Olá pessoal! como vão vocês? espero que bem.
Meu nome é Victor, e é a primeira vez que escrevo algo na Ludopedia. E o porquê de eu decidir só escrever agora? então, esse porquê tem nome: Forbidden Stars. Esse jogo literalmente explodiu minha mente. Gostei tanto, mas tanto, que senti vontade de escrever sobre ele. Me perdoem os erros de pontuação e Português, bem como qualquer erro sobre a Lore de Warhammer. O único contato que tive até hoje com Warhammer foram alguns jogos de videogame, e o board game em questão deste bate papo. Não estou aqui para explicar regras, e dar muitos detalhes sobre o jogo (Que é pesadinho), é só um bate papo mesmo, uma troca de ideias sobre o game.
Enfim, sem mais encheção de linguiça, bora lá?
Forbidden Stars é um jogo de guerra intergalática para 2 à 4 jogadores, situado no universo de Warhammer 40K. Desenvolvido pelo grande Corey Conieczka (Designer que eu adoro) e outros dois que eu esqueci o nome, o jogo foi lançado em 2015. Cada jogador representa uma facção em busca de recursos, locais, e pessoas chave para a sua prosperidade. O jogo gira em torno da conquista destes objetivos ao longo de oito rodadas, podendo o jogo ser terminado antes, caso alguém consiga de forma adiantada conseguir todos os seus objetivos necessários.
O número de objetivos é igual ao número de jogadores, ou seja, em uma partida com dois players, quem conquistar dois objetivos primeiro (ou quem tiver mais objetivos ao fim da última rodada) vence o jogo, e assim sucessivamente, em outros números de jogadores. Cada rodada consiste de três fases:
1 - Planejamento: Na primeira fase, os jogadores dão ordens aos seus exércitos, espalhando os tokens específicos de cada ordem nos sistemas desejados. É possível colocar ordens por cima das dos seus oponentes, criando assim pilhas, que serão resolvidas em ordem decrescente na segunda fase.
2 - Fase de execução: As ordens são executadas uma a uma, um jogador por vez, seguindo a ordem decrescente nas pilhas. É nessa fase que acontecem as expansões, construções, upgrades, combates, e conquistas.
3 - Fase de arrumação: A fase onde os jogadores capturam os objetivos, levantam unidades, puxam cartas de evento e se preparam para a próxima rodada.
No jogo, temos ao todo quatro facções disponíveis:
Space Marines: Humanos leais ao Imperador, trajando vistosas e pesadas armaduras ornamentadas com vários símbolos e brasões. São a 'cara' do universo de Warhammer 40K
Orks: Uns malucos verdes que não estão nem aí pra nada e só querem devastar tudo que vêem pela frente. Sedentos por sangue, eles só querem a glória da guerra (Waaaagh!).
Eldar: Seres místicos, dotados de grandes poderes psíquicos. Uma raça milenar (Assim como tudo em Warhammer) que seriam uma espécie de "Elfos" do jogo.
Chaos Space Marines: Ex-Space Marines, abandonaram a causa do Império dos Humanos, e hoje se dedicam apenas ao Caos. Seriam uma espécie de "Marines Possuídos" do jogo.
Forbidden Stars é um clássico jogo "Dudes on a map". Expandir, construir, bater nos outros e cumprir objetivos. Parece simples né? e é aí que nós Enganamos. O que explodiu minha mente em Fordidden Stars foram os três seguintes fatores:
1 - O Sistema de Ordens

Como dito antes, em Forbidden Stars as ordens dadas ao seu exército, são colocadas em sistemas (A clássica ativação) do tabuleiro. Porém, o seu adversário pode também colocar uma ordem sobre a sua, e assim pilhas de tokens vão sendo formadas nos sistemas. Tá, mas o quê que tem demais nisso?
As ordens, na fase de execução, serão resolvidas de cima para baixo. Por exemplo, se você colocou uma ordem de produzir, visando se reforçar, e depois seu inimigo colocou uma ordem de ataque sobre a sua, sua estratégia foi toda por água abaixo. Talvez você nem tenha mais a sua fábrica pra contar história.
Outro exemplo bacana é o de você colocar uma ordem de estratégia (Ordem que lhe permite trocar recursos por upgrades nas cartas), e colocar outra de produzir em outro sistema. Dependendo do layout final dos tokens na fase de planejamento e do andamento na fase de execução, talvez você fique sem recursos para produzir, ou dar upgrades, ou talvez mude de idéia completamente, visando reparar perdas.
Forbidden Stars te força a pensar inversamente à ordem em que você deseja agir, devido ao empilhamento de tokens. O que você quer fazer primeiro, deve ser colocado por último na pilha, e vice versa. Eu achei isso simplesmente genial! A estratégia e a tensão já começa na fase de planejamento.
2 - As Tempestades de Distorção

No jogo, existem tiles cor de rosa que são intransponíveis. São as Tempestades de Distorção. Ao final de cada rodada, na fase de arrumação, ao puxar cartas de evento, cada jogador deve mover uma das Tempestades, que ficarão na mesma posição durante toda a próxima rodada. O que torna isso brilhante? simples, já pensou no monte de possibilidades que isso pode trazer?
Desde fazer gargalos no mapa, bloquear passagens, e proteger certos sistemas, tudo isso é possível fazer com as Tempestades. Além do lance dos tokens de ordens, você tem que ficar esperto com as Tempestades, que podem mudar sua estratégia toda para a próxima rodada, te impedindo de chegar em alguns locais cruciais para o seu desenvolvimento no jogo.
3 - O Combate

Amigos, até hoje o melhor combate que eu já vi em um jogo, é o de Forbidden Stars.
O combate resumidamente, se dá nas seguintes etapas:
Rolagem de dados: Cada jogador rola dados de acordo com suas unidades em conflito. Unidades mais fortes rolam mais dados, o básico de todo jogo. O diferencial, é que não existe dado ruim em Forbidden Stars, e cada dado tem sua contribuição no combate. Temos dados de ataque, defesa, e moral.
Compra de cartas: Cada jogador compra cinco cartas do seu Deck de combate
Execução de carta: Cada jogador escolhe uma carta das cinco que comprou e a joga. As cartas podem te dar vários efeitos, tais como ganhar mais dados, ganhar tokens de ataque, defesa, e moral, levantar unidades caídas, recuar antes do término do combate e etc.
Basicamente é isso: Rola dados, saca cartas e joga cartas, por três rodadas. No final das três rodadas, quem tiver mais moral, vence o combate, e o perdedor deve recuar. Se você conseguir eliminar todo o exército do seu oponente antes do término da terceira rodada de combate, você vence, e a moral não vale mais nada. Falando assim, parece um combate como outro qualquer né? negativo.
O brilhante do combate de Forbidden Stars é que não é só a sorte nos dados, e sim como você quer combater. Você quer focar em um ataque brutal? quer se fechar todo e defender até o fim? quer focar na moral? você tem total liberdade de lutar como quiser, porque é você quem constrói seu Deck durante o jogo. É possível tentar resolver tudo rápido, matando todo mundo (Alô Orks), é possível também esperar um ataque fulminante do adversário, e montar um deck de defesa poderoso (Blessed Power Armor, você se lembrará dessa carta), enfim, os dados se equivalem às unidades, e as cartas em como estas unidades se comportarão no campo de batalha. Se você só rola ataques, e seu Deck é só de ataque, você tá indo de peito aberto pra cima, e não tem nenhuma defesa pra parar os ataques dos inimigos. Se você só defende e quer ganhar na moral, você não bate no seu oponente, que se tiver um deck de ataque superior à sua defesa, pode te trucidar! Ufa, chega, brilhante o combate do jogo!
Acho que chega também de falar. Vocês já devem estar cansados né? eu só queria expor mesmo, o porquê gostei tanto desse jogo. Tem uns malucos aí que também gostaram tanto, que até fizeram facções homemade pro jogo.
Infelizmente Forbidden Stars está OOP, e dificilmente verá a luz outro dia, visto que a Fantasy Flight rompeu com a Games Workshop. Hoje o jogo é difícil de se encontrar, e se quiser uma cópia se prepare para gastar uma pequena fortuna. A minha não tá a venda hehe.
Brincadeiras a parte, você já jogou? diz aí o que achou do jogo. Se leu até aqui, valeu demais, demorei pra escrever esse textão viu?
Fui!!!!!
Fotos ilustrativas (Google)