Olá a todos, meu nome é igorknop... Não pera. 
Saudações! Aqui é Rodrigo Deus, colaborador da Ludopedia e resenhista On Board BGG, trazendo as primeiras impressões do jogo My Village depois de três partidas: duas com 2 pessoas e outra com 4 pessoas. Esta é uma postagem direta na página do jogo e por minha conta.
My Village é um spin-off do jogo Village e ambos são do casal Markus e Inka Brand. Um "spin-off" no universo dos jogos analógicos é uma sequência que existe no mesmo universo de um jogo anterior, neste caso, o antecessor Village.

Neste novo jogo do casal Brand o jogador não se preocupa mais com a história da sua família, mas sim com a vila como um todo. Além disso, não tem mais a mecânica de pegar e entregar (pick-up and delivery), mas sim uma mecânica de rolagem e administração de dados que lembra um pouco The Castles of Burgundy. Todos os jogadores começam suas jogadas resolvendo o resultado de dois dados à sua escolha dentre os disponíveis. Além disso, considerando que a vila é o foco central da mesma, o seu desenvolvimento é a parte mais importante no jogo.

Diferente do jogo anterior, agora com o resultado dos dados (que são todos rolados como primeira etapa de cada rodada) os jogadores "ativam" bandeiras brancas ou pretas no jogo e cada uma delas tem um efeito diferente: Comprar novas cartas, ativar o que já existe na vila, fazer combos, produzir itens e outros.
Ainda temos de volta as áreas do jogo que já são conhecidas - igreja, manufatura e outras - porém My Village traz novidades como os monges na igreja, campos de plantação, escola e outros pequenos locais permitem novas ações desde simplesmente ganhar pontos de vitória até mesmo ganhar moedas com mais facilidade. Além disso, uma das melhores partes do jogo que é que quase todas as cartas e elementos do jogo estão em aberto aos jogadores, o que permite uma visualização geral para criar e seguir com a estratégia para a vitória seja na viagem, igreja, comércio, área civil ou uma mistura de alguns.

O que mais atrai a atenção para esse novo jogo, lançamento da Essen de 2015, é a possibilidade de se fazer combos. Através das bandeiras brancas do jogo quando o resultado da soma dos dados é igual ao número nas bandeiras, o jogador pode ativar todas elas tendo assim duas, três ou mais ações de uma única vez. É possível, em uma só jogada, produzir produtos, criar novos trabalhadores, gerar moedas, enfim... As possibilidades são muitas!
Alguns outros pontos que valem a pena serem observados de mudanças:
- Diferente de Village, agora os jogadores não ganham muitos pontos por "matar" os trabalhadores e escolher a hora certa de matar um deles é crucial para vitória, pois agora cada vila possui somente 5 membros;
- Não existem mais meeples que representam membros da família. Os trabalhadores da vila são os mesmos marcadores negros de outras cartas e elementos e o único meeple de cada jogador é o "chefe da vila" que salva seus pontos de vitória;
- Os caminhos para a vitória são diversos e também é possível misturar esses caminhos e conseguir vitória no jogo;
- Em jogos de dois jogadores as ações, além de abertas, são mais "livres" para cada jogador. Assim como Agricola, por exemplo, quanto mais jogadores, menos chances de se fazer o que quer;
- Diferente do jogo anterior onde os cubos direcionavam um pouco a estratégia de cada um em cada rodada, My Village se guia pelos dados e ainda assim continua sendo um jogo "sandbox", aberto e com várias possibilidades;
- De acordo com o número de jogadores quando um determinado número de trabalhadores "morrer", o jogo termina e tem uma última rodada para todos.
Avaliação pessoal
No geral My Village agradou bastante, principalmente para mim que já me acostumei com combos de Ascension, por exemplo. A possibilidade de ativar várias bandeiras brancas demonstra que o jogo aberto a todos os jogadores possui MUITAS possibilidades de combinações, estratégias, vitórias e derrotas também. Além disso é uma otima opção para dois jogadores e, por incrível que pareça, minhas partidas de duas pessoas demoraram mais do que a de 4 jogadores.
My Village não depende de linguagem, tem uma caixa de quase o mesmo tamanho do que Village e tem possibilidades de expansão. Muito bonito e com mesmo traçado do jogo anterior.