Diego Ni::MuCiLoN::Neste vídeo do canal Confederação Monárquica do Brasil é explicado sobre o processo de criação do jogo Brazil Imperial:
https://youtu.be/WMSjT-3DsDE
Ainda, segundo a BBC, o Bisneto da Princesa Isabel (1846-1921), o líder monarquista Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, defende as seguintes posições:
a) oposição ao casamento gay;
b) o fim das demarcações de terras indígenas;
c) a proibição do aborto em qualquer circunstância.
Bertrand integrou a TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade) e agora é diretor de relações institucionais do IPCO (Instituto Plínio Correa de Oliveira) . O IPCO encampa causas como:
a) combate à chamada "ideologia de gênero" nos colégios;
b) a eliminação do ambíguo conceito de 'trabalho escravo';
c) a interrupção de qualquer ajuda financeira às ditaduras 'bolivarianas";
d) a eliminação de todas as leis socialistas que perseguem os brasileiros com impostos abusivos.
Ainda segundo o líder monarquista Bertrand:
a) o ideal de igualdade dos revolucionários franceses, que acabou incorporado por socialistas e comunistas, causou grande mal ao mundo;
b) A beleza da sociedade não está na igualdade, mas nas diferenças, que devem ser proporcionais, hierarquizadas, harmônicas e complementares. Exatamente como uma sinfonia.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47728267
Esse é um bom exemplo da representatividade vazia do capital. Se der uma procurada, vai achar um bocado de manifestações das editoras defendendo representatvidade em jogos e maior participação de mulheres, negros etc nos jogos. Inclusive a Meeplebr. Claro que representatividade tem sua importância, mas tá longe de ser suficiente ou mexer nas estruturas que criam ou fazem uso dessas opressões. Ao mesmo tempo em que a empresa incentiva a presença de pessoas racializadas nos jogos e ampliação do mercado consumidor para agregar mulheres, ela fomenta uma peça de propaganda monarquista em forma de jogo, com participação desse tipo de gente com esses valores excludentes aí. Sob o capitalismo é perfeitamente possível um sociopata dono de um Itaú defender representatividade de negros e mulheres enquanto defende a destruição de direitos e do Estado, o que precariza principalmente a vida dessas minorias mais fragilizadas q eles dizem defender.
O termo técnico pra isso é "social washing": você passa uma imagem de bonzinho, mas, no fundo, é tudo marketing. É como aquelas empresas que dizem se preocupar com meio ambiente, mas poluem absurdamente de forma ilegal; ou que se dizem ter muitas preocupações sociais, mas não hesitam em fazer demissões em massa de seus trabalhadores pra poderem aumentar o valor de mercado delas e agradarem o grupinho seleto de investidores. Tem muito banco com lucro bilionário fazendo isso...
É a velha história do consumidor x cidadão. Ser consumidor qualquer um é, porque é realmente muito fácil, basta abrir a carteira e comprar o que couber no seu orçamento, sem olhar ou se preocupar com mais nada. Ser cidadão dá muito mais trabalho, você tem que ler e estudar muito, além de se politizar, pra conseguir entender o que você está apoiando com seu dinheiro...aí acaba ficando com peso na consciência em fomentar determinadas iniciativas, tais como comprar jogo feito por monarquista. E o que tem de "cidadão de bem" por aí que é apenas consumidor não é brincadeira...