Review: Detetive (Clue ou Cluedo)
por Marcelo Cardoso
Versão Clue da Hasbro
Designer: Anthony E. Pratt .. Artista: --- .. Estilo: Jogo Familiar .. Tema: Investigação Criminal
Ano de lançamento: 1949 (primeira edição) .. Editoras: Hasbro/Estrela .. Dependência de idioma: Baixa
Idade recomendada: 8+ .. Duração: 60 minutos .. Nº Jogadores: 3 a 6 (ou 8) .. Nível de Regras: Fácil
Mecânicas: Dedução e blefe, Gestão de mão, Movimento ponto a ponto, Papel e caneta, Rolar e mover
"Na última madrugada, um conhecido milionário foi encontrado morto em sua mansão. Os investigadores de polícia identificaram seis suspeitos e seis armas escondidas entre os nove cômodos da mansão, mas não conseguiram solucionar o caso. Quem será capaz de desvendar esse mistério?".
Baseado num sistema simples de pistas e palpites, esse antigo jogo, com suas inúmeras versões, é um verdadeiro clássico, que reúne famílias em torno de uma mesa há gerações.
Originalmente chamado de Cluedo ou Clue, Detetive é um interessante jogo de tabuleiro que simula uma investigação para descobrir quem, entre seis suspeitos, é o autor de um crime de assassinato!
Clue é uma criação original de Anthony E. Pratt, que em 1944 desenvolveu o jogo e o apresentou a Waddington´s Games, na Inglaterra, que o lançaria alguns anos depois, em 1949.
Transformado em clássico ao longo dos anos, o jogo é hoje comercializado em mais de 40 países, em diversas versões e idiomas diferentes. No Brasil, o jogo é produzido e publicado pela Estrela desde os anos 1980, sob licença da Hasbro International Inc, que também lançou suas próprias versões nas lojas.
Suspeitos e armas, na versão clássica
Entre as várias versões existentes em todo o mundo, a mais conhecida certamente é a que tem como cenário a mansão do Mr. Boddy (Sr. Pessoa, em português), morto em sua própria residência por um desses 6 indivíduos: Colonel Mustard (Coronel Mostarda), Reverend Green (Sr. Marinho), Professor Plum (Professor Black), Miss Scarlet (Srta. Rosa), Mrs. Peacock (Dona Violeta) e Mrs. White (Dona Branca).
Os jogadores, que escolhem entre os seis personagens disponíveis, devem percorrer todos os cômodos da mansão, em busca de pistas que os levem a descobrir: “Quem matou o milionário, em qual aposento e com que arma?”. Essa versão clássica possui, além dos seis suspeitos, nove aposentos e seis armas, trazendo 324 combinações diferentes de resposta para essa pergunta.
No início do jogo 3 cartas são escolhidas aleatoriamente, sendo 1 suspeito, 1 arma e 1 local do crime, que são depositadas dentro de um envelope, sem que ninguém saiba quais são. As demais cartas são distribuídas entre todos os jogadores.
O objetivo é encontrar a solução do crime, isto é, descobrir quais são as cartas contidas no envelope secreto. Na vez de cada jogador, ele deve rolar um dado e procurar entrar com o seu peão em um dos aposentos, onde terá direito a dar um palpite. Por exemplo, ao adentrar a Biblioteca o jogador que controla a Dona Branca diz: “Acho que o crime foi cometido pelo Coronel Mostarda, na Biblioteca, com o Castiçal”. Dizendo isso, ele deve colocar o peão correspondente ao Coronel Mostarda, mais a arma, no caso o castiçal, no cômodo que representa a Biblioteca no tabuleiro. Observe que o peão da pessoa que deu o palpite deve encontrar-se dentro do aposento onde ele acha que ocorreu o crime, como se ele tivesse acabado de investigar o local.
Locais do crime, na versão clássica
Os outros jogadores devem contradizer o palpite, se puderem. O palpite é desmentido se o jogador a esquerda do jogador da vez mostrar uma carta que seja parte do palpite, por exemplo, “Castiçal”, provando que essa carta não se encontra no envelope com a solução do crime (a carta deve ser mostrada apenas ao jogador que deu o palpite e essa informação não deve ser compartilhada com os outros jogadores).
Caso o jogador imediatamente à esquerda do jogador da vez não tenha nenhuma carta para desmentir seu palpite, ele passa para o próximo jogador, em sentido horário, para que ele tente desmentir o palpite, e assim, sucessivamente...
Quando um jogador está certo de que desvendou o mistério, ele pode, na sua vez, fazer uma Acusação. Diferente do palpite, a Acusação pode ser feita de qualquer lugar no tabuleiro e não necessariamente do suposto local do crime. O Acusador verifica em segredo as cartas do envelope. Se sua afirmação estiver 100% correta, o jogo se encerra e ele é o vencedor. Qualquer erro elimina o jogador da partida, deixando-o apenas como expectador e para desmentir os palpites dos outros jogadores com as suas cartas.
Para quem é indicado: Detetive é um verdadeiro clássico, perfeito para reunir a família e os amigos num final de semana e curtir uma ou duas horinhas de suspense e diversão certas! Sendo assim, recomendo a todos que gostam de resolver mistérios de forma simples e direta, além de dar boas risadas tirando sarro quando alguém cair naquele seu blefe ou falhar numa acusação.
Embora a dinâmica seja sempre a mesma, os jogos mais recentes da linha Detetive no Brasil tentam acrescentar um pouco mais de desafio trazendo mais locais, mais armas e mais suspeitos e aumentando o número de jogadores para até 8 pessoas. Uma delas utiliza um aplicativo para gerar pistas, outra vem com um tabuleiro 3D e há ainda uma ambientada no Velho Oeste, além da versão Junior, voltada para crianças. Há ainda versões de temas variados como Os Simpsons, Harry Potter e até Dungeons & Dragons, a maioria lançada apenas no exterior.
E vocês, também têm boas lembranças desse jogo na infância? Ainda jogam e se divertem com ele? Qual versão? Deixe aqui seu comentário!
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