Fala galera, gostei bastante do episódio principalmente pelas opiniões negativas. Mesmo tendo gostado bastante do jogo acho a opinião geral ai bem válida e tenho algumas coisas pra acrescentar!
Eu não sei onde que o Cyrus viu esse vídeo falando que o Maracaibo é inovador, mas o Maracaibo não é um jogo inovador nem na fórmula Pfister. Tenho quase todos os jogos do Pfister (e jogados, o que é importante né kkk) e uma das coisas que acho mto bacana nos jogos dele é que a cada jogo ele pega uma mecânica ou uma dinâmica e "Pfisteriza", e no Maracaibo ele pegou coisa de vários jogos dele e "re-Pfisterizou" kkkkk tem a trilha das nações que se assemelha às trilhas do Mombasa (inclusive como comentei no grupo lá dos padrinhos, seria o único que eu gostaria de um episódio de vocês, mesmo estando fora da nota de corte real), o multi-card use de vários outros jogos dele, o modo campanha/história #legacysóquenão que ele usou no Port Royal (com exp), Oh My Goods e tal e o "mapa rondel" do GWT. Como eu gosto mto dos jogos do designer por conta deles estarem no meio termo para quem joga bastante e quem não joga, como até o Mário comentou, um jogo mais fácil de colocar pra uma galera que não joga, curti bastante o jogo por ser uma salada de várias coisas que eu gosto nos outros jogos dele, quase um fan-service kkkkk
Com relação às estratégias, por conta de ter aquele esquema de Deck A e Deck B e o modo campanha/história (cujo termo Legacy achei bem merda, não tem nada de Legacy), não entrar todas as cartas e tal, aqui em casa pelo menos cada partida a gente meio que teve que tentar coisas bem diferentes. Teve partida que fomos mais pro lado da trilha do explorador, teve partida que foi fazer carta até fazer bico, teve partida que as Quests foram bem disputadas, outras a gente só fez pra avançar a história, teve partida que a trilha das nações foi o que definiu, outras os assistentes foram fundamentais, o tabuleiro ficou lotado de assistente, enfim, fora vc bater isso com as construções de prestígio. Algo que não está no manual mas está no BGG é jogar com as 4 construções abertas desde o começo do jogo. Aqui a gente só jogou assim pq fez zero sentido pra gente na primeira partida pq um investiu numa parada sem saber, abriu a última construção, "Opa, olha essa cacetada de ponto que eu posso fazer e vc não" e ai a partida morreu ali. Outra coisa é que o jogo muda totalmente jogando contra quem rusha o tabuleiro (isso também no GWT, porém menos no GWT do que no Maracaibs) e contra quem vai mais na boa, não só a pontuação final (que nesse rush maluco ai é minada totalmente), mas também no que investir, no que fazer. Não acho que é um jogo que vc não precisa prestar atenção no que o outro está fazendo, mas isso vai depender muito contra quem vc está jogando. No começo a gente não prestava, mas depois de 2-3 partidas isso acabou se tornando parte do jogo.
A gente não terminou até hoje o modo história, passamos da metade e acho que pra matar a campanha inteira precisa de pelo menos umas 15 partidas no total (butilheiro pode me corrigir, ele jogou mais do que eu e terminou), então ainda faltam algumas, mas não jogamos sem esse modo e aqui em casa sem ele acho que no gosto atual dos dois juntos nem iria pra mesa. Deixei o modo história pela metade mesmo até pra provocar uma longevidade aqui em casa, pq ao final do episódio que a gente gravou a Carol tava saturada de Maracaibo e eu n quis ir além e o jogo cair na lista negra dela kkkkkkkk
Por fim eu não gostei do modo solo dele, mesmo o modo difícil depois acabei achando fácil pq a Carol aqui em casa é mto mais adversário do que o solo do jogo kkkk eu acaba me vendo sempre 1 ou 2 passos na frente do adversário solo, acaba virando uma partida de bloquear a Ana de fazer as coisas, vc fazer na frente e ganhando ponto. Parece que a exp tem um outro adversário solo, mas sinceramente expansão aqui é mto difícil. Tem que ser nível Anachrony pra valer pegar.
Acho que o Pfister é um designer com muito potencial, especialmente quando ele se arrisca e experimenta coisas novas, mas talvez ele tenha chegado num ponto em que as pessoas vão passar cada vez mais a cobrar ele por obras de sucesso dele e ele precisa pagar as contas da casa. Comparo isso a música, quando vc tem bandas geniais que no começo da carreira fazem obras absurdamente experimentais, inovadoras, "ground-breaking", mas quando se acostumam com a fama, dinheiro, iate e tal, precisam fazer coisas na média pra poder assegurar a grana. O Maracaibo pra mim é uma ode a tudo o que ele já fez e como gosto do passado dele, o Maracaibo me agradou muito, mas acho que vai demorar (se é que vai acontecer) pra voltar ao Pfister da Pfisterização. Acho que é um efeito natural e infelizmente o legado de quando o autor/banda está no top é o que a gente acaba tendo que se agarrar.
Enfim, como sempre, parabéns pelo episódio.