí mais uma carta."
"Ah, ótimo. Faltam só duas agora para ele ser o artista da rodada!"
MODERN ART: THE CARD GAME (a.k.a.: MASTERS GALLERY)
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(Cortesia de Steve Holden)
Esta é a versão de cartas do Modern Art (Arte Moderna), a qual desconheço, o que deve permitir uma resenha mais positiva do que talvez ela fosse se conhecesse o jogo que deu origem a este. Fiquem com isso em mente. Além disso, a partir daqui, vou me referir ao jogo exclusivamente como Masters Gallery.
Pois bem, no Masters Gallery, os jogadores (de 2 a 5 participantes) assumem o papel de donos de galerias que, através do uso de cartas, buscam aumentar o valor das artes que têm em mãos para as próximas rodadas como também adquirir o maior valor possível para aquelas artes que foram colocadas na mesa na rodada atual.
O jogo ocorre em 4 rodadas, sendo que ao final de cada uma delas, há uma contagem de pontos feitos. O jogador da vez abaixa uma carta na mesa, que contém uma arte e é pertencente a algum dos 5 artistas. Quando o mesmo artista tiver 6 ou mais obras expostas na mesa, a rodada termina, valores são distribuídos aos artistas e a pontuação é contabilizada.
Um exemplo de final de rodada e marcação de pontos:
Vemeer - 3 cartas
Degas - 1 carta
Monet - 3 cartas
Renoir - 0 cartas
Van Gogh - 6 cartas
O marcador de 3 pontos vai para o Van Gogh, o de 2 pontos para o Vemeer (o desempate vai para o artista com menos cartas na pilha de cartas, que no caso é o Vemeer) e o de 1 ponto fica com o Monet.
Assim, cada carta que o jogador abaixou do Van Gogh valerá 3 pontos, do Vemeer 2 pontos e do Monet 1 ponto cada. Essa pontuação é cumulativa, então, se na rodada seguinte, o Van Gogh ficar em 2º lugar (ganhando mais 2 pontos), cada carta abaixada naquela rodada do Van Gogh valerá 5 pontos.
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(Cortesia de Ender Wiggins)
Portanto, o esquema do jogo é tentar maximizar a pontuação na rodada atual, mas também preparar o terreno para pontuar ainda mais nas rodadas subsequentes. Ou seja, é necessário aumentar o valor de mercado das obras de um determinado artista, mas também manter cartas na mão para se aproveitar disso, afinal, de que adianta cada carta do Renoir valer 10 pontos, se você não tem mais cartas dele?
É claro que não é tão simples quanto só abaixar cartas. Ou melhor, é, mas com algo mais: existem cartas que permitem efeitos diversos, tais como: colocar uma carta a mais do mesmo artista, abaixar uma carta escondida (que só é revelada ao final da rodada), pegar da pilha de compra uma carta, premiar um artista (dando-lhe 2 pontos a mais, que são cumulativos com o que quer que ele tenha e que venha a ter), etc. Dessa forma chegasse em escolhas: abaixar uma carta do artista que os outros estão investindo, ou usar uma carta especial de outro artista?
Esse é o esquema do jogo: seguir a moda ou tentar criar tendências?
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(Cortesia de Ender Wiggins)
E É BOM?
Dentro do escopo dele, é sim. Não é um jogo complexo, e as decisões muitas vezes são simples, mas ocorrem sempre, o que é bom.
É um bom jogo para trazer pessoas para quem a referência em jogos seja o War, pois é fácil qualquer um se relacionar com o tema: os artistas são famosos, a arte do jogo é excelente (mas poderia ser melhor: as cartas normais, sem efeitos, têm todas a mesma arte) na versão do Masters Gallery.
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Imagem do Modern Art: The Card Game, não da versão Masters Gallery (Cortesia Fred CS)
O número ideal de jogadores é, para mim, 3. Com quatro é bom também. Mas evitem jogar em 5 - o normal é um ou outro participante abaixar uma única carta antes da rodada terminar, o que não permite o aproveitamento do jogo e o desenvolvimento de alguma estratégia.
A duração média de uma partir gira em torno de 30 a 45 minutos.
E é isso!
Abs,