tuliobarros::Gloomão e Gloominho não me despertam um desejo incontrolável de comprar tudo o que tiver pela frente, nem mesmo olhar o valor anunciado.
Mas o Cerebria me chamou atenção! 
Sempre que eu penso na Splotter, eu imagino dois caras super inteligentes e super teimosos. Só fazem o que querem, quando querem, como querem. Não me parece ser uma forma de protesto contra a forma que o mercado está se consolidando, ou sobre o que se espera do "produto" jogo de tabuleiro. Por que não terceirizam? Por que concentram todas as etapas de produção do jogo? Daí você apresenta um "upgrade" nas edições do Antiquity e vê como é difícil cederam para uma melhora na experiência do jogador. O único jogo dela que joguei foi o FCM que é excepcional. Mas a impressão é que, para adquirir um jogo da Splotter, o hobbista precisa sofrer, suplicar, esperar... parece que eles estão fazendo um favor, que é um presente, um dom, ter um sua mesa um jogo da Splotter.
Eu queria ter uma outra impressão e quero muito estar errado.
HAHAHAHAHA...
Você acertou em cheio a sensação desejada pela slotter.. Concordo em todos os sentidos.
Meu entendimento para a Splotter é:
- Os autores se acostumaram tanto com o protótipo dos jogos, que resolveram imprimir em larga escala para vender seu PNP, que esqueceram que existe um processo produtivo após o playtest.
- De quebra, pediu para o filho de algum deles cortar os tiles com alguma tesoura do Batman ou do Superman (sabe aquelas cheias de zigue-zague?!), por isso são tortos.
- A arte rupestre foi tirada de um outro filho deles com giz de cera, para evitar que a criança consiga criar uma arte rica em detalhes.
- O preço foi calculado pela esposa de algum deles, que embutiu um "imposto de ódio", pelo tempo que eles devem ter ficado trancados projetando o jogo.
- E a caixa foi projetada pela mãe de algum deles, por ter aquela filosofia de "sempre cabe mais um no coração de mãe", já que nunca sobra espaço pra nada na caixa depois de destacado os tokens.
Alguns podem até argumentar que os jogos têm aquelas artes para ficar mais temático e vou concordar. O Food Chain tem uma arte que considero linda e que faz sentido com a época que o jogo retrata. Poderiam ser melhores? CLARO!
Antiquity joguei recentemente e é um dos jogos mais feios que já vi, mas eu consigo compreender (por força do ódio) que a arte é rupestre pois é um jogo que nos leva para a Idade Média. Poderia ser melhor? ABSOLUTAMENTE!!! Basta ver a iconografia da tinta com a do peixe para você ficar se confundindo.
Mas não adianta reclamar. Já cheguei a enviar um e-mail gigante explicando alterações que podiam ser feitas, coisas sutis e coisas grandes. Inclusive sugeri um reprint dos jogos na versão deluxe, como diversas editoras fazem, sem se desfazer das versões originais. Responderam informando que fazem sua próprio produção e eles não tem como arcar com uma produção deluxe e, principalmente, eles não têm interesse algum pois estão satisfeitos com o produto.
Às vezes, eu vejo como má vontade e amadorismo, de certa forma. Sei que atendem a um nicho muito exclusivo, mas poderiam estar muito melhores se cedessem a isso. Basta vermos os jogos no KS. Se o jogo for bonito por si só (Marvel United), a pessoa vai comprar, independentemente da mecânica. Imagina o jogo já ter uma mecânica foda e agora uma arte também foda?!
Aí argumentam que jogos pesados não ganham o público com a beleza. Ok, vamos ver então o sucesso que foi qualquer KS do Vital Lacerda?! Jogos pesados e com uma produção de dar inveja.
Solução que encontrei para quando tiver tempo e dinheiro: contratar um profissional para refazer todas as artes e uma fábrica para imprimir em material de qualidade. Fim.
Obs.: Até o PNP do Antiquity no BGG conseguiu ser mais bonito que o próprio jogo hahaha