Minha opinião sobre o sistema Legacy se resume à uma franquia de livros que também está fazendo sucesso:

Existem tantos questionamentos nesse post que qualquer opinião deixada é mera especulação.. rsrsrsrs

Se o público mais hardcore de boardgames amadureceu para a experiência Legacy? As vendas do Pandemic dizem que sim. Mas será um nicho dentro de outro nicho? Pode ser. 

Não me surpreenderá nada se no futuro tivermos jogadores batendo no peito e gritando "Ameri!!!!", outros: "Euro é tudo!!!" e um terceiro grupo chamando os outros dois de maricas! kkkkk
Em todo hobby que participei, participo e participarei, sempre existe a fascinação e o deslumbre do começo, depois vem o desejo de passar da fase 'newbie' e avançar e no estágio mais distante, ser referência no meio, dominando quase todo conhecimento disponível sobre o assunto. Seja em jogos online, seja comprando equipamentos ou no nosso caso, jogos de tabuleiro. Sempre existirão aqueles que compram o básico, depois querem experimentar mais e se a grana não for problema, vamos partir para o que há de melhor. 

No Legacy, creio que será uma experiência distante para os novatos. Rasgar uma carta? Colar adesivos definitivos no tabuleiro? Como o Ricardo postou, o custo proibitivo da maioria dos jogos hoje, tanto nacionais quanto estrangeiro, pode ser a principal barragem para a adesão massiva ao sistema. Falo até por mim: quero adquirir mais jogos, mas não sei se vou gostar do que comprarei, então, quero saber que posso vender ele no mínimo, pelo mesmo preço que paguei. 

Já os gamers que estão há bem mais tempo no mercado, que dispõem de coleções fantásticas e incrivelmente diversificadas, pode ser que já não exista o mesmo apelo ao comprar os jogos normais. Já viram tantos temas e mecânicas, que não será qualquer board a trazer a emoção de antes. Para esses jogadores específicos, o sistema pode resgatar essa emoção, pois o faz repensar estratégias como nunca antes e sempre com aquele calafrio de não saber se a decisão trará consequências catastróficas. 

Um último aspecto relevante não é tanto o 'quê', mas o 'quem'. Quantos adeptos do board hoje, tem um grupo fiel para experimentar a evolução do Legacy até o fim? Fidelidade é algo comum no universo do RPG, mas noto que não é algo comum nos comentários que já li aqui ou ouvi nos podcasts. Mesmo que o Legacy venha com força ainda tenho receio de que será como escrevi antes, um nicho dentro de outro. Muitos fatores precisam operar juntos para que ele se estabeleça.    

Alex. 

Pra mim é só um gimmick, o qual eu particularmente detesto. Pras editoras é a melhor coisa inventada pois torna os jogos descartáveis (não por acaso pandemic veio com duas capas diferentes; eles esperam que as pessoas comprem mais de um).

Pra mim é ótimo ter uma seção própria pra mim filtrar com mais facilidade. Pra mim Legacy == 0 interesse.

Minha expectativa: Enxurrada de re-hashing todos jogos que fizeram algum sucesso com esse gimmick. Daqui alguns anos vai ser nome feio (como colecionável se tornou por causa magic, FFG usa o termo living card game pra fugir do estigma), e vai ficar na história (talvez wishful thinking meu).

Agora pessoal ta meio encantado "fazemos parte de uma estória..." e por ai vai. Eu prefiro um jogo bem feito, balanceado e testado pra mim competir com meus amigos.  O jogo mudar de partida pra partida torna um balanceamento adequado quase impossível. 

To cagando pra estorinha que agora tal doença ficou mais forte ou fraca (nada contra quem gosta), ou tal cidade fica mais perigosa ou menos. PRA MIM não adiciona nada, só estraga o jogo. As estórias ficam poque as partidas são diferentes umas das outras. Não preciso de adesivos no tabuleiro e rasgar cartas pra ter narrativas na minha memória associadas com partidas.

Alem de que jogos com campanha existem desde tempos imemoriais desde o bom e velho Warhammer Quest até o não tão velho mais igualmente bom Arcadia Quest. 

É so que esses eurogamer tão achando que descobriram modinha...  

Ricardo Gama::
Particularmente, acabei de comprar um ingresso para o show do Iron Maiden no ano que vem, com um valor salgado maior do que o valor de um jogo Legacy. O show deve ter uma duração de 3 horas (a campanha total de um jogo Legacy dura no mínimo 8 horas). E por quê eu paguei caro por um show de 3 horas? Porque a experiência de ver uma banda que idolatro há anos e a lembrança deste dia ecoará na minha cabeça por muito tempo. Será que comprar um jogo Legacy não remete a esta mesma sensação? A experiência e a lembrança da campanha vale seu preço?

A unica coisa que me incomoda nos jogos Legacy é você de alguma forma ter que inutilizar alguns componentes do jogo, impossibilitando novas sessões do mesmo, a nao ser que voce compre uma nova caixa. Pra mim isso tem cara de ganancia das empresas e poderia facilmente ser contornado, criando caminhos alternativos à modificação e destruição de cartas e tabuleiro.

Eu sei que para mim, uma vez jogada a campanha do jogo, a experiencia nao seria mais a mesma, mas caso eu nao tivesse que colar adesivos no tabuleiro, ou abrir envelopes lacrados, por exemplo, poderia apresentar o jogo a outro grupo, e tirar dali novas experiencias sem tem que adquirir outra caixa...

Um bom exemplo é o novo jogo T.I.M.E. Stories, em que voce tambem joga uma campanha mas nao precisa "inutilizar" nenhum componente, podendo ser jogado novamente com outros grupos.

gravitypool::Alem de que jogos com campanha existem desde tempos imemoriais desde o bom e velho Warhammer Quest até o não tão velho mais igualmente bom Arcadia Quest. 

É so que esses eurogamer tão achando que descobriram modinha...  

Não!

rodolfolondero::

gravitypool::Alem de que jogos com campanha existem desde tempos imemoriais desde o bom e velho Warhammer Quest até o não tão velho mais igualmente bom Arcadia Quest. 

É so que esses eurogamer tão achando que descobriram modinha...  

Até onde eu sei, o modo campanha desses dois jogos citados por você não envolve a destrui..., ops, "customização" dos componentes. Não estamos discutindo aqui jogos em modo campanha que, acredito, qualquer entendedor de jogos (inclusive eurogamers) sabe que existem pelo menos desde quando o primeiro d20 foi rolado. Eu não precisava rasgar páginas do meu Livro dos Monstros para jogar minha campanha de AD&D.